Emprego reage com mais intensidade para os maiores de 60 anosA seção Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do Ipea divulgada ontem (25), mostra um comportamento distinto da ocupação, dependendo da idade do trabalhador e de seu grau de instrução
Enquanto a população ocupada com mais de 60 anos cresceu 8%, a de trabalhadores entre 25 e 39 anos teve um aumento de 0,9% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre aqueles com ensino médio incompleto, a ocupação se expandiu 10%, mas ela recuou 9% para os que têm apenas o ensino fundamental. O estudou analisou o mercado de trabalho a partir dos microdados da pesquisa do IBGE, e dos dados de emprego formal do Caged, do Ministério do Trabalho. A avaliação é de que o mercado apresentou sinais de melhora nos últimos trimestres, mas os dados mais recentes apontam uma estabilidade, colocando em dúvida o ritmo da recuperação. A taxa de desocupação vem se mantendo em torno de 12,5%, reflexo de uma desaceleração do crescimento da população ocupada. “Viemos de um período de retração muito grande. Nossa recuperação apresenta bases ainda frágeis, com muita informalidade, o que traz alta volatilidade para o setor, tanto em termos de ocupação, quanto de rendimento.”, explica Maria Andréia Lameiras, pesquisadora do Ipea e uma das autoras da pesquisa. A ocupação vem reagindo em praticamente todos os setores da economia, mas em intensidades distintas. O setor de serviços foi o que registrou maior dinamismo, com uma criação líquida de quase 190 mil novos postos de trabalho nos doze meses até maio (Ipea). |
Mercado espera por mais inflação e menor crescimentoInstituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) continuam reduzindo a projeção de crescimento da economia e aumentando a estimativa para a inflação. No sexto aumento seguido, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,88% para 4% neste ano. Para 2019, a estimativa segue em 4,10%. Mesmo com o aumento nas projeções, as estimativas seguem abaixo da meta de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6% para este ano. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC. A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua sendo reduzida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,76% para 1,55% na oitava redução seguida. A previsão de crescimento do PIB para 2019 caiu, pela terceira vez consecutiva, ao passar de 2,70% para 2,60%. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar passou de R$ 3,63 para R$ 3,65 no fim deste ano, e permanece em R$ 3,60 para o fim de 2019 (ABr). | Opep amplia oferta de petróleoA Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros dez grandes produtores, entre eles a Rússia, decidiram elevar a oferta de petróleo no mercado em 1 milhão de barris diários, o que provocará um aumento real de 600 mil barris a partir de julho. “Chegamos por consenso ao milhão de barris que tinha sido comentado. Eles serão distribuídos entre países-Opep e não-Opep”, disse o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih. Em um encontro que será realizado hoje (26) com a Rússia, a Opep decidirá como esse aumento de produção será dividido. O ministro de Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, afirmou que participam no acordo os 14 membros da Opep e dez países que acertaram no fim de 2016 um corte de 1,8 milhão de barris na produção diária para elevar os preços no mercado internacional (Ag.EFE). |