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Economia 29/08/2017

em Economia
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
As micro e pequenas empresas representam 27% do PIB e geram 54% da massa salarial.

Pequenos negócios abrigam 70% dos ocupados do setor privado

As micro e pequenas empresas representam 27% do PIB e geram 54% da massa salarial.

Os pequenos negócios são os responsáveis pela geração de renda de 70% dos brasileiros ocupados no setor privado

De acordo com estudo inédito feito pelo Sebrae, dos 72 milhões de brasileiros que compõem esse grupo de pessoas, 50,6 milhões têm como origem das suas receitas os empreendimentos de pequeno porte. São considerados pelo IBGE como ocupados os empregadores, os trabalhadores por conta própria e familiares e os empregados, com ou sem carteira assinada.
Do total de pessoas que sobrevivem de um pequeno negócio, 26 milhões são empreendedores que empregam ou que trabalham por conta própria, sejam eles formais ou não. Os outros 24,7 milhões são trabalhadores com ou sem carteira assinada. De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, cada vez mais as micro e pequenas empresas vêm desempenhando um importante papel na geração de postos de trabalho porque são os motores da economia brasileira, representam 27% do PIB e geram 54% da massa salarial.
“Mesmo com a retração da economia, o número de empreendimentos aumentou. Isso evitou uma maior estagnação do país. Se não houvesse o empreendedorismo de pequeno porte, o número de desocupados seria ainda maior”. Afif ressalta que as micro e pequenas empresas exercem uma função de “colchão social”, já que parte dos empregadores desse segmento conseguiu segurar muitos de seus funcionários e abrigar outros que se viram sem trabalho durante a crise econômica.
“Os pequenos negócios são os que mais contratam quando a economia cresce, demoram mais tempo a demitir na desaceleração da economia e são os que menos demitem na retração da economia”, enfatiza Afif. “Entre o 1º trimestre de 2014 e o 1º trimestre de 2017, o número de desempregados passou de 7 milhões para 14,2 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de empreendedores cresceu 1,6 milhão, mitigando a situação do desemprego”, complementa (AI/Sebrae).

Depois de 30 meses, varejo paulista tem saldo positivo

“As quedas vinham diminuindo mês a mês e o varejo paulista chegou à estabilidade, confirmando a recuperação do setor”.

Em junho, pela primeira vez em mais de 30 meses, o varejo do Estado de São Paulo registrou saldo positivo, com leve aumento de 0,8% no volume de vendas na comparação com junho de 2016. O cálculo é da pesquisa ACVarejo, elaborada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No primeiro semestre de 2017, houve ligeiro crescimento de 0,3% em relação aos primeiros seis meses de 2016.
“As quedas vinham diminuindo mês a mês e o varejo paulista chegou à estabilidade, confirmando a recuperação do setor. A direção está apontada para crescimentos mais vigorosos no último quadrimestre do ano, com a continuidade da queda dos juros, a diminuição do desemprego e a recomposição do poder aquisitivo das famílias”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP.
Ele aponta quatro principais fatores para o comércio ter saído do vermelho: recomposição da renda, em decorrência da redução da inflação; queda dos juros, proporcionando prazos de financiamento mais extensos; aplicação do FGTS inativo no comércio; e menor base de comparação de 2016.
Os dados são do varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção, além das seguintes atividades: autopeças e acessórios; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos; lojas de móveis e decorações; lojas de vestuários, tecidos e calçados; outros tipos de comércio varejista; supermercados (AI/ACSP).

Dívida pública cai 0,48% e fica em R$ 3,34 trilhões em julho

A Dívida Pública Federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – apresentou redução em julho. O estoque da dívida caiu 0,48%, passando de R$ 3,357 trilhões em junho para R$ 3,341 trilhões em julho, informou ontem (28), em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais, teve seu estoque diminuído em 0,27%, ao passar de R$ 3,233 trilhões para R$ 3,224 trilhões. Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal Externa, captada do mercado internacional, houve redução de 6,12% sobre o saldo apurado em junho, encerrando julho em R$ 116,41 bilhões (US$ 37,18 bilhões).
“A variação ocorreu principalmente devido à valorização do real frente às principais moedas que compõem o estoque da dívida externa e ao resgate líquido, no valor de R$ 2,54 bilhões”, diz o relatório. A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo.
Neste caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões (ABr).