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Economia 24/03/2016

em Economia
quarta-feira, 23 de março de 2016

IBGE: desemprego volta a subir e vai a 8,2%

A taxa de desocupação voltou a subir em fevereiro.

A taxa de desocupação para o conjunto das seis principais regiões metropolitanas do país analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) subiu 0,6% de janeiro para fevereiro, quando fechou em 8,2% da população economicamente ativa – percentual de pessoas desocupadas

Os dados foram divulgados ontem (23) pelo IBGE e indicam que, em relação a fevereiro de 2015 (5,8%), a taxa subiu 2,4 pontos percentuais. Em fevereiro, a população desocupada fechou em 2 milhões de pessoas, crescendo 7,2% em relação a janeiro – mais 136 mil pessoas. Em relação a fevereiro de 2015, no entanto, o crescimento do número de pessoas desempregadas chegou a 39%, o que significa que mais 565 mil pessoas ficaram sem ocupação.
Já a população ocupada do país fechou fevereiro em 22,6 milhões de trabalhadores para o conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas, neste caso apresentando declínio tanto na comparação mensal (-1,9%, ou menos 428 mil pessoas); quanto em relação a fevereiro de 2015 (-3,6%, ou menos 842 mil pessoas). A taxa de desemprego de 8,2% apurada pelo IBGE em fevereiro é a maior para os meses de fevereiro desde os 8,5% de 2009. É também a maior variação desde os 8,8% de maio do mesmo ano.
O resultado chega a ser 2,4% superior ao percentual de desocupação de fevereiro de 2015. Neste caso, é o maior avanço anual para o mês de toda a série histórica iniciada em março de 2002. Os dados indicam que o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado não apresentou variação na comparação mensal, permanecendo em 11,4 milhões. Quando comparado a fevereiro de 2015, há queda de 4,1% no emprego formal, redução de 488 mil pessoas com carteira assinada no setor privado (ABr).

Educação e Saúde impulsionam custo de vida do paulistano

Marcelo Camargo/ABr

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo apresentou elevação de 0,98% em fevereiro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 10,98%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela FecomercioSP. Os grupos de Educação (6,26%) e Saúde (1,11%) foram os que mais impactaram para o aumento do custo de vida em fevereiro, já que, juntos, representam mais da metade da alta registrada.
O grupo de Alimentação e bebidas apresentou elevação de 0,50% e os principais aumentos de preços no varejo foram vistos em itens como merluza (12,89%), uva (10,63%), feijão-carioca (7,74%), cenoura (7,67%), presunto (7,08%) e mamão (6,39%). Já o grupo de Artigos do lar exerceu a terceira maior pressão de alta do mês ao registrar elevações de 2,18% em fevereiro e de 10,31% no acumulado dos últimos 12 meses. Dos nove grupos que compõem a CVCS, somente o de Vestuário apresentou decréscimo em fevereiro (-0,11%).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, se de um lado a fraqueza da atividade econômica indica que as altas nos preços perdem força, de outro, a incerteza política faz com que muitos agentes antecipem o pior e acabem aderindo a uma inflação preventiva na desconfiança de que as autoridades econômicas tenham perdido o controle da situação.

Gastos de brasileiros no exterior caem 43,5%

Com a alta do dólar e menor renda, os gastos de brasileiros em viagens internacionais caíram 43,5% em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2015. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC). No mês passado, os gastos chegaram a US$ 841 milhões, contra US$ 1,49 bilhão registrado no mesmo mês do ano passado. De acordo com o BC, é o menor resultado em sete anos.
Se por um lado, as despesas de brasileiros no exterior caíram, as receitas de estrangeiros no Brasil aumentaram 14,97%, no mesmo período de comparação. As receitas de estrangeiros no país totalizaram US$ 599 milhões no mês passado, contra US$ 521 milhões fevereiro e 2015. Com esses resultados, o déficit na conta de viagens ficou em US$ 242 milhões (ABr).