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Economia 26 a 28/08/2017

em Economia
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
A produção de milho no Brasil cresce ano a ano.

Produção de combustível pode ser destino para excesso de milho

A produção de milho no Brasil cresce ano a ano.

Produzir etanol de milho pode ser um destino viavél para a o excedente do grão produzido pelo Brasil, segundo o chefe geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Corsetti Purcino

A produção de milho no Brasil já cresce ano a ano e ainda há, segundo a Embrapa, mais de 10 milhões de hectares de área disponível para o milho entrar em sucessão à soja. Dar destino ao milho produzido é uma questão em alguns locais, especialmente em Mato Grosso, onde imagens de montes de grãos colocados ao ar livre circularam nas últimas semanas.
O estado passou de uma produção média entre 2011/12 e 2013/14 de 17,85 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas em 2016/2017, o que corresponde a 28,5% da produção em todo o país. Desse total, 3 milhões de toneladas são consumidas no estado. O excedente médio de milho no Mato Grosso tem beirado 15 milhões de toneladas, que precisam ser escoadas para outras regiões do Brasil ou exterior.
O etanol de milho começa a ser produzido nos Estados Unidos com o objetivo de agregar valor ao produto. Mato Grosso destaca-se no cenário nacional pela grande produção de milho e pelo preço, baixo o suficiente para a produção do combustível. Para se ter ideia, em 2013, foram consumidos 626,2 milhões de litros de etanol no estado. Caso o etanol de milho respondesse por metade desse mercado, seriam necessários 846,2 mil toneladas do grão para essa finalidade, considerando que uma tonelada de milho produz 360 litros de etanol.
O pesquisador destaca, no entanto, que é preciso tomar um certo cuidado com a produção de etanol. É preciso investir em tecnologia para gerar energia renovável e é preciso estar atento ao mercado mundial, se quiser vender o produto para fora do país. Atualmente, o Brasil detém 27% do mercado mundial de etanol, tendo como principal matéria prima a cana-de-açúcar. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, com 58% (ABr).

Apenas 21% dos brasileiros guardaram parte da renda em junho

O hábito de poupar dinheiro deve ser um costume a ser exercitado com regularidade.

Ainda sob os efeitos da crise econômica, poucos brasileiros estão conseguindo formar uma poupança para imprevistos ou realizar um sonho de consumo. Segundo dados apurados pelo Indicador de Reserva Financeira do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas dois em cada dez (21%) consumidores puderam guardar parte de seus rendimentos no último mês de junho. Em maio, o índice de poupadores estava em 17%. A maioria (72%) dos consumidores não conseguiu guardar qualquer quantia, enquanto 7% não souberam ou não quiserem responder.
A abertura do indicador por faixa de renda revela que, nas classes C, D e E, há uma proporção ainda maior de consumidores que deixaram de poupar em junho. Oito em cada dez (77%) pessoas que se enquadram nessa faixa de rendimento não conseguiram poupar ao menos parte de seus rendimentos mensais. Já nas classes A e B, o percentual de não-poupadores cai para 53% da amostra, mas ainda assim é considerado elevado pelos especialistas do SPC Brasil.
Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 46% justificam uma renda muito baixa, o que inviabiliza ter sobras no fim do mês. Outros 18% disseram não ter renda e 13% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro. Há ainda 12% de consumidores que admitiram ter perdido o controle e a disciplina sobre os próprios gasto. Outro dado é que 45% dos brasileiros que possuem reserva financeira tiveram de sacar ao menos parte desses recursos no último mês, sendo que para 11% a necessidade foi ter de pagar alguma dívida, 10% para despesas extras e outros 10% para despesas básicas da casa.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a boa prática mostra que o hábito de poupar dinheiro não deve se reduzir as sobras eventuais do orçamento, mas um costume a ser exercitado com regularidade. De forma geral, apenas 32% dos brasileiros têm o hábito regular de guardar dinheiro, sendo que somente 5% reservam sempre o mesmo valor e 27% guardam apenas o que sobra no fim do mês (SPC Brasil/CNDL).

Tesouro Direto supera 1,5 milhão de investidores cadastrados

O Tesouro Direto superou em julho, pela primeira vez, a marca de 1,5 milhão de investidores cadastrados. De acordo com dados, o programa ganhou 54.698 novos participantes, totalizando mais de 1,539 milhão de investidores. Em 12 meses, houve crescimento de 73,9% no número de participantes. O acréscimo no número de investidores que efetivamente possuem aplicações foi de 12.970. Com isso, o total de investidores ativos no programa alcançou 520.624, uma variação de 61,9% nos últimos 12 meses.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, em julho foram realizadas 194.041 operações de investimento no programa, com valor médio de R$ 7.094,95. As aplicações de até R$ 1 mil atingiram o recorde de 54,1%. Em julho, as aplicações no Tesouro Direto atingiram R$ 1,376 bilhão. Já os resgates totalizaram R$ 1,060 bilhão, sendo R$ 987,2 milhões relativos às recompras e R$ 73,2 milhões aos vencimentos.
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 47,3 bilhões, com um crescimento de pouco mais de 1% em relação ao mês anterior (R$ 46,7 bilhões) e de 38,5% sobre julho de 2016 (R$ 34,2 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume do estoque, alcançando R$ 29,7 bilhões (62,8% do total). Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 20,7%, e os títulos prefixados, com 16,4%.
A maior parte do estoque, 45,7%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 32,7% e os com vencimento acima de 10 anos, a 17,1% do total. Cerca de 4,4% dos títulos vencem em até 1 ano, informou o Tesouro Nacional (ABr).

Confiança dos empresários do comércio recua 1 ponto

O Índice de Confiança do Comércio, da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1 ponto entre julho e agosto deste ano. O indicador atingiu 82,4 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor nível desde janeiro passado.
A queda do índice atingiu empresários de nove dos 13 segmentos do comércio pesquisados. Os empresários estão menos confiantes tanto no presente (queda de 1,8 ponto, para 77,4 pontos), quanto no futuro (queda de 0,3 ponto, para 88,1 pontos).
De acordo com a FGV, tanto os consumidores quanto os empresários do comércio sentem o efeito do aumento de uma incerteza no cenário político nacional. Depois da liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o comércio está “em compasso de espera” por notícias que deem mais segurança ao setor (ABr).

Poucas pequenas emprtesas conhecem a reforma trabalhista

A 53ª rodada do Indicador de Atividade, pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado (Simpi) ao Datafolha, revelou que mesmo sancionada, a Reforma Trabalhista ainda traz dúvidas aos empresários. 71% dos entrevistados identificaram o tema, mas apenas 15% estão bem informados sobre a questão.
Para 11%, existem poucas informações e 29% alegaram desconhecer a temática. A ausência de compreensão sobre as mudanças trabalhistas também impacta na análise do empreendedor 42% admitiram que a reforma não prejudicará e nem beneficiará os seus negócios. A regularização da terceirização também esbarra com o desconhecimento. Somente 16% se consideraram conhecedores da questão. A falta de informações governamentais acarreta na análise sobre as modificações de contratação: 46% veem que as novas regras não afetarão suas indústrias e 33% consideram que não impactarão nem a economia brasileira (Simpi).