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Mais da metade das pendências de negativados são com bancos

em Economia
quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que o volume de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% em outubro na comparação com igual período do ano passado. A maior parte das dívidas (53%) em aberto no país está ligada a instituições financeiras — um avanço de 6,0 pontos percentuais em relação a 2016.

Já o comércio responde por uma fatia de 17% do total de dívidas – em 2016, a participação desse setor era de 20%. Enquanto o setor de comunicação foi responsável por 12% das pendências e as contas de água e luz por 10%. Na contramão do crescimento das contas em atraso, o número de dívidas apresentou queda de 2,34% no mesmo horizonte de comparação.

Considerando a abertura por número de dívidas relacionadas ao setor credor, houve um crescimento de 18,6% entre as concessionárias de água e luz, enquanto os bancos registraram alta de 1,9%. Por outro lado, os segmentos de comunicação e comércio registraram quedas de 24,6% e 5,4%, respectivamente.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o aumento das dívidas bancárias já respondem por maior parte das dívidas em aberto no país. “As dívidas com instituições financeiras são as que têm os juros mais caros em casos de atraso. E a falta de pagamento pode transformar valores pequenos em cifras praticamente impagáveis, sobretudo por superarem, em muitos casos, a renda do consumidor” (AI/CNDL/SPCBrasil).