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Economia 27/07/2016

em Economia
terça-feira, 26 de julho de 2016

O alto preço do azeite de oliva extra virgem

O aumento do preço do azeite foi influenciado pela menor oferta disponível no mercado.

Segundo dados da GfK, uma das maiores empresas de pesquisa no mundo, que monitora os preços de milhares de produtos nos supermercados de todo o Brasil – o azeite de oliva extra virgem é um dos produtos com maior alta de preços entre junho de 2015 e junho de 2016. Em breve, temperar a salada pode se tornar um luxo

O azeite de oliva, item que nos últimos anos conquistou mais espaço na mesa do brasileiro, apresentou aumentos significativos de preços em 2016 e não mostra sinais de retração. Segundo levantamento da GfK, o preço da versão extra virgem embalagem 500 ml variou 37% em junho de 2016 comparado ao mesmo período no ano anterior, atingiu o patamar médio de R$ 21,27. A alta acumulada nos primeiros seis meses de 2016 é de 15%, três vezes maior que o IPCA do período.
“O aumento do preço do azeite não atinge apenas o Brasil, mas sim o mundo todo, influenciado principalmente pela menor oferta disponível no mercado. Grandes produtores globais como Espanha e Itália tiveram suas produções danificadas devido à secas, ao calor fora do esperado, e também doenças que atingiram as oliveiras e prejudicaram os frutos”, diz Marco Aurélio Lima, diretor da GfK.
Segundo dados do Comitê Oleícola Internacional, a produção global de azeite caiu em um terço no ano passado e segue com perspectivas nada otimistas. No Brasil, que depende de importações para abastecer o mercado interno, a pequena produção nacional do produto também foi prejudicada por questões climáticas. “A alta constante do dólar até Janeiro deste ano impulsionou os preços, mas sua retração nos últimos meses ainda não se mostra suficiente para normalizar o repasse ao consumidor”, diz Lima.

Indústria do brinquedo deve crescer 12% este ano

Divulgação

A indústria de brinquedos do País não para de crescer há nove anos consecutivos e tem como previsão mais 12% de crescimento este ano, nas contas do presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa. Primeiro semestre do ano está 2,5% acima do mesmo período do ano de 2015.
Entre os que cresceram em participação de mercado no ano passado estão os jogos, com 10,2%, seguido pelos brinquedos esportivos (patins, triciclo, veículos, bicicletas), 9,8%; reprodução do mundo real (kit mecânico, químico, jogos de panela), 9,5%; pelúcia e eletrônicos (tablets de brinquedo), empatados com 4,7%, e blocos de construção, 4,1%. Perderam share os veículos (carrinhos, motos, pistas), de 15% para 14,2%, puericultura (7,9% para 6,3%), fantasias (3,9% para 3,8%)e os brinquedos de madeira (5,2% para 5,1%).
As lojas especializadas continuam imbatíveis entre os canais de venda, com crescimento de participação de 39,2% para 41,3%. A internet vem ganhando terreno: na estatística de 2008 era traço, atualmente passou de 15,4% para 18,8% de participação. Em terceiro lugar estão os atacadistas (18,5%), magazines (12,8%) e autosserviço (supermercados), com 8,6%.
De acordo com o presidente da entidade, nos últimos cinco anos houve um aumento do tíquete médio e da compra de brinquedos per capita, que passou de 5 a 6 brinquedos por criança para 7 a 8. Até 2021, ele acredita que a relação entre brinquedo nacional e importado no mercado brasileiro deverá ficar entre 70% e 30%, respectivamente.

Alimentos sobem menos e aliviam inflação do IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, desacelerou ao passar de 0,85% (na segunda prévia de julho) para 0,72%, na terceira apuração de julho. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo grupo dos alimentos, que apresentou alta de 1,69% ante 2,13%.
Também perderam força os reajustes de preços nos grupos habitação (de 0,66% para 0,53%) e transportes (de 0,13% para 0,09%). Além disso, houve uma intensificação no recuo dos itens do vestuário (de -0,29% para -0,65%).
Nos três grupos restantes, foram constatadas elevações no ritmo de correções. Em despesas pessoais, o índice subiu de 0,38% para 0,49%; em saúde (de 0,93% para 1,32%) e em educação (de 0,42% para 0,87%).
O IPC da Fipe refere-se à variação de preços dos bens e serviços consumidos pelos moradores da capital paulista com renda entre um e 10 salários mínimos (ABr).

Vendas de supermercados têm alta

As vendas do setor de supermercados subiram 0,07% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o Índice Nacional de Vendas da Abras, divulgado ontem (16), em junho houve queda em valores reais de 1,03%, na comparação com maio. Na comparação com junho do ano passado, porém, houve alta de 1,67%.
Em valores nominais, as vendas tiveram queda de 0,68% em relação ao mês anterior. Na comparação com junho do ano passado, houve aumento de 0,66% e, no acumulado do ano, alta de 9,74%. “O resultado de junho mostra que as vendas, em faturamento bruto, apresentam estabilidade e aumentam a perspectiva de um resultado positivo no ano”, disse o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda.
A Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, registrou alta de 1,65%, passando de R$ 465,62 para R$ 473,31. Entre os alimentos que mais subiram no mês de maio, destacam-se o feijão, o leite longa vida, a batata e o queijo prato. Os produtos que tiveram maior queda de preço foram a cebola, o tomate e a carne (traseira e dianteira) (ABr).