BC: economia deve ter queda de 1,1% este anoDe acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado ontem (24), o PIB deve apresentar queda de 1,1%. Na previsão anterior era 0,5%. A produção agropecuária deverá crescer 1,9%, mais do que a estimativa anterior, de 1%. A projeção para o recuo da indústria passou de 2,3% para 3%. O BC destaca os impactos das reduções projetadas para a indústria de transformação, de 3,4% para 6%, e para a produção e distribuição de eletricidade, água e gás, de 1,4% para 5,6%. O BC também revisou a projeção para o consumo das famílias, que passou de expansão de 0,2% para queda 0,5%. Essa revisão está “em linha com a piora no mercado de trabalho e a manutenção da confiança do consumidor em patamares historicamente reduzidos”. Também foi alterada a estimativa de consumo do governo, que passou de crescimento de 0,3% para queda de 1,6%, “consistente com o cenário de ajuste fiscal em curso”. Em relação à demanda externa, o BC revisou a projeção para as exportações, com aumento de 3,1 ponto percentual para 5,5% de crescimento, em relação à estimativa anterior. No caso das importações, a estimativa é de queda de 6%. Segundo o BC, esse cenário repercute os efeitos de redução do consumo e da alta do dólar. Para o período de 12 meses encerrados em março de 2016, a estimativa de queda do PIB é 0,8% (ABr). |
Cai o ritmo de abertura de vagasEm maio de 2015, o mercado de trabalho brasileiro abriu 8,2% menos vagas de emprego do que em maio de 2014, sendo a décima primeira vez seguida que esse número fica no terreno negativo. A taxa de novas vacâncias de abril ficou praticamente constante com relação ao resultado de março, mas ainda se encontra 12% abaixo do resultado de abril de 2014. Isso mostra que o país tem atualmente menos vagas por trabalhador em potencial do que no mesmo período de 2014. Quando comparamos o ritmo de abertura de vagas com o aumento no número de pessoas que dizem estar procurando emprego, o quadro fica ainda mais preocupante. O Índice Catho-Fipe de Vagas por Candidato continuou em queda em abril, atingindo agora 382 pontos e ficando 24,8% abaixo do valor registrado em abril de 2014. Dessa maneira, podemos concluir que não só o ritmo de criação de vagas está em queda, mas a procura por trabalho está aumentando. | Pontualidade de pagamentos das pequenas recuou em maioA pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,2% em maio. Isto significa que, a cada 1.000 pagamentos realizados, 952 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Este nível de pontualidade foi menor do que observado em abril de 2014, que havia sido de 95,7%. Também foi o segundo menor nível do ano até agora, ficando acima apenas da pontualidade de 94,7% verificada em janeiro. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recuo da pontualidade de pagamento é reflexo do atual quadro recessivo econômico e das altas taxas de juros cobradas nos empréstimos. É importante notar também que a queda do valor médio dos pagamentos pontuais sinaliza que as empresas, neste ambiente de maiores dificuldades financeiras, estão buscando racionalizar custos e despesas. O valor médio dos pagamentos pontuais em maio caiu 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 1.885 contra R$ 2.023). O valor médio mais alto foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas comerciais (R$ 1.901), seguido pelo das empresas de serviços (R$1.861) e, por fim, pelas micro e pequenas empresas do segmento industrial (R$ 1.845). |