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Fábricas paradas ou com pouco trabalho

em Economia
sexta-feira, 15 de maio de 2020

Os indicadores macroeconômicos já vêm registrando o forte impacto negativo da pandemia na economia, em diferentes setores. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da FGV trouxe mais um indício de que a queda da atividade será brusca: 14,4% das 1006 empresas da indústria de transformação participantes na pesquisa paralisaram sua produção.

Segundo Renata de Mello Franco, economista do FGV IBRE e responsável pela análise, o percentual representa um aumento de 10,2 pontos percentuais (p.p.) em comparação a março, e de 11,5 p.p. em relação à média para os meses de abril. Os segmentos de Veículos Automotores, Couros e Calçados e Vestuário foram os que mais sofreram, registrando o maior percentual de empresas paralisadas, respectivamente 59,5%, 38,9% e 34,1%.

“Em abril observamos o maior número de empresas paralisadas desde o início da série histórica. Mesmo em épocas de crise, como 2008-2009, ou 2014-2016, a média de empresas paralisadas não passou de 2%. Esse fato nos chama a atenção pela particularidade do momento: além da queda da demanda, principalmente por bens não essenciais, houve a necessidade de fechamento de fábricas por questões sanitárias”, explicou a economista (AI/FGV).