146 views 5 mins

Economia 23/09/2016

em Economia
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
O setor não apresentava saldo positivo desde novembro de 2015.

Varejo paulista voltou a gerar empregos formais em julho

O setor não apresentava saldo positivo desde novembro de 2015.

O comércio varejista do Estado de São Paulo parece começar a se recuperar de um longo período de encolhimento no total de empregados formais, que já durava sete meses

Em julho, o varejo paulista criou 401 empregos, resultado de 66.595 admissões e 66.194 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu a marca de 2.063.828 no mês, redução de 3,3% em relação a julho do ano passado. Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista, realizada mensalmente pela FecomercioSP.
Apesar do recuo na comparação anual, o setor não apresentava saldo positivo desde novembro de 2015, quando 13,6 mil trabalhadores foram contratados para atender a demanda do Natal, data mais importante para o comércio. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, dois fatores podem explicar a retomada do saldo positivo de trabalhadores em julho. O menor número de desligamentos demonstra que as empresas não conseguem, de forma tão intensa, continuar desligando trabalhadores como no início da crise, mantendo os colaboradores necessários para os estabelecimentos seguirem funcionando.
Esse fato tende a desacelerar o ritmo de crescimento do desemprego no setor. A outra justificativa para a alta em julho foi uma visão menos pessimista do empresário em relação à economia, ao consumo das famílias e, consequentemente, às suas vendas. Esse ganho de confiança, neste primeiro momento, tende a amenizar também a perda de vagas e serve como primeiro sinal para uma retomada tímida e gradual da geração de empregos, que deve ser mais visível no último trimestre de 2016, porém mais intensa somente no segundo semestre de 2017.

Indústria no Brasil precisa voltar a ser prioridade

Presidente da Usiminas, Sergio Leite.

São Paulo – A indústria brasileira precisa voltar a ser prioridade no Brasil e é necessário que seja lançado um plano de desenvolvimento industrial, defendeu ontem (22), o presidente da Usiminas, Sergio Leite, em apresentação no Construmetal. “A economia precisa de uma indústria forte, ela precisa voltar a ser prioridade, para atender o mercado interno e internacional”, destacou.
Leite frisou que o setor siderúrgico no Brasil segue em um momento delicado, com o consumo aparente de aços planos caindo 30% em três anos, disse. O executivo admitiu que há neste momento uma melhora nas expectativas, sendo que no final do segundo trimestre o setor começou a registrar um “fim da piora”. “Há uma tendência de estabilidade e pequenos sinais de crescimento. A perspectiva é do consumo de aço no segundo semestre ser um pouco melhor do que no primeiro”, disse.
No entanto, para que a demanda interna por aço volte a crescer, de fato, a primeira alavanca seria a realização e investimentos de infraestrutura. Segundo Leite, Copa do Mundo e Olimpíadas, cujas última edição de ambos eventos ocorreram no Brasil, tiveram efeito praticamente zero para as vendas da Usiminas. “Teve estrutura metálica importada”, afirmou (AE).

Prévia do IPCA registra inflação de 8,78%

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo–15 (IPCA-15), ficou em 0,23% em setembro. Em todo o país, a taxa é menor se comparada com a de agosto (0,45%) e setembro do ano passado (0,39%), segundo dados divulgados ontem (22) pelo IBGE.
O IPCA-15 acumula taxa de 5,9% em 2016. Em 12 meses, acumula 8,78%, abaixo dos 8,95% registrados nos 12 meses encerrados na metade de agosto. Apesar disso, a inflação oficial continua acima do teto da meta do governo federal, que é de 6,5%. O recuo da taxa na prévia de setembro foi influenciado principalmente pela deflação (queda de preços) de 0,01% nos alimentos.
Entre os produtos que contribuíram para esse resultado estão a batata-inglesa (-14,49%), cebola (-12,3%), feijão-carioca (-6,05%), hortaliças (-6,03%) e leite longa vida (-4,14%). Os transportes também tiveram queda de preços, de 0,1%. Gastos com habitação (que tiveram inflação de 0,48%) e vestuário (0,49%) continuaram pressionando a inflação e impedindo uma queda mais acentuada da taxa (ABr).