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Economia 21/06/2016

em Economia
segunda-feira, 20 de junho de 2016

Frio pode melhorar as vendas em São Paulo

As perspectivas de vendas podem melhorar com a chegada do inverno

 

O frio chegou e nas últimas semanas as baixas temperaturas aqueceram as vendas em alguns comércios de São Paulo. De acordo com a apuração da FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), a queda nos termômetros fez alguns setores comemorarem. É o caso dos vestuários, como roupas de frio, mantas e cobertores, além de varejos que comercializam aquecedores e torneiras elétricas.
Para o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff, o inverno mais ameno dos últimos anos fez com que as vendas nesse período fossem ruins, no entanto, dias de frio intenso, como os registrados no início de junho, foram capazes de trazer mais movimento ao comércio. “Estamos passando por momentos difíceis no país e isso recai sobre a economia, afetando diretamente o comércio. Com as baixa temperaturas, os comerciantes estão vendendo mais nesse inverno, retomando oânimo e restabelecendo as forças para encarar essa crise que o país passa”, afirma.
Para o segundo semestre, as perspectivas de vendas podem melhorar devido a chegada do inverno e ao preparo necessário para as próximas datas importantes para o varejo, como o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal. “Esperamos que a nova equipe econômica desenvolva políticas públicas que estimulem o investimento e promova uma queda nas taxas de juros. O sucesso do varejo está vinculado a boa economia do Brasil”, explica Stainoff. “A geração de emprego, o aumento de renda e o controle da inflação serão os fatores que irão girar a economia. É com essa expectativa que entraremos no segundo semestre”, completa (FCDLESP).

Projeção de inflação sobe pela quinta vez

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo IPCA, subiu pela quinta vez seguida, ao passar de 7,19% para 7,25%. Para 2017, a estimativa é mantida em 5,50% há cinco semanas. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC). As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%.
O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic, que está em 14,25% ao ano.
A expectativa das instituições financeiras para a taxa ao final de 2016 foi mantida em 13% ao ano. Para o fim de 2017, também não houve alteração na expectativa: 11,25% ao ano. A estimativa de instituições financeiras para a queda do PIB foi alterada de 3,60% para 3,44%, neste ano. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 1%. A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,65 para R$ 3,60, no fim deste ano, e de R$ 3,81 para R$ 3,80, no final de 2017 (ABr).

Cresceu a demanda do consumidor por crédito

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em maio de 2016 cresceu 5,0% em relação a abril. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a procura por crédito cresceu 2,1%. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a demanda avançou 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o movimento positivo da busca por crédito em maio foi estimulado pela ocorrência do Dia das Mães, considerado pelos varejistas como o Natal do primeiro semestre. Todavia, o avanço em relação ao mês de maio do ano passado foi pequeno devido às condições mais restritivas de crédito neste ano de 2016.
Na comparação com abril, a alta na demanda do consumidor por crédito em maio foi de 5,0% para os que ganham até R$ 500 mensais e de 5,1% para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês. Para as demais faixas de renda, os avanços foram de: 5,1% para renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000; 4,8% para a faixa de R$ 2.000 a R$ 5.000 mensais; 4,9% para os que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês; e 4,8% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000 mensais.