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Economia 24/05/2017

em Economia
terça-feira, 23 de maio de 2017
O reajuste anual no preço dos remédios em maio foi o principal responsável pela alta no índice.

Prévia da inflação registra menor acumulado em 12 meses desde 2007

O reajuste anual no preço dos remédios em maio foi o principal responsável pela alta no índice.

A inflação medida pelo IPCA-15 teve variação de 0,24% em maio, ficando 0,03 ponto percentual acima dos 0,21% registrados em abril

Apesar da alta, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano ficou em 1,46%, bem abaixo dos 4,21% referentes ao período de janeiro a maio de 2016. Os dados foram divulgados ontem (23) pelo IBGE e indicam que o IPCA-15 acumulado nos últimos doze meses, caiu para 3,77%, abaixo dos 4,41% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde os 3,71% registrados em julho de 2007.
A ligeira alta de maio em relação a abril foi pressionada pelos preços dos remédios, que subiram 2,08% e causaram impacto de 0,07 ponto percentual nos 0,24% do IPCA-15 relativo ao mês. Segundo o IBGE, a pressão no preço dos remédios foi consequência do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo de medicamento. Isto resultou numa alta de 2,96% em relação aos preços dos medicamentos em abril (alta de 0,86%); e de 2,08% em relação a maio.
Em consequência da alta dos remédios, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou, pelo segundo mês consecutivo, a maior variação entre os grupos, ai subir em maio 0,84%; seguido dos artigos de Vestuário, com alta de 0,74%. Os preços do grupo Alimentação e bebida também registraram alta ao passar de 0,31% para 0,42%, entre abril e maio. Neste caso, houve alta nos preços de produtos como batata-inglesa (16,08%), tomate, (12,09%) e cebola (9,15%); enquanto outros, como óleo de soja (-5.81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas (-2,73%) e feijão-carioca (-2,52%), fecharam com deflação 9inflação negativa).
Quanto aos demais grupos, as variações situaram-se entre -0,40% e 0,27%, com destaque para a queda de 0,4% no grupo Transportes, onde os combustíveis passaram a custar 1,12% menos do que custavam em abril. Com isso geraram o mais forte impacto negativo no IPCA-15 do mês: -0,06 ponto percentual. O IBGE chama a atenção para o preço do litro da gasolina que chegou a ficar 0,85% mais barato, com o etanol caindo ainda mais: -2,48% (ABr).

Caiu a demanda por crédito do consumidor

Divulgação

A Demanda por Crédito do Consumidor caiu 2,3% em abril com ajuste sazonal frente a março, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Já na avaliação dos valores acumulados em 12 meses (maio de 2016 até abril de 2017 frente aos 12 meses antecedentes) houve desaceleração da queda (0,9 p.p. frente ao resultado de março), atingindo -8,5%. Já na análise interanual (contra o mesmo mês do ano anterior) houve queda de 0,6%.
Considerando os segmentos que compõem o indicador de Demanda por Crédito do Consumidor, a avaliação em 12 meses mostrou que nas instituições financeiras houve queda de 13,4%, enquanto para o segmento não-financeiro a diminuição foi de 5,4%. Apesar de algumas melhorias econômicas já em curso, os resultados da tendência do indicador ainda demostram uma demanda por crédito fragilizada.
Fatores como altas taxas de juros, rendimentos reais negativos e desemprego elevado ainda se mostram como variáveis condicionantes deste cenário que impõe maior cautela e aversão ao consumo por parte das famílias. Apesar disso, a perspectiva de redução de juros e de inflação deverá aumentar a confiança dos agentes e, consequentemente, contribuir para a retomada do crescimento da procura por crédito a partir do segundo semestre deste ano (SCPC).

CAÍRAM AS VENDAS DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS EM ABRIL

São Paulo – As vendas internas de produtos siderúrgicos caíram 12,8% em abril na comparação com o mesmo mês de 2016. No mês, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, 25,9% maior que no mesmo mês de 2016. A produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, aumento de 15,2% sobre abril de 2016. O consumo aparente somou 1,4 milhão de toneladas, queda de 9,0%. As importações cresceram 36,6% em volume, para 153 mil toneladas, e 20,6% em valor, para US$ 152 milhões em abril ante o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, as exportações caíram 18,4% em volume para 826 mil de toneladas e aumentaram 19,3% em valor para US$ 457 milhões na mesma comparação. No acumulado de quatro meses, a produção brasileira de aço bruto cresceu 14,5% para 11,1 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2016, sendo que a de laminados foi a 7,3 milhões de toneladas, alta de 8,9%.
No período, as vendas internas caíram 3,6% para 5,2 milhões de toneladas em relação ao mesmo período de 2016, enquanto o consumo aparente cresceu 1,4%, para 5,9 milhões de toneladas.Ainda no acumulado de janeiro a abril, as importações cresceram 64,6% para 790 mil toneladas, e 33,6% em valor, a US$ 676 milhões. Já as exportações subiram para 4,6 milhões de toneladas e valor de US$ 2,3 bilhões, crescimento, respectivamente, de 8,9% e 46,8% em valor na mesma base de comparação (AE).

Exportações de móveis caem em abril

Após sequência de crescimento, o setor de exportações de móveis nacional teve queda de 9,2% em abril, com US$ 51,6 milhões contra os US$ 56,9 milhões alcançados em março deste ano. Segundo dados do IEMI, desenvolvidos com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, os países destinos são Estados Unidos, com 23,8%, Reino Unido, 11,7%, Argentina, 9,7%, Uruguai, Chile, 7,1%, e Uruguai, 6,5%.
No Rio Grande do Sul a redução foi ainda mais expressiva, cerca de 20,1%. Dos US$ 16,7 milhões atingidos anteriormente, passou para US$ 13,3 milhões em abril. O Estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional dos que mais exportam, com 25,9%. Santa Catarina lidera com 34,8%, em terceiro está o Paraná, 16,3%, seguido por São Paulo, 14,5%, e Minas Gerais, 4%.
Os resultados do quadrimestre são um pouco melhores do que os alcançados no ano passado. De janeiro a abril de 2017, as exportações obtiveram US$ 192,6 milhões, alta de 7,1%. A expectativa é de que – no decorrer do ano – hajam melhoras, tanto nos números mensais quanto no acumulado (Movergs).

Gastos de brasileiros no exterior subiram

Os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,325 bilhão em abril deste ano, informou ontem (23) o Banco Central (BC). O resultado é 23,14% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os brasileiros gastaram US$ 1,076 bilhão.
Já as receitas de estrangeiros em viagem no Brasil não variaram tanto do ano passado pra cá. Em abril deste ano, as receitas ficaram em US$ 417 milhões, contra US$ 475 milhões registrados em igual mês de 2016.
Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 908 milhões, no mês passado. De janeiro a abril, o saldo negativo é de US$ 3,536 bilhões (ABr).