Os especialistas estão otimistas com o mercado de consumo em 2020. Segundo os índices da pesquisa de Intenção de Compra, do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), a projeção de crescimento para o ano é de 5,23% em relação ao ano anterior, que já tinha apresentado 4,3% de avanço comparado com 2018.
Para o economista e presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, este deve ser um ano de recuperação do varejo, mesmo que ainda de forma tímida. “A confiança do consumidor e a melhora da economia fazem com que se tenha uma maior disposição para gastar. Isso aquece o mercado de consumo, mesmo que em um ritmo bem abaixo do que já tivemos no passado”.
“Uma breve análise de 2019 já apontava para um progresso, por exemplo, com o melhor Natal desde 2014. E, seguindo essa premissa, acredito que em 2020 o varejo apresentará resultados ainda melhores”, completa o economista. Neste primeiro trimestre, os segmentos que projetam maior crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior são móveis e eletrodomésticos (9,80 p.p.), artigos de uso pessoal e doméstico (7,66 p.p.) e automóveis, motos, partes e peças (6,81 p.p.).
Segundo Felisoni, o avanço de categorias como móveis, eletrodomésticos e automóveis é o principal indício da recuperação da confiança do consumidor. “O Brasil estava enfrentando questões, como a alta taxa de juros e de desemprego, um cenário político incerto, entre muitas outras e, por isso o consumidor evitava comprometer o orçamento mensal. Com essa retomada, há um maior interesse em bem duráveis e semiduráveis”, finaliza (AI/Ibevar).