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Economia 24/09/2015

em Economia
quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Aumenta procura por renegociação de dívidas com os bancos

A renegociação pode ser uma alternativa para sair do rotativo do cartão do crédito ou do cheque especial.

O desemprego e as taxas de juros mais altas levaram ao aumento da renegociação de empréstimos nos bancos em agosto

O saldo dessas renegociações chegou a R$ 24,435 bilhões, com crescimento de 1,6% no mês e 10,9%, em 12 meses, de acordo com dados do Banco Central. Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, no cenário econômico atual “é natural que as pessoas procurem esse tipo de alternativa”.
A taxa do crédito renegociado, 44,9% ao ano em agosto, é mais baixa que a média (61,2% ao ano) dos juros cobrados nos empréstimos a pessoas físicas e os prazos de pagamento costumam ser maiores. A renegociação pode ser uma alternativa para sair do rotativo do cartão do crédito ou do cheque especial, com taxas de juros muito altas: 403,5% ao ano e 253,2% ao ano, respectivamente.
Entretanto, as tentativas de controlar as dívidas nem sempre dão certo. A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) dessa modalidade, 16,2%, é bem maior que a média (5,5%). “As pessoas procuram alternativas, tentam regularizar os seus pagamentos, mas nem sempre conseguem”, disse Maciel. Em agosto, também cresceu o saldo do rotativo do cartão de crédito (1,3%), do empréstimo consignado (0,7%) e do crédito pessoal (0,7%).
No caso do crédito com recursos direcionados (setores habitacional, rural e de infraestrutura) para pessoas físicas, o destaque é o crédito imobiliário, com saldo de R$ 481,967 bilhões, em agosto. No mês, o crescimento ficou em 1,1% e em 12 meses, em 20,8%. Segundo Maciel, há uma moderação no crescimento do crédito imobiliário, em momento de elevação das taxas de juros. As empresas também estão tomando menos empréstimos, devido à retração da atividade econômica (ABr).

Expectativa para a inflação se mantém em 10%

inflacao temporario

Consumidores brasileiros estimam que a inflação ficará em 10% nos próximos 12 meses, segundo pesquisa realizada neste mês pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice é o mesmo do levantamento de agosto e interrompe uma sequência de sete altas consecutivas neste ano. O patamar de 10% ainda é o mais alto da série histórica da pesquisa da FGV, iniciada em setembro de 2005.
Segundo a FGV, o resultado pode, “por um lado, gerar certo alívio aos formuladores de política macroeconômica, por outro, continua preocupando, uma vez que a expectativa estabilizou-se em um patamar bastante elevado”. A FGV também afirma que “a elevada expectativa de inflação é generalizada entre as faixas de renda, o que implica em maiores dificuldades para o controle da inflação” (ABr).

Câmara reduz prazo para empresa tornar-se inativa

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, em caráter conclusivo, o projeto do Senado, que diminuiu de dez para cinco anos o prazo para que uma empresa sem atividades registradas seja considerada inativa. Como já foi aprovada pelos senadores, a proposta deve seguir para a sanção da presidente da República.
O projeto determina que, passados cinco anos sem atividade, a junta comercial ficará autorizada a cancelar o registro do empresário ou da sociedade empresarial, acabando com a proteção do nome comercial.
O relator na CCJ, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defendeu a aprovação da matéria.
Ele entendeu que a proposta está em sintonia com a legislação brasileira, especialmente a Lei 11.598/07, que introduziu mecanismos para a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas (Ag.Câmara).