Confiança da micro e pequena empresa é a mais alta em três anosDepois de um período em que a confiança do micro e pequeno empresário ficou estagnada, agora o clima voltou a melhorar. Há uma redução do sentimento de incertezas à medida que o novo governo anuncia seus projetos. Foto: iStock Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que, após as eleições, o Índice de Confiança alcançou 61,8 pontos em novembro frente 53,9 pontos em outubro — o que representa um avanço de 15%. Este é o maior valor da série histórica, que teve início em 2015, quando foi registrado 36,6 pontos. O cenário de alta reflete uma boa dose de ânimo por parte dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços, que preveem uma recuperação da economia para os próximos meses. Considerando apenas o componente da confiança, que mede as expectativas para os próximos seis meses, o indicador passa de 62,6 pontos em outubro para 74,8 pontos em novembro. A escala varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos refletem confiança e, abaixo dos 50 pontos, refletem desconfiança com os negócios e com a economia. Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os dados mostram que o bom humor da maioria dos empresários é resultado das perspectivas de mudanças, que podem melhorar o ambiente de negócios. “Com definição do quadro eleitoral, há uma redução do sentimento de as incertezas à medida que o novo governo anuncia seus projetos para o país”, analisa. 76% dos micro e pequeno empresários estão confiantes no desempenho da economia nos próximos meses e oito em cada dez mostram-se otimistas com futuro da própria empresa. 57% dizem que a principal razão para esse otimismo é o cenário político mais favorável — em outubro passado, esse índice era de 23%. Há também uma expectativa favorável quando se avalia o próprio negócio, que subiu de 57% para 78% no mesmo período (CNDL/SPC Brasil). | |
Aumenta o otimismo no mercado da construçãoA retomada, embora lenta, já repercute no emprego do segmento. Foto: Elza Fiuza/ABr Agência Brasil O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,9 pontos de outubro para novembro, na terceira alta consecutiva. O índice atingiu 84,7 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (85,4 pontos). O empresário da construção civil está mais confiante no futuro. O Índice de Expectativas subiu 4,8 pontos e atingiu 95,8 pontos, voltando ao nível de janeiro deste ano. A confiança no momento presente, medida pelo Índice de Situação Atual, também avançou (1,1 ponto) e chegou a 74,1 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor caiu 1,3 ponto percentual, para 64,7%. Segundo a pesquisadora da FGV, Ana Maria Castelo, nos três últimos meses, as expectativas de recuperação da demanda e de melhoria dos negócios no curto prazo aumentaram a confiança dos empresários do setor. Apesar de mostrar uma retomada muito lenta, já repercute sobre o emprego do segmento. | Acordo do Brexit só é bom para a UE, diz TrumpO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o acordo entre Reino Unido e a União Europeia sobre o Brexit e afirmou que o tratado afasta a hipótese de uma parceria comercial entre Washington e Londres. Em entrevista na Casa Branca, Trump disse que o acordo “é bom apenas para a UE”. “Quer dizer que o Reino Unido pode não ser mais capaz de fazer comércio com os Estados Unidos”, declarou. A primeira-ministra britânica, Theresa May, rebateu as palavras de Trump e disse ontem (27) que o acordo não será um obstáculo a um futuro tratado de livre comércio com os EUA. “Nós já colocamos as bases para um ambicioso acordo comercial com os EUA nas reuniões de grupos de trabalho que, até agora, já se encontraram cinco vezes”, afirmou um porta-voz da premier. Trump é apoiador do Brexit e já aconselhou May até a processar a UE em vez de negociar os termos do divórcio. Já aprovado no Conselho Europeu, o acordo do Brexit deve ser votado no Parlamento do Reino Unido em 11 de dezembro, antes de seguir para o Parlamento da UE (ANSA). Investimento estrangeiro no setor produtivo bate recordeAgência Brasil O saldo dos investimentos estrangeiros no setor produtivo do Brasil atingiu recorde em 2017, mas a rentabilidade ficou estável, de acordo com o Relatório de Investimento Direto, divulgado ontem (27) pelo Banco Central (BC). No ano passado, a posição total do investimento direto no país (IDP) chegou a US$ 768 bilhões, o maior valor já registrado pelo BC. A maior parte estava na modalidade participação de capital, US$ 540 bilhões, o restante, US$ 228 bilhões, em empréstimos intercompanhias. O saldo total desses investimentos cresceu US$ 64 bilhões (9,2%) na comparação com 2016. Em 2017 a taxa de rentabilidade (razão entre lucros e a posição do IDP na modalidade de participação de capital) ficou em 5,3%, o mesmo percentual registrado em 2016. Esse percentual ficou um pouco abaixo da taxa média de rentabilidade do IDP registrada entre 2010 e 2017 (5,6%). A maior taxa foi observada em 2010, 9,1%, e a menor, em 2015, 2,1%. Já os investimentos de empresas brasileiras no exterior apresentam rentabilidade menor do que dos estrangeiros no Brasil. Em 2017, o investimento direto no exterior (IDE) chegou a posição de US$ 387 bilhões, com crescimento de 12,8% (US$ 44 bilhões) em relação a 2016. A rentabilidade desses investimentos ficou em 4,8%. Entre 2010 e 2017, a rentabilidade média ficou em 3%. |