As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa para a inflação este ano, pela quinta vez consecutiva. Subiu de 3,52% para 3,84%. A informação consta do boletim Focus, pesquisa semanal do BC. A alteração na estimativa para este ano veio depois da divulgação do IPCA de novembro, pelo IBGE.
No mês passado, o IPCA ficou em 0,51%, maior taxa para o mês desde 2015 (1,01%), puxada pela alta de 8,09% nos preços da carne. Em 12 meses encerrados em novembro, o IPCA ficou em 3,27%. Para 2020, a estimativa de inflação se mantém há seis semanas em 3,60%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.
As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve cair para 4,5% ao ano na reunião do Copom desta semana.
A projeção para a expansão do PIB subiu de 0,99% para 1,10%, neste ano. As estimativas das instituições financeiras para 2020 variou de 2,22% para 2,24%. A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15, no final de 2019, e de R$ 4,01 para R$ 4,10, no encerramento de 2020 (ABr).