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Economia 24/06/2015

em Economia
terça-feira, 23 de junho de 2015

Taxa de juros para pessoa física bate recorde e chega a 57,3%

A taxa do cheque especial chegou a 232% ao ano.

De abril para maio, a alta foi 1,2 ponto percentual. A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve alta de 0,1 ponto percentual e ficou em 5,4% para a pessoa física.
A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 13,1 pontos percentuais, alcançando 360,6% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,3 ponto percentual para 115,9% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 232% ao ano, em maio, com alta de 6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,3 ponto percentual para 27,2% ao ano. A taxa média do crédito para as empresas subiu 0,3 ponto percentual para 26,9% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto percentual para 4%.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9,6% ao ano. No caso das famílias, houve alta de 0,3 ponto percentual, com taxa em 9% ao ano.

Dívida Pública Federal atingiu cerca de R$ 2,5 trilhões

A Dívida Pública Federal externa registrou, em maio, crescimento, de 5,53%, em comparação ao resultado do mês anterior.

A Dívida Pública Federal teve elevação de 1,83% em maio, em comparação a abril, passando de R$ 2,451 trilhões para R$ 2,496 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna cresceu 1,64% e passou de R$ 2,333 trilhões para R$ 2,372 trilhões. Essa é a dívida pública federal em circulação no mercado nacional. Ela é paga em reais e captada por meio da emissão de títulos públicos. O motivo da elevação, informou o Tesouro, foi a emissão líquida, no valor de R$ 13,55 bilhões, mais o total de juros acrescidos à dívida no montante de R$ 24,70 bilhões.
A Dívida Pública Federal externa registrou também, em maio, crescimento, de 5,53%, em comparação ao resultado do mês anterior: atingiu R$ 124,19 bilhões, equivalentes a US$ 37,07 bilhões, dos quais R$ 112,91 bilhões (US$ 35,52 bilhões) são referentes à dívida mobiliária (títulos) e R$ 11,28 bilhões (US$ 3,55 bilhões) à dívida contratual.
Essa é a dívida pública federal existente no mercado internacional paga em outras moedas. Sua variação deveu-se unicamente à desvalorização do real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa. O total de emissões da Dívida Pública Federal chegou a R$ 86,09 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 72,98 bilhões resultando em uma emissão líquida de R$ 13,11 bilhões. De acordo com a programação do Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal deverá encerrar o ano entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,6 trilhões (ABr).

Produção de açúcar na quinzena cai 15%

São Paulo – As unidades produtoras do Centro-Sul do Brasil fabricaram 1,97 milhão de toneladas de açúcar na primeira quinzena de junho, volume 15% menor se comparado ao de 2,32 milhões de toneladas verificado no mesmo período do ano passado. As informações são da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
Quanto ao etanol, as usinas da região produziram 1,65 bilhão de litros (-4%), sendo 638,33 milhões de litros de anidro (-20,3%) e 1,02 bilhão de litros de etanol hidratado (+10%).
Para o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, “mais uma vez os números de produção registrados até o momento confirmam a tendência de um mix de produção mais alcooleiro para a atual safra”. No acumulado desta temporada até a primeira metade de junho, 61,11% da matéria-prima processada direcionou-se à produção do biocombustível, ante 57,87% verificados até a mesma data de 2014 Na primeira quinzena de junho, esta proporção atingiu 57,71%, significativamente maior que os 54,82% apurados no mesmo período do último ano.
Com isso, a fabricação de açúcar acumula até 16 de junho 6,75 milhões de toneladas (-13%). Já a produção de etanol nesse período alcançou 6,58 bilhões de litros (+0,24%), dos quais 4,5 bilhões de litros de hidratado (+17,91%) e 2,08 bilhões de litros de anidro (-24,35%) (AE).