Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que, no último mês de novembro, em cada dez brasileiros que tentaram fazer uma compra a prazo, dois (21%) tiveram o pedido negado pelo credor. As principais razões da negativa foram o fato de o consumidor estar com nome inscrito em cadastros de devedores (31%) e a falta de comprovação de renda para realizar a compra (17%).
Há ainda 15% que não conseguiram parcelar por renda insuficiente e outros 15% que já haviam excedido o seu limite de crédito com outras aquisições. Já 19% não souberam a razão do pedido não ter sido atendido. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os modelos atuais de análise de crédito são limitados porque entregam uma visão parcial sobre a vida financeira do consumidor, dando um peso maior aos apontamentos de inadimplência do que ao histórico de pagamentos como um todo.
“A tendência é que o Cadastro Positivo mude essa cultura e uma parcela maior de consumidores, que hoje estão à margem do mercado de crédito, possa ter acesso a empréstimos e financiamentos com condições adequadas ao seu perfil de risco”, explica Pellizzaro Junior.
De forma geral, a maioria (57%) dos brasileiros não utilizou nenhuma modalidade de crédito no mês de novembro, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários ou cartões de crédito. Outros 43% mencionaram ter recorrido, ao menos a uma modalidade no período, número inferior aos 50% observados no mês anterior. O cartão de crédito (37%) e o crediário (11%) foram as modalidades mais usadas no último mês.