Fabiano Souza (*)
É importanteum fluxo financeiro sadio para a manutenção das organizações.
Atualmente, em razão dos efeitos provocados pela pandemia, movimentações políticas quanto às eleições de outubro e o recente conflito entre a Rússia e a Ucrânia, é possível identificar um movimento amplo de manutenção do mercado financeiro, enquanto empresas buscam por opções viáveis para manter um nível satisfatório de captação de recursos financeiros para equalização do fluxo de caixa e se preparar para os efeitos causados pelo embate e ano eleitoral.
Entretanto, se por um lado a procura existe e o mercado em geral sinaliza um otimismo bem-vindo para o futuro, também é fato que determinados obstáculos dificultam a vida dos gestores. Um exemplo contundente é a alta taxa de juros para empréstimos encontrada na grande maioria dos bancos. Não há como negar a importância de um fluxo financeiro sadio para a manutenção das organizações brasileiras.
Infelizmente, as demandas não param por aí: dívidas a serem quitadas, pagamento de funcionários, impostos e adequação do fluxo de caixa são alguns tópicos que costumam fundamentar ações de captação de crédito. Com esse contexto, a antecipação de recebíveis ganha ainda mais relevância, oferecendo uma válvula de escape a ser aproveitada por companhias dos mais diversos portes e segmentos.
Para tanto, é preciso entender a funcionalidade do formato, bem como os caminhos mais indicados para implementar uma política de captação crédito realmente efetiva. Por definição, a antecipação de recebíveis é um modelo de recebimento dos valores referentes a vendas feitas a prazo, convertendo-os para valor presente. Geralmente, a prática é adotada para liquidar dívidas de curtíssimo prazo, entre outros casos.
Os meios habituais utilizados para antecipar são: duplicatas, cartões, cheques e contratos futuros. Todas essas modalidades são passíveis de uma negociação para antever os recursos. A princípio, por meios convencionais (bancos tradicionais) essa abordagem de negociar com cada cliente pode ser extremamente morosa, em um ritmo pouco interessante para uma empresa que deseja reestabelecer sua austeridade financeira e solucionar problemas.
Sem dúvidas, o primeiro passo é optar pelo suporte de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) reconhecido pelo mercado, com as ferramentas necessárias para conduzir a antecipação de recebíveis. O fato é que a antecipação de recebíveis promove uma liquidez maior às empresas que buscam manter as contas em dia, otimizando o fluxo de caixa.
Vale sinalizar que outro ponto importante sobre este recurso financeiro é a baixa incidência de risco, uma vez que a empresa tem acesso ao crédito de forma simplificada, resultando em um crescimento empresarial que acontece de forma orgânica. Em suma, ter acesso a determinado valor que já é seu por direito em curto prazo, agrega uma nova visão aos negócios.
Para concluir, ressalto que, certamente, o apoio dos FIDCs é essencial nessa jornada. Por meio deles, é possível contar com o processo de securitização com todo o respaldo necessário nas operações, trazendo o benefício de menor custo e maior velocidade em liquidez bem como diminuindo o comprometimento de ativos em garantia.
Por fim, tem-se uma empresa aberta a novas estratégias, com um amparo financeiro de extrema importância em termos de competitividade e acesso ao fluxo de caixa necessário para que novas ações sejam viáveis.
(*) – É CFO do Grupo Dank! (www.dankbank.com.br).