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Economia 27/06/2018

em Economia
terça-feira, 26 de junho de 2018
ANP diz que preço médio da gasolina caiu pela terceira semana consecutiva e ficou em R$ 4,538 por litro.

Preço médio da gasolina cai pela terceira semana

ANP diz que preço médio da gasolina caiu pela terceira semana consecutiva e ficou em R$ 4,538 por litro.O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis caiu pela terceira semana consecutiva

Na semana encerrada em 23 de junho, o preço médio ficou em R$ 4,538 por litro, ou seja, 0,74% mais barato do que na semana anterior (R$ 4,572). A informação foi divulgada ontem (26), no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Desde a semana encerrada em 2 de junho, quando foi registrada a última alta, o combustível acumula queda de preço de 1,65%.
O diesel também registrou sua terceira queda consecutiva na semana finalizada em 23 de junho, quando passou a custar R$ 3,397 por litro. Da semana encerrada no dia 16 para a semana seguinte, a queda foi de 1,08%. Em três semanas, a redução de preço acumulada é de 11,26%, ou seja, de R$ 0,43, menos do que o prometido pelo governo: R$ 0,46. O mesmo aconteceu com o diesel S10, que soma queda de 10,82% e passou a custar R$ 3,477 na semana passada (encerrada no dia 23).
O etanol hidratado, que na semana fechada em 23 de junho, custava R$ 2,92 por litro, registra quedas há duas semanas. Desde a semana encerrada em 9 de junho, o combustível acumula queda de 2,08%. O gás natural veicular (GNV) registrou alta de 0,11% da semana do dia 16 para semana seguinte e passou a custar R$ 2,681 por metro cúbico. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, também teve aumento de preço no período: 0,09%, passando a custar R$ 68,91 o botijão de 13 kg (ABr).

Construção: pioram as expectativas de curto prazo

O Índice de Confiança recuou 3,1 pontos de maio para junho.

O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos de maio para junho. O indicador atingiu o patamar de 79,3 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde novembro de 2017 (78,6 pontos). A queda foi provocada pela piora das expectativas de curto prazo do empresariado. O Índice de Expectativas recuou 6,5 pontos, a maior queda da série histórica, iniciada em julho de 2010, atingindo para 88,3 pontos, menor nível desde agosto de 2017 (87,8 pontos).
Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança em relação ao momento presente, manteve-se relativamente estável em junho, ao aumentar apenas 0,3 ponto, passando de 70,5 em maio para 70,8 pontos em junho. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor avançou 0,9 ponto percentual, alcançando 65,6%, maior nível desde janeiro (66,2%).
Segundo a FGV, os empresários consideraram que a greve dos caminhoneiros, no final de maio, teve efeito negativo no setor: 64% dos empresários indicaram que os negócios foram atingidos, já que os insumos não chegaram à obra, provocando atrasos no cronograma. Mas, de acordo com a FGV, como é um setor com ciclo produtivo longo, o efeito final não deverá ser expressivo.
De acordo com a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, a greve causou muitos prejuízos e paralisou obras, tendo sindo um componente importante nessa mudança de humor, mas a principal causa do desalento dos empresários é o ritmo de crescimento, “que traz preocupações sobre a continuidade da fraca melhora dos negócios” (ABr).

Confiança do consumidor atinge menor nível desde agosto

O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas, caiu 4,8 pontos de maio para junho. Com a queda, o indicador atingiu 82,1 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde agosto de 2017 (81,4 pontos). Em junho, as avaliações dos consumidores pioraram tanto em relação ao momento atual quanto em relação ao futuro.
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança em relação ao presente, recuou 5,4 pontos e chegou a 71,8 pontos, o menor nível desde setembro de 2017 (71,2 pontos). Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação aos próximos meses, caiu 4,2 pontos e chegou 90 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (89,9 pontos).
De acordo com a coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a greve dos caminhoneiros, no final de maio, contribuiu para “o aprofundamento da tendência de queda da confiança que se desenhava nos meses anteriores. Com perspectivas negativas sobre o mercado de trabalho, as famílias vão se tornando bastante conservadoras com os gastos, o que deve causar impacto negativo no crescimento econômico no segundo semestre” (ABr).

BC prefere não sinalizar próximos passos da Selic

Por conta das incertezas relacionadas à economia brasileira, o Copom optou por não sinalizar os seus próximos passos. “Em termos de sinalização futura, todos concordaram que o maior nível de incerteza da atual conjuntura recomenda se abster de fornecer indicações sobre os próximos passos da política monetária”, diz a ata da reunião, divulgada ontem (26) pelo Banco Central, em Brasília.
Para o Copom, os dados de abril sugerem atividade econômica mais consistente que nos meses anteriores. “Entretanto, a paralisação no setor de transporte de cargas no mês de maio dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica. Indicadores referentes a maio e, possivelmente, junho, deverão refletir os efeitos da referida paralisação”, diz a ata. A evolução da economia em julho e agosto deve indicar “com mais clareza” o ritmo da recuperação, “que poderá se mostrar mais ou menos intensa”.
“O cenário básico do Copom contempla continuidade do processo de recuperação da economia brasileira, embora em ritmo mais gradual que o estimado antes da paralisação”, destaca a ata. No cenário internacional, o comitê ressalta o aumento das taxas de juros dos “países centrais”, como os Estados Unidos. Com a alta dos juros americanos, investidores podem retirar investimentos de países emergentes, como o Brasil, para investir nos Estados Unidos. Isso faz com que o dólar fique mais caro e aumenta as oscilações no mercado internacional (ABr).

EUA e o primeiro medicamento à base de maconha

A Food and Drugs Administration (FDA), órgão que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, anunciou ontem (26) a aprovação, pela primeira vez, de um remédio à base de maconha. O produto foi autorizado para tratar convulsões associadas a duas formas raras e severas de epilepsia em pacientes com 2 anos de idade ou mais.
Em nota, a FDA destacou que a aprovação do medicamento demonstra como o avanço da pesquisa científica sólida para investigar ingredientes derivados da maconha pode levar a terapias importantes. “Esta é a aprovação de um medicamento específico à base de CBD [canabidiol] para um uso específico. E foi baseado em ensaios clínicos bem controlados avaliando o uso do composto no tratamento de uma condição específica”, diz a nota da entidade.
A FDA destacou ainda que o remédio constitui uma forma purificada de canabidiol, a ser entregue aos pacientes em forma de dosagem confiável no intuito de garantir que as pessoas em tratamento obtenham os benefícios esperados. “É assim que a ciência médica sólida avança”, concluiu o órgão (ABr).