Setor atacadista paulista tem saldo positivo no mercado de trabalhoO mercado de trabalho do setor atacadista no Estado de São Paulo parece estar se recuperando de maneira mais consolidada após longo período de recessão e fechamento de vagasEm junho, foram criados 114 empregos formais, resultado de 14.418 admissões contra 14.304 desligamentos. Foi o terceiro saldo mensal de empregos formais positivo – e considerando apenas os meses de junho, é a primeira vez desde 2013 que o setor registra mais admissões do que desligamentos, quando 1.460 postos de trabalho foram abertos. O atacado paulista encerrou o mês com 491.968 trabalhadores ativos, leve alta de 0,1% na comparação com o mesmo mês de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, houve a criação de 355 empregos, ante os 18.634 perdidos no mesmo período de 2016 – primeira alta no período desde 2014. Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP, com base nos dados do Ministério do Trabalho. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividade. Das dez atividades pesquisadas em junho, cinco apresentaram crescimento no estoque de emprego na comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque para produtos farmacêuticos e higiene pessoal (2,3%); alimentos e bebidas (1%); e energia e combustíveis (0,7%). Os setores que sofreram as maiores retrações foram os de materiais de construção, madeira e ferramentas (-2,6%); eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-1,8%); e máquinas de uso comercial e industrial (-1,3%). De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, está cada vez mais claro que o mercado de trabalho formal do comércio atacadista mostra estabilidade. Se no acumulado do primeiro semestre o cenário é estável (0%) ao comparar com a perda de quase 25 mil vínculos no acumulado de 2015 e 2016, a Entidade pondera que o saldo do período atual é uma boa notícia (AI/FecomercioSP). |
Nova meta fiscal mostra necessidade de controlar gastosNão atingir a meta fiscal planejada anteriormente sinaliza que o governo não tem conseguido fazer os ajustes nas contas públicas para promover o crescimento da economia. A afirmação é do vice-presidente técnico do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Zulmir Breda. Para ele, ainda falta o governo implementar medidas de controle de gastos para garantir melhora na qualidade das despesas públicas. “É necessário um sistema de custos na área pública para que haja melhor controle e eficiência do gasto público. Sem esse sistema é difícil saber quais áreas gastam eficazmente”, aponta. Como a meta fixada é deficitária, o resultado para a economia do País é negativo. O efeito é indireto para os cidadãos brasileiros, mas, ao atingir em cheio a economia, também gera reflexos para a população. “O governo terá de buscar mais recursos para cobrir o déficit, e, como foi dito que não haverá aumento de impostos, a solução seria a captação de recursos via ampliação do endividamento.” Entre os principais pontos que contribuíram para o déficit, Breda enumera as receitas extraordinárias das concessões que ainda não se concretizaram, a falta de crescimento da economia no patamar esperado e as medidas de reformas legais que não foram aprovadas no Congresso. A meta fiscal anunciada pelo governo na última semana foi de R$ 159 bilhões. O rombo é maior do que o previsto anteriormente, de R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões em 2018. A meta fiscal é uma estimativa feita pelo governo a partir da diferença entre a expectativa de receitas e de gastos (excluídos os juros da dívida), em um ano. Se a diferença for positiva (receitas maiores que gastos), a meta será positiva, significando um superávit primário. Se for negativa, como é o caso, implica gastos maiores que receitas, significando um déficit primário (CFC). | Produção de cana-de-açúcar pode chegar a 646 milhões de toneladasA safra 2017/2018 de cana-de-açúcar está estimada em 646,34 milhões de toneladas, com uma queda de 1,7% quando comparada às 657,18 milhões da última temporada. Os números são do 2º levantamento da atual safra, divulgado ontem (24) pela Conab. A área colhida sofreu uma redução de 3,1%, passando de 9,05 milhões para 8,77 milhões de hectares. A menor disponibilidade tem relação com a desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização. O recuo na produção só não é maior graças ao aumento de 1,5% na produtividade, que deve passar dos 72,62 toneladas por hectare da safra anterior para 73,73 toneladas por hectare. A prioridade continua sendo a produção de açúcar, que deve atingir 39,39 milhões de toneladas – um aumento de 1,8% em relação à safra anterior, de 38,69 milhões de toneladas. Com esta tendência, a produção de etanol registra redução de 6,1%, passando de 27,81 para 26,12 milhões de toneladas. Mas a queda ocorre apenas no etanol hidratado, aquele que vai direto para as bombas de combustível. O anidro tem mercado garantido na mistura com a gasolina e não apresenta variações na produção. Enquanto o hidratado cai 10,2% e sai de 16,73 para 15,02 bilhões de litros, o anidro sobe de 11,07 para 11,09 bilhões de litros, com aumento de 0,2%. Neste levantamento, a Conab divulgou também o percentual de colheita mecanizada no país. A estimativa desta safra é de que 90,2% da área de colheita adote a tecnologia. (Conab). Caem juros do rotativo para pagamento mínimoDados divulgados ontem (24), pelo Banco Central, mostram que a taxa de juros do rotativo regular, aquele que é cobrado de quem paga ao menos o valor mínimo da fatura, voltou a cair no último mês, passando de 230,2% para 223,8% entre junho e julho. No trimestre, as reduções são ainda maiores, de 104,2 pontos percentuais e 241,8 pp, respectivamente. Por outro lado, a taxa cobrada de quem paga a fatura atrasada ou não paga nem o mínimo, subiu 39,3 pp na passagem de junho para julho, saltando de 464,7% para 504,0%. No trimestre, essa taxa também apresentou alta – nesse caso, de 8,0 pp. Na avaliação do presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, a queda na taxa do rotativo regular é um sinal de que o consumidor já começa a sentir os efeitos práticos da aproximação do fim da crise econômica, o que diminui o risco de inadimplência, em especial daqueles que já mostram disposição a pagar acertando o valor mínimo. A isso se soma a queda da taxa Selic e as novas regras do cartão de crédito, que passaram a vigorar em abril. “Dadas as diferenças entre as taxas de juros, o consumidor que não tem o valor total para pagar a fatura integralmente deve se esforçar para ao menos pagar o valor mínimo. As taxas de juros ainda são muito elevadas, mas correspondem a menos da metade das taxas de quem atrasa toda a fatura”, orienta Pellizzaro Junior (SPC Brasil). |