Proposta de acordo de livre comércio com Chile é ambiciosa Após reunião, na sexta-feira (27), com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, o presidente Temer disse que os dois conversaram sobre a proposta de Piñera de firmar um acordo de livre comércio com o Brasil Temer classificou o acordo de “ambicioso” e disse que a visita de Piñera resultou em avanços na vertente econômica. Acolhemos a proposta do presidente Piñera de negociar um novo e ambicioso acordo de livre comércio. Não se trata mais de eliminar barreiras tarifárias, já estamos em outro patamar. Agora, nosso objetivo é superar barreiras regulatórias às trocas entre o Brasil e o Chile”, afirmou Temer. Ele acrescentou que os dois conversaram também sobre uma integração maior entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico e sobre a integração física na América do Sul. Piñera disse que, desde a independência, o Chile tem uma relação privilegiada com o Brasil e que não há fronteiras físicas e comerciais entre os dois países. Ele destacou que, apesar de curta, a visita ao Brasil foi muito frutífera, com o início das negociações para firmar um acordo de livre comércio entre os dois países. “Algo que sempre desejamos e agora vamos transformar em realidade”, declarou Piñera. O presidente chileno ressaltou o volume de investimentos chilenos no Brasil, que passa atualmente de US$ 30 bilhões, e reiterou os esforços para ampliar a parceria no combate a ataques cibernéticos e ao narcotráfico. Durante a visita do presidente chileno ao Brasil, os dois países assinaram um acordo de contratação pública e um protocolo de investimentos em instituições financeiras entre a Brasil e Chile. Os presidentes também trataram de projetos de infraestrutura e de cooperação nas áreas de defesa, ciência e tecnologia, cultura e assuntos antárticos, entre outros temas multilaterais e regionais. Logo após a declaração à imprensa, no Palácio do Planalto, Temer e Piñera participaram de um almoço no Itamaraty onde brindaram e reforçaram as declarações de parceria. |
Estrangeiros investiram menos em títulos do Tesouro Os estrangeiros investiram menos em títulos públicos brasileiros em março, de acordo com o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, divulgado na sexta-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda. O relatório mostrou que a participação dos investidores não-residentes passou de 12,39% em fevereiro para 11,84% em março. Em valores nominais, esse investimento passou de R$ 428,32 bilhões em fevereiro para R$ 415,17 bilhões em março. A participação dos estrangeiros já foi maior. De acordo com o Tesouro, em 2014, a participação deles era 18,6%; em 2015, subiu para 18,8%; em 2016, caiu para 14,3% e, em 2017, fechou em 12,1%. Na avaliação da coordenadora de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Márcia Tapajós, as quedas que ocorrem mês a mês são marginais, “mas elas vêm ocorrendo sucessivamente”, disse. Segundo Márcia, as quedas na participação desses investidores está relacionada às quedas da Selic, taxa básica de juros da economia, que atualmente está no menor patamar histórico, em 6,5% ao ano. Isso reduz também grande parte dos juros pagos pelo Tesouro aos investidores, tornando o negócio menos atrativo. “O diferencial de juros para outros [países] emergentes passa a não ser tão expressivo, então eles optam por procurar investimentos em outros mercados”, explicou. Apesar da queda dos investimentos estrangeiros, Márcia disse que a situação não é preocupante. “Até porque nossa estrutura de detentores é bem distribuída, não tem concentração especifica em um segmento” (ABr). | Confiança empresarial recuou 1,4 ponto, diz FGV O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,4 ponto de março para abril e atingiu 93,4 pontos em uma escala de zero a 200, o mesmo patamar de dezembro de 2017. A queda foi provocada pela expectativa dos empresários. O Índice de Expectativas caiu 1,2 ponto e passou para 98,6 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual, que mede a confiança em relação ao momento presente, avançou 0,2 ponto e chegou a 90,6 pontos. Dos quatro setores avaliados pela pesquisa, a maior queda da confiança foi observada na indústria (-0,7 ponto, indo para 101 pontos em abril). Os demais setores tiveram os seguintes recuos: serviços (-0,2 ponto, para 91,2 pontos), comércio (-0,1 ponto, para 96,7 pontos) e construção (-0,1 ponto, para 82 pontos). Segundo a FGV, a queda da confiança do empresário em abril “parece refletir certo desapontamento do setor produtivo com o ritmo lento de atividade neste início de ano e o aumento de incertezas com a entrada do período eleitoral no radar das expectativas. A boa notícia é que os indicadores que medem a percepção sobre a situação atual continuaram subindo no mês, sinalizando que a economia continua na fase de recuperação gradual”, diz nota da FGV (ABr). |