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Economia 20/12/2017

em Economia
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Há tendência à expansão do crédito, levando ao aumento do consumo e estimulando a produção.

Fiesp prevê fortalecimento da retomada da economia em 2018

Há tendência à expansão do crédito, levando ao aumento do consumo e estimulando a produção.

Análise feita pela Fiesp e pelo Ciesp mostra que em 2018 deverá ganhar força a retomada da economia brasileira

Com a redução do endividamento das famílias e das empresas, condições favoráveis no mercado externo e redução da taxa de juros, há tendência à expansão do crédito, levando ao aumento do consumo e estimulando a produção. Também deverá haver manutenção da melhora do mercado de trabalho, com queda da taxa de desemprego e elevação da massa salarial.
Para a economia como um todo, a expectativa da Fiesp é de crescimento de 2,8% do PIB no ano que vem. E para o segmento da Indústria de Transformação o crescimento projetado é de 3,1%. Em relação aos investimentos (formação bruta de capital fixo), a expansão esperada é de 3,2%. As previsões para 2018 são respaldadas por resultados positivos em diversos aspectos da economia, que vem de três trimestres seguidos de crescimento do PIB, incluindo expansão de 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao anterior. É um sinal de recuperação consistente, sustentada pelo consumo.
Também houve no terceiro trimestre crescimento no consumo das famílias, além de volta da expansão dos investimentos, depois de longo período de quedas sucessivas. As boas notícias devem continuar até o final de 2017, com o cálculo da Fiesp de crescimento do PIB de 0,5% no 4º trimestre em relação ao 3º. O PIB projeta crescimento de 1,1% no ano, e o PIB da Indústria de Transformação, de 1,2%.
A saída da recessão até aqui foi lenta, porém consistente, sustentada pela melhora da massa salarial, inflação baixa, redução da taxa de juros, aumento das exportações, entre outros fatores que se espera que sejam mantidos em 2018, permitindo a aceleração da retomada do crescimento (AI/Fiesp-Ciesp).

Safra de cana-de-açúcar deve chegar a 635 milhões de toneladas

Estamos na reta final da safra, com 92,9% da cana já moída.

A produção de cana-de-açúcar da safra 2017/2018 deve chegar a 635,59 milhões de toneladas, com um recuo de 3,3% frente às 657,18 milhões da temporada anterior. Neste 3º levantamento da atual safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa traz também a área colhida, a produtividade e o percentual destinado a açúcar e álcool.
A queda de produção é resultado da retração de área. O recuo só não é maior graças ao pequeno aumento de 0,2% na produtividade, que passou de 72,62 toneladas por hectare da safra anterior para 72,73 toneladas. A área colhida deve sofrer uma redução de 3,4%, passando de 9,05 milhões para 8,74 milhões de hectares. A disponibilidade menor tem a ver com a desistência e devolução de áreas de fornecedores que têm plantações distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização.
A estimativa de açúcar deve atingir 39,46 milhões de toneladas, ou seja, 2% a mais que a safra passada. Agora, na reta final da safra, com 92,9% da cana já moída, as unidades aumentam a destinação para o etanol em função de sua melhor rentabilidade. No entanto, a produção ainda deve ser menor que a do ciclo anterior. A previsão é de 27,05 bilhões de litros de etanol, com um recuo de 2,7%. Enquanto o hidratado cai 5,2%, saindo de 16,73 para 15,87 bilhões de litros, o anidro sobe de 11,07 para 11,18 bilhões de litros, com aumento de 0,9% (Conab).

Atacado paulista criou mais de 2 mil empregos formais

Em outubro, pelo sétimo mês consecutivo, o comércio atacadista no Estado abriu postos de trabalho. Foram 2.111 novos empregos com carteira assinada, saldo de 15.208 admissões e 13.097 desligamentos, o melhor resultado para o mês desde 2012. Assim, o setor encerrou o mês com um estoque total de 499.022 trabalhadores formais, crescimento de 1,2% em relação a outubro de 2016.
No acumulado de novembro de 2016 a outubro de 2017, 5.781 vagas foram abertas, um cenário mais favorável que na comparação com os 12 meses anteriores (novembro de 2015 a outubro de 2016), quando foram extintos mais de 11,6 mil postos de trabalho com carteira assinada. Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP com base nos dados do Caged e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista.
Das dez atividades pesquisadas em outubro, o maior crescimento foi registrado pelo atacado de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (3,4%) e de alimentos e bebidas (2,2%). As duas atividades geraram, juntas, 5.108 novos empregos com carteira assinada. Por outro lado, a maior retração foi observada no setor de materiais de construção, madeira e ferramentas (-0,8%), que fechou 275 postos de trabalho. A FecomercioSP reforça que a melhoria dos determinantes diretos do consumo das famílias e o consequente impacto positivo no comércio varejista resultam também em bons números em termos de receitas e expectativas no setor atacadista. A tendência é de continuidade, pois se espera que, com inflação baixa, crédito menos custoso e recuperação do mercado de trabalho, o consumo cresça de maneira mais vigorosa em 2018 (AI/FecomercioSP).

Empresários da construção estão otimistas

Os empresários da construção civil estão otimistas em relação às perspectivas do setor para 2018, segundo pesquisa divulgada ontem (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança registrou 56,7 pontos em dezembro, maior patamar desde março de 2013. Em novembro, o indicador havia ficado em 54,4 pontos. Foram ouvidos representantes de 578 empresas, sendo 182 pequenas, 267 médias e 129 de grande porte, no período entre 1º e 13 de dezembro.
“O componente de expectativa foi o principal responsável por esse comportamento, embora o indicador de condições atuais venha se aproximando da linha de 50 pontos, indicando que a piora das condições correntes de negócios ficou para trás”, resume a pesquisa.
A alta, é explicada tanto pela perspectiva positiva em relação aos próximos seis meses, quanto pela avaliação menos negativa em relação às condições correntes de negócios (ABr).