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Economia 20/10/2015

em Economia
segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Vendas no varejo caem 5,7% na primeira quinzena de outubro

Vendas do varejo caíram nesta 1ª quinzena.

O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou retrações de 4,2% nas vendas a prazo e de 7,2% nas vendas à vista na primeira quinzena de outubro ante igual período de 2014

A queda média foi de 5,7%, próxima da estimativa divulgada anteriormente pela entidade. A pesquisa avalia as vendas no varejo da capital paulista. Na comparação com a primeira quinzena de setembro, registrou aumentos sazonais de 10,8% nas vendas a prazo e de 26,6% nas vendas à vista. Esses números são explicados pela data comemorativa do Dia das Crianças.
O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI), que mede o número de carnês em atraso no varejo, apontou leve alta de 0,6% na primeira quinzena de outubro na comparação com o mesmo período de 2014.
Por sua vez, o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que calcula o cancelamento de dívidas, apresentou recuo de 11,8%.
“Vê-se uma tendência de elevação na inadimplência, que, embora ainda não desponte para um cenário de disparada, precisa ser acompanhada de perto. É recomendável que as empresas de crédito continuem investindo em campanhas de recuperação e deem mais facilidades para os consumidores quitarem ou renegociarem suas dívidas”, observa Alencar Burti, presidente da ACSP.

Selic deve ser mantida em 14,25% ao ano na reunião do Copom

Selic temporario

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na reunião do Copom, marcada para hoje (20) e amanhã (21). Para 2016, a expectativa é de redução da taxa básica, que deve encerrar o período em 12,75% ao ano ano. Essas expectativas fazem parte do Boletim Focus, do BC, feita com projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
Neste ano, a inflação deve estourar o teto da meta (6,5%). A projeção para o IPCA subiu de 9,70% para 9,75%, no quinto ajuste seguido. Para o próximo ano, a expectativa é de inflação mais baixa, mas ainda acima do centro da meta (4,5%). A projeção para 2016 subiu de 6,05% para 6,12%, no 11º ajuste consecutivo. A projeção para a alta dos preços administrados segue em 16%, este ano, e foi ajustada de 6,27% para 6,35%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de recessão: a economia brasileira deve encolher 3%, este ano. Essa foi a 14ª piora consecutiva na estimativa para a queda do PIB. No próximo ano, a retração deve ser menor: 1,22%, contra 1,20% previstos na semana passada. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7%, este ano, e de 1% em 2016. A projeção para o dólar ao final do ano permanece em R$ 4. Para o fim de 2016 passou de R$ 4,15 para R$ 4,13 (ABr).

Demanda por crédito tem queda em setembro

A demanda por crédito caiu 3,9% em setembro em comparação com agosto, segundo levantamento da Serasa Experian. Em relação a setembro do ano passado, teve retração de 3,6%. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, porém, foi registrado crescimento de 3,2% sobre a procura por crédito no mesmo período de 2014. A consultoria atribui a redução da procura por empréstimos ao aumento dos custos do crediário, à queda nos níveis de confiança do consumidor e à elevação da taxa de desemprego.
Por faixa de renda, a maior queda (-4,1%) na procura por crédito entre setembro e agosto foi daqueles com renda entre R$ 500 e R$ 1.000. No acumulado de janeiro a setembro, os enquadrados nessa faixa de renda aumentaram em 3,5% a procura por crédito. A única faixa de renda que teve queda no interesse por financiamentos nos primeiros nove meses de 2015 foi a com rendimento de até R$ 500.
Em relação ao mesmo período de 2014, essas pessoas reduziram em 2,6% a busca por crédito. Em relação a setembro do ano passado, a retração é 5,9% e 3,9% na comparação com agosto. A Região Sul foi a que registrou a maior redução na procura por crédito em setembro, em comparação com agosto (-7,5%). Em relação a setembro de 2014, a retração é 4,2% (ABr).