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Economia 22/12/2017

em Economia
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
A inflação dos alimentos da ceia de Natal mostrou queda de -4,83% no acumulado em 12 meses.

Gasto médio com a ceia de Natal será de R$ 136

A inflação dos alimentos da ceia de Natal mostrou queda de -4,83% no acumulado em 12 meses.

Neste fim de ano, além de pesquisar os valores dos presentes, os brasileiros também devem tomar cuidado para não extrapolar com os gastos nas comemorações de Natal

Um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que o consumidor deve desembolsar, em média, R$ 136,52 com os preparativos da ceia ou do almoço de Natal. A cifra demonstra um comportamento mais cauteloso do consumidor, uma vez que no Natal do ano passado, a intenção de gasto era de R$ 167,90.
Os dados caminham no mesmo sentido que a desaceleração dos preços dos alimentos que compõem a cesta de Natal. Uma análise realizada pelo departamento de economia do SPC Brasil mostra que, enquanto a inflação medida pelo IBGE através do IPCA estava em 2,80% em novembro, a inflação dos alimentos que são consumidos na ceia de Natal mostrou queda de -4,83% no acumulado em 12 meses. No ano mesmo período do ano passado, enquanto a inflação geral estava em 6,99%, a inflação dos itens natalinos era ainda maior e atingia 11,18%.
O levantamento também mostra que sete em cada dez (73%) entrevistados pretendem dividir as despesas da festa, compartilhando os custos entre os familiares (37%) ou estipulando que cada membro leve um tipo de prato ou bebida diferente (36%). Por outro lado, 15% garantem que apenas uma pessoa deverá arcar com todas as despesas dos festejos, sejam eles mesmos (9%) ou outro anfitrião (6%) (SPC/CNDL).

Prévia da inflação de 2017 é a menor desde 1998

Inflação baixa beneficia o consumo em todas as camadas da sociedade.

A prévia da inflação oficial – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) – fechou o ano em 2,94%. O percentual foi divulgado ontem (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a menor taxa acumulada pelo IPCA-15 no fim de um ano, desde 1998, quando a inflação foi de 1,66%.
A prévia da inflação de dezembro ficou em 0,35%, um pouco acima da prévia de novembro (0,32%) e do número de dezembro de 2016 (0,19%).
Entre os principais responsáveis pelo aumento de preços medido pelo IPCA-15 no ano, estão os gastos com habitação (que cresceram 6,96%), saúde e cuidados pessoais (6,68%) e habitação (6,15%). Os alimentos e bebidas acumulam deflação (queda de preços) de 2,15% e os artigos de residência, deflação de 1,51%.
Em dezembro, o principal impacto veio do segmento de transportes, que teve uma inflação de 1,16% na prévia do mês, devido a altas na gasolina (2,75%), passagens aéreas (22,34%) e etanol (4,34%). Os alimentos continuaram registrando deflação (0,02%), mas a queda de preços foi a menos intensa dos últimos seis meses. Entre os alimentos que tiveram deflação na prévia de dezembro estão: feijão-carioca (-5,02%), batata-inglesa (-3,75%), tomate (-2,88%), frutas (-1,4%) e carnes industrializadas (-1,29%) (ABr).

Poucos sabem qual a meta de inflação do Brasil

Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que 74,1% dos brasileiros sabem que o governo adota um regime de meta de inflação. O levantamento constatou, no entanto, que apenas 12,6% sabem que o centro da meta é de 4,5%.
Segundo a pesquisa, o conhecimento da meta de inflação está associado à renda do consumidor. Quanto mais alta a renda, maior é o percentual de acerto na resposta sobre o centro da meta do governo federal.
Entre os que ganham até R$ 2.100,00, apenas 1% acertou a meta. O percentual aumenta para 5,4%, para os que têm renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, e para 12,1%, na faixa entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, atingindo 22,1% entre os que têm renda maior que R$ 9.600,00 (ABr).

Inadimplência com cheques tem menor número desde 2014

O percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos no mês de novembro foi de 1,93% em relação ao total de cheques compensados, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. O percentual sofreu queda em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou-se 2,46% de devoluções. Para o mês de novembro, o percentual é o menor desde 2014, quando o número também era de 1,93%.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a porcentagem de cheques devolvidos no país, em relação aos compensados, foi de 2,0%, menor que a devolução de 2,37% registrada no mesmo período de 2016. É o menor número para o período desde 2012, quando o percentual foi de 2,01%. Em novembro, foram 772.132 cheques devolvidos e 39.916.149 cheques compensados. O mesmo período do ano anterior totalizou 1.119.608 de cheques devolvidos e 45.510.164 cheques compensados. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram 9.113.627 cheques devolvidos e 454.763.910 compensados.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o recuo das taxas de juros, a recuperação da renda real dos consumidores com a queda da inflação e o com a diminuição, ainda que gradual, do desemprego, têm contribuído para a redução da inadimplência com cheques (Serasa Experian).

Varejo paulista abriu 7 mil postos de trabalho em outubro

Em outubro, o comércio varejista no Estado de São Paulo criou 7.121 postos de trabalho, o segundo melhor desempenho em 2017, resultado de 77.839 admissões e 70.718 desligamentos. Foi o quarto mês consecutivo de geração de empregos formais. Com isso, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 2.073.078 trabalhadores formais.
No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo em quase 9.805 empregos formais, impactado pelo setor de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 13.190 vagas a menos. Após 29 meses consecutivos, o saldo acumulado dos últimos 12 meses voltou a ficar positivo, o que não ocorria desde abril de 2015. Entre novembro de 2016 e outubro de 2017, foram criados 834 empregos com carteira assinada.
Os dados compõem a pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP com base nos dados do Caged e da Rais. A assessoria econômica da FecomercioSP reforça que os números são realmente muito animadores. É o segundo melhor resultado para 2017, e o processo de reação fica mais evidente ao verificar que em todos os meses deste segundo semestre o número de admissões foi superior ao de desligamentos (AI/FecomercioSP).