135 views 8 mins

Economia 27 a 29/05/2017

em Economia
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Estados e municípios apresentaram superávit primário de R$ 12,908 bilhões, diz Banco Central.

Contas públicas com resultado positivo de R$ 12,9 bilhões em abril

Estados e municípios apresentaram superávit primário de R$ 12,908 bilhões, diz Banco Central.

As contas públicas fecharam abril com resultado positivo.  De acordo com os dados divulgados na sexta-feira (27)  pelo Banco Central,  estados e municípios apresentaram superávit primário de R$ 12,908 bilhões, o melhor resultado para o mês desde abril de 2015 (R$ 13,445 bilhões). Em abril de 2016, houve superávit primário de R$ 10,182 bilhões

O Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou superávit primário de R$ 11,451 bilhões. Os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 828 milhões e os municipais, resultado também positivo de R$ 39 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 590 milhões, no mês passado.
Apesar dos resultados positivos registrados em janeiro (R$ 36,712 bilhões) e em abril, no ano o resultado das contas públicas é negativo. De janeiro a abril, o setor público registrou déficit primário de R$ 15,106 bilhões. No mesmo período de 2016, houve déficit de R$ 4,411 bilhões. Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 28,331 bilhões, no mês passado, e em R$ 138,821 bilhões no primeiro quadrimestre. O setor público registrou déficit nominal – formado pelo resultado primário e os resultados de juros – de R$ 123,716 bilhões, de janeiro a abril. Somente no mês passado, o déficit nominal ficou em R$ 15,423 bilhões.
A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 3,025 trilhões em abril, o que corresponde a 47,7% do PIB. Em relação a março, o indicador de dívida e PIB ficou estável. A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,547 trilhões ou 71,7% do PIB, com alta de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior (ABr).

Confiança do consumidor caiu 9 pontos entre janeiro e maio

A principal causa da queda do INC mês a mês foi o desemprego, que bateu recordes nos últimos meses.

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que a confiança do brasileiro caiu nove pontos entre janeiro e maio deste ano. Os resultados foram: 77 pontos em janeiro, 74 em fevereiro, 71 em março, 66 em abril e 68 em maio. O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. As pesquisas foram feitas dentro da primeira quinzena de cada mês em todas as regiões brasileiras.
No caso do INC de maio, as entrevistas ocorreram entre os dias 1º e 13 de maio, antes, portanto, do início da atual crise política, desencadeada dia 17. “Alguns indicadores econômicos melhoraram de janeiro até agora, como inflação, contas externas e juros, mas isso não se refletiu no ânimo do consumidor. A principal causa da queda do INC mês a mês foi o desemprego, que bateu recordes nos últimos meses”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP.
“Mesmo assim, defendemos a continuidade da política econômica: ela está no caminho certo, apesar do avanço lento dos números”, acrescenta Burti. “Inclusive essa política econômica, acompanhada pela melhora de indicadores, fez aumentar a confiança da indústria e do empresariado”.
Em janeiro, 38% dos brasileiros acreditavam em uma melhora de sua própria situação financeira. Nos meses seguintes, as parcelas foram caindo para 35% (fevereiro), 34% (março), 32% (abril) e 32% (maio). Os inseguros no emprego somavam 51% da amostra em janeiro; a parcela aumentou até chegar a 60% em maio (ACSP).

Tribunal derruba proibição ao Uber Black na Itália

O Tribunal de Roma emitiu na sexta-feira (26) uma sentença revogando a proibição nacional ao serviço Uber Black, do aplicativo de transportes Uber, imposta por ele mesmo no último dia 7 de abril. O veredicto segue uma decisão do Parlamento de adiar até 31 de dezembro a regulamentação do setor de táxi e serviços de carros com motorista. “Estamos verdadeiramente felizes em poder anunciar que poderemos continuar usando nosso aplicativo na Itália”, diz um comunicado da empresa.
O Uber Black é o serviço original da companhia e exige veículos pretos e de alto padrão e motoristas com roupas sociais. Já o Uber X e Uber Pop, similares ao táxi comum, continuam proibidos na Itália por decisão do Tribunal de Turim. “Infelizmente, nada de novo. A decisão demonstra mais uma vez que a lei, para os amigos, se interpreta, para os inimigos, se aplica. É necessário que o governo fique do lado de um mercado com regras que respeitem o trabalho ou das multinacionais”, criticou Nicola Di Giacobbe, representante do sindicato dos taxistas.
A decisão do governo de adiar a regulamentação do setor motivou diversos protestos e greves nos meses de fevereiro e março (ANSA/COM ANSA).

Inflação volta a cair em São Paulo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, atingiu variação de 0,11% na terceira quadrissemana de maio, ficando 0,21 ponto percentual abaixo da taxa registrada na prévia anterior (0,3%). Mais uma vez, a descompressão inflacionária foi puxada pelo grupo habitação, que apresentou recuo de 0,43%. Essa queda foi mais expressiva do que na pesquisa passada, quando o índice ficou em 0,29%.
Também houve redução no ritmo de aumento do grupo alimentação, com a taxa passando de uma alta de 0,58% para 0,25%. O mesmo foi verificado em transportes, que teve elevação de 0,54%, depois de um avanço de 0,82% na segunda prévia do mês. Ocorreram ainda desacelerações em despesas pessoais (de 0,3% para 0,23%), em saúde (de 1,36% para 1,04%) e em educação (de 0,08% para 0,06%). Além disso, o grupo vestuário permaneceu estável em 0,07% (ABr).