Bancos compartilharão dados de clientes com plataformasAs instituições financeiras vão compartilhar dados, produtos e serviços por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. O Banco Central objetiva aumentar a competição no Sistema Financeiro Nacional. Foto: Marcelo Camargo/ABr Esse é o chamado open banking, em que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras. O Banco Central (BC) deu início ao processo de implementação do open banking, “com o objetivo de aumentar a eficiência e a competição no Sistema Financeiro Nacional e abrir espaço para a atuação de novas empresas do setor”. “Por meio do open banking, clientes bancários poderão, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, fazer uma transferência de recursos ou um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco”, diz o BC, em nota. Os requisitos estabelecidos pelo BC indicam que deverão ser compartilhadas, inicialmente, as seguintes informações: produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes; dados cadastrais dos clientes; dados transacionais dos clientes; e serviços de pagamento. Para a implementação do open banking estão previstas a publicação de atos normativos e também iniciativas de autorregulação do setor. No segundo semestre, deverão ser submetidas à consulta pública minutas de atos normativos sobre o tema e seu cronograma de implementação. Quanto à autorregulação, a expectativa é de que fique a cargo das próprias instituições participantes a padronização tecnológica e de procedimentos operacionais, os padrões e certificados de segurança e a implementação de interfaces. De acordo com o comunicado do BC, o compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes, bem como de serviços de pagamento, depende de prévio consentimento do cliente (ABr). | |
Confiança do Consumidor recuou de março para abrilO Índice de Confiança do Consumido caiu 1,5 ponto de março para abril. Foto: Tânia Rêgo/ABr Agência Brasil O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,5 ponto de março para abril. Com o resultado, o indicador recuou para 89,5 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor patamar desde outubro do ano passado (85,4 pontos). É a terceira queda mensal consecutiva do indicador, que acumula perda de 7,1 pontos no período. A queda de abril foi provocada pelas estimativas em relação aos próximos meses, medidas pelo Índice de Expectativas, que recuou 2,7 pontos, para 98,7 pontos, a terceira queda consecutiva. O otimismo com relação à evolução da economia caiu 2,9 pontos. Já a confiança no presente, medida pelo Índice de Situação Atual (ISA), subiu 0,5 ponto, para 77,1 pontos. O grau de satisfação com as finanças familiares subiu 2,3 pontos. De acordo com a pesquisadora da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a queda da confiança dos consumidores está relacionada “à decepção com a lenta recuperação econômica e a manutenção de níveis elevados de incerteza”. | Contas externas têm déficit de US$ 494 milhões em marçoAgência Brasil As contas externas brasileiras apresentaram resultado negativo em março. O déficit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, chegou a US$ 494 milhões, segundo dados divulgados ontem (25) pelo Banco Central (BC), em Brasília. O resultado do mês passado ficou abaixo do déficit registrado em março de 2018: US$ 666 milhões. Nos três meses do ano, o resultado negativo chegou a US$ 8,176 bilhões, contra US$ 9,001 bilhões em igual período de 2017. “Apesar da retração no superávit comercial, de US$ 6 bilhões para US$ 4,5 bilhões, houve recuo nos déficits das contas de serviços, de US$ 2,8 bilhões para US$ 2,1 bilhões, e de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), de U$ 4 bilhões para US$ 3,3 bilhões”, diz o BC, no relatório. O déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em março de 2019 somou US$13,7 bilhões (0,73% do PIB), resultado próximo ao registrado no mês anterior (US$13,9 bilhões, 0,74% do PIB). Os investimentos diretos no país (IDP), recursos que vão para o setor produtivo da economia, acumularam ingressos líquidos de US$ 6,8 bilhões no mês, ante US$ 7,8 bilhões em março de 2018. Prévia da inflação oficial fica em 0,72% em abrilAgencia Brasil O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,72% em abril deste ano. A taxa é superior às registradas em março deste ano (0,54%) e em abril do ano passado (0,21%). É também a maior taxa para o mês desde 2015 (1,07%). Segundo dados divulgados ontem (25) pelo IBGE, o IPCA-15 acumula taxas de inflação de 1,91% no ano e de 4,71% em 12 meses. Os principais responsáveis pela inflação da prévia de abril foram os transportes, que tiveram alta de preços de 1,31%, puxada pelos combustíveis (com alta de 3%), em especial, a gasolina (3,22%). Os alimentos e bebidas também tiveram um impacto importante no IPCA-15, com uma inflação de 0,92% na prévia do mês. Outro grupo que influenciou a prévia da inflação foi saúde e cuidados pessoais (1,13%). Apenas o grupo de despesas comunicação teve deflação, ou seja, queda de preços (-0,05%). As demais classes de despesas tiveram as seguintes taxas de inflação: educação (0,06%), despesas pessoais (0,12%), habitação (0,36%), artigos de residência (0,41%) e vestuário (0,57%). |