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Economia 23/05/2017

em Economia
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Segundo a FecomércioRJ, 45% dos brasileiros desconhece que paga impostos ao ir às compras no supermercado.

Brasil arrecada muito, mas não dá retorno em serviços à população

Segundo a FecomércioRJ, 45% dos brasileiros desconhece que paga impostos ao ir às compras no supermercado.

O estudo “Carga Tributária/PIB x IDH – Cálculo do Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade”, concluído em março, leva em consideração a carga tributária em relação ao PIB, ou seja, toda a riqueza produzida no País, e o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que mede a qualidade de vida da população

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT continua analisando os 30 países que possuem as maiores cargas tributárias do mundo em relação ao retorno de serviços à população, e, em 2017 constatou que pelo 6º estudo consecutivo o Brasil é o país que proporciona o pior retorno em serviços públicos à sociedade em proporção aos tributos arrecadados nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal.
O estudo “Carga Tributária/PIB x IDH – Cálculo do Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade”, concluído em março, leva em consideração a carga tributária em relação ao PIB, ou seja, toda a riqueza produzida no País, e o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que mede a qualidade de vida da população. O destaque desta edição é a Suíça, que no último estudo figurava em 4º lugar e agora aparece na liderança, como o país que, mesmo com uma carga tributária não tão elevada, de (26,90%) consegue oferecer à população serviços públicos de qualidade.
Já a Austrália que era líder do ranking, passou a ocupar a 4ª posição, ficando atrás da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. O Brasil, mesmo com arrecadação altíssima (33,65% do PIB, em 2014 ), não consegue aplicar esses recursos de forma que a população tenha um melhor retorno desses valores, ficando atrás de países da América do Sul, como Uruguai e Argentina. Apesar de terem cargas tributárias muito próximas à do Brasil, a Espanha com (33,20%) ocupa a 12ª posição; a República Tcheca com (33,50%) assume a 15ª; e Grécia com (35,90%) que mesmo em 20º lugar, estão muito à frente do País no que se refere à aplicação de recursos em benefícios dos seus cidadãos.
De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike “Infelizmente, o Brasil apesar de registrar sucessivos recordes de arrecadação de tributos, continua oferecendo um péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere às condições adequadas para o desenvolvimento da sociedade como, qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento básico, entre outros serviços, ficando estagnado seis anos consecutivos e vendo outros países com carga tributária menor ou equivalente evoluírem no ranking.”, observa (IBPT).

Mercado reduz projeção de inflação para 3,92% este ano

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O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano pela 11ª vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,93% para 3,92%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas, pelo Banco Central (BC), e divulgada às segundas-feiras.
A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa caiu 4,36% para 4,34%, no segundo ajuste seguido. A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) permanece em 0,50%, este ano e em 2,50%, em 2018.
Para as instituições financeiras, a taxa básica de juros, a Selic, encerrá 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação (ABr).

CAÍRAM AS VENDAS DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS EM ABRIL

São Paulo – As vendas internas de produtos siderúrgicos caíram 12,8% em abril na comparação com o mesmo mês de 2016. No mês, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, 25,9% maior que no mesmo mês de 2016. A produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, aumento de 15,2% sobre abril de 2016. O consumo aparente somou 1,4 milhão de toneladas, queda de 9,0%. As importações cresceram 36,6% em volume, para 153 mil toneladas, e 20,6% em valor, para US$ 152 milhões em abril ante o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, as exportações caíram 18,4% em volume para 826 mil de toneladas e aumentaram 19,3% em valor para US$ 457 milhões na mesma comparação. No acumulado de quatro meses, a produção brasileira de aço bruto cresceu 14,5% para 11,1 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2016, sendo que a de laminados foi a 7,3 milhões de toneladas, alta de 8,9%.
No período, as vendas internas caíram 3,6% para 5,2 milhões de toneladas em relação ao mesmo período de 2016, enquanto o consumo aparente cresceu 1,4%, para 5,9 milhões de toneladas.Ainda no acumulado de janeiro a abril, as importações cresceram 64,6% para 790 mil toneladas, e 33,6% em valor, a US$ 676 milhões. Já as exportações subiram para 4,6 milhões de toneladas e valor de US$ 2,3 bilhões, crescimento, respectivamente, de 8,9% e 46,8% em valor na mesma base de comparação (AE).

Declaração de quitação anual de débitos

A Fundação Procon-SP alerta aos consumidores que, de acordo com Lei Federal nº 12.007/2009, fornecedores de serviços públicos ou privados, prestados ao consumidor de forma contínua, como fornecimento de água, luz, telefone, TV por assinatura, escolas, cartão de crédito, etc. são obrigados a encaminhar aos seus clientes, declaração de quitação anual de débitos que substituirá os recibos e comprovantes mensais emitidos ao longo do ano anterior.
A declaração deve ser enviada ao consumidor, junto ou na própria fatura a vencer no mês de maio ou no mês subsequente à completa quitação dos débitos do ano anterior. Este documento tem que compreender os meses de janeiro a dezembro de cada ano, tendo como base a data do vencimento da respectiva fatura e, somente terão direito a este documento aqueles que estiverem em dia com todas as parcelas ou mensalidades do ano anterior.
Caso algum débito seja objeto de contestação judicial, o direito à declaração de quitação será apenas dos meses não questionados. Se o consumidor não tiver utilizado os serviços durante todos os meses do ano anterior, o documento deverá ser referente aos meses em que houve faturamento dos débitos. Caso o consumidor não receba a declaração de quitação de débitos dentro do prazo estipulado por lei, deve questionar o fornecedor (Procon).

Dólar eleva competitividade do milho brasileiro

A recente forte valorização do dólar frente ao Real, devido a incertezas políticas, elevou ainda mais a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Com isso, o interesse para exportação aumentou e houve aproximação dos valores do milho no spot dos da paridade de exportação. Segundo pesquisadores do Cepea, além da recente alta do dólar, a maior competitividade do cereal nacional está atrelada às consecutivas baixas nos preços do cereal brasileiro.
No mercado doméstico, compradores e vendedores têm travado uma competição acirrada, com grande parte dos negócios realizada para atender apenas necessidades de curto prazo. No geral, agentes estão à espera da entrada da segunda safra, comportamento que se intensificou na última quinta-feira, 18, por conta do câmbio. Em Campinas, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 0,1% entre 12 e 19 de maio, a R$ 27,07 saca de 60 kg no dia 19 (Cepea/Esalq).