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Economia 22/08/2019

em Economia
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Petrobras temporario

Expectativa dos consumidores para inflação anual cai em agosto

A expectativa dos consumidores para a inflação anual recuou  0,2 ponto percentual, passando 5,3% em julho para 5,1% em agosto. Na comparação com o mesmo mês em 2018, o recuo ficou em 0,6 pp. Foi a segunda redução seguida desde junho quando ficou em 5,4%.  A informação foi divulgada ontem (21) pelo Ibre da FGV.

O declínio poderia ter sido ainda maior se os consumidores não sentissem o impacto do aumento dos preços dos alimentos. Foto: Reprodução EPTV

O indicador subiu de 37,7% em julho para 43,4% em agosto, a parcela dos consumidores que projeta valores abaixo da meta de inflação para 2019 (de 4,25%). A elevação é a maior nos últimos seis meses. Apesar disso, a proporção de consumidores com expectativa de valores dentro dos limites superior e inferior ao da meta de inflação para 2019 (entre 2,75% e 5,75%) variou 0,2 ponto percentual (p.p.), alcançando 57,8%.

Conforme as faixas salariais, as famílias com renda familiar mensal acima de R$ 9.600,00, foram as que apresentaram a maior queda em agosto, nas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes. Nesse caso, a expectativa mediana diminuiu 0,4 pp, chegando a 4,1%, o mesmo nível registrado no primeiro trimestre desse ano. A única faixa a ter alta foi a dos consumidores com renda até R$ 2.100. Subiu 0,1 pp, atingindo 6,0%.

Para a economista do FGV-Ibre, Renata de Mello Franco, a trajetória favorável da inflação observada nos últimos meses continuou a influenciar positivamente a expectativa dos consumidores em todas as faixas de renda, mas o declínio poderia ter sido ainda maior se os consumidores não sentissem o impacto do aumento da energia e dos preços dos alimentos (ABr).

Consumo mundial de café atinge 165 milhões de sacas de 60kg

Turismo temporario

O maior aumento percentual ocorreu na Ásia e Oceania. Foto: revistaprocampo/reprodução

O consumo de café, em nível mundial, no ano-cafeeiro 2018-2019, atingiu o volume físico total equivalente a 164,84 milhões de sacas de 60kg, o que representa um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período anterior. O maior aumento percentual verificado no consumo global nesse período ocorreu na Ásia e Oceania, região na qual a demanda cresceu 3,6% e atingiu 35,91 milhões de sacas em doze meses.

Na Europa, a despeito de o aumento percentual ter crescido a uma taxa de apenas 1,5%, no período em análise, o volume total é bastante expressivo, com 53,97 milhões de sacas consumidas no ano-safra ora em destaque, em contraponto com um aumento verificado de 2,1% no período de 2017-2018. Constata-se ainda que na América do Norte a demanda cresceu 2,2%, taxa praticamente igual à média mundial de crescimento, ao atingir um volume equivalente a 30,61 milhões de sacas.

Quanto aos países da América do Sul, maior região produtora de café no mundo, o consumo aumentou apenas 1,1% e somou 27,27 milhões de sacas. E, na América Central e México, a demanda aumentou apenas 0,2%, registrando 5,21 milhões. Por fim, registre-se que o consumo na África atingiu 11,88 milhões de sacas, volume que denota um aumento percentual razoavelmente expressivo de 3%, no ano-cafeeiro 2018-2019 objeto desta análise (OIC/Embrapa Café).

Crescem os pedidos de recuperação judicial das pequenas

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais, as micro e pequenas empresas lideraram os pedidos em julho, com crescimento de 131% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, estes empreendimentos tiveram 120 requisições em 2019, enquanto em 2018 o número foi de 52.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “as Micro e Pequenas Empresas são as mais inadimplentes do país, dado que não apresentou queda desde outubro de 2018. Esta dificuldade em honrar seus compromissos faz com que elas peçam a recuperação judicial como uma alternativa para sair da crise financeira e salvar o negócio”, analisa Rabi.

O número total de pedidos de recuperações judiciais em julho foi de 176, representando um aumento de 81,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da alta, o índice teve uma queda de 6,6% no acumulado de janeiro a julho (794 pedidos), quando comparado com os mesmos sete meses de 2018 (850) – (Serasa Experian).

Famílias de menor renda tiveram inflação maior em julho

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou ontem (21), a seção de inflação da Carta de Conjuntura, que traz previsões para 2019 e apresenta o resultado de julho do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda. A inflação da parcela mais pobre da população avançou 0,22%, enquanto a do grupo de renda alta subiu 0,17%.

Essa variação mais intensa entre as classes de renda menor reflete não somente o aumento das tarifas de energia elétrica (reajuste de 4,5%), mas também um desempenho menos benéfico dos alimentos no domicílio. De acordo com o Ipea, o IPCA deve encerrar 2019 com variação acumulada de 3,75%, levemente abaixo dos 3,90% projetados em junho.

A alimentação em domicílio deve encerrar 2019 com alta de 4,7%, pressionando mais a inflação das classes pobres. Por sua vez, o comportamento do preço dos combustíveis deve trazer descompressão na inflação das famílias mais ricas. A estimativa da inflação dos serviços educacionais passou de 5,0% para 5,1%. A inflação dos bens livres (exceto alimentos) prevista para 2019 é de 1,5%, inferior aos 2,0% estimados anteriormente (AIC/Ipea).