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Economia 19/07/2019

em Economia
quinta-feira, 18 de julho de 2019
Aplicativos temproario

Aplicativos de transporte aumentam financiamento de veículos

Os aplicativos de transporte estão impactando o mercado de crédito para veículos.

Aplicativos temproario

Entre os fatores que explicam o aumento das vendas está o mercado criado pelos aplicativos como Uber, 99 e Cabify. Foto: Pexels/Reprodução

Os financiamentos para compra de carros, motos e caminhões cresceu 9,1% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2018. Segundo levantamento da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), os financiamentos possibilitaram a compra de 2,87 milhões de unidades, sendo que 1,06 milhão são veículos novos – aumento de 9,7%. Os usados totalizaram 1,81 milhão de unidades, uma alta de 8,7%.

Entre os fatores que explicam o aumento das vendas está o mercado criado pelos aplicativos como Uber, 99 e Cabify. “Muita gente que fica desempregada enxerga no setor de transportes uma alternativa de renda e para isso precisa de um automóvel”, ressalta a coordenadora da graduação em Economia do Instituto de Ensino e Pesquisa, Juliana Inhasz. Esse crescimento já vem sendo observado desde o ano passado, de acordo com o economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento, Nicola Tingas.

Ele destaca que esse crescimento não significa um aquecimento do mercado de consumo, mas um investimento dos que pretendem trabalhar nesse sistema. Nesse sentido, de compras de veículos como ferramenta de trabalho, também vai o aumento das compras de caminhões, que representaram a maior expansão percentual no período. Nos primeiros seis meses de 2019 foram financiadas 128,8 mil unidades de veículos pesados, uma alta de 23,47% em relação ao primeiro semestre de 2018.

Juliana Inhasz disse que há uma recuperação do mercado após quatro anos recessivos devido a melhora da renda e das condições de crédito, com juros mais baixos. “Apesar da alta ser significativa, a gente está falando de uma base muito ruim. Na verdade, é uma recomposição, a gente está tentando recuperar um setor que tinha sofrido muito com a crise”. Entre os fatores que indicam condições mais favoráveis na economia está, segundo a professora, a queda no desemprego.

“Tem uma melhora do mercado, porque a taxa de desemprego tem caído, devagar, mas tem caído”. Apesar das boas notícias, a economista acredita que há um longo caminho pela frente antes da indústria automobilística voltar ao mesmo patamar que teve antes da crise. “Pelo menos 6 anos de trabalho para voltar ao que era em 2012, 2013. Em um cenário otimista”, disse.

Frio aumenta em 3,5% vendas de roupas e eletrodomésticos

Frio temproario

Aumentou a venda de roupas e aquecedores. Foto: Sindilojas/POA

O movimento de vendas do varejo da capital paulista cresceu em média 3,5% na primeira quinzena de julho, frente ao mesmo período de 2018, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A média resulta das altas de 2,9% do sistema a prazo e de 4,1% do sistema à vista.

“São dados muito bons diante do atual momento da economia, mas circunstanciais porque motivados pelo dia útil a mais e pelo forte frio que atingiu a capital, aumentando a procura do consumidor por roupas da moda outono-inverno, além de cobertores e edredons. O ramo de bens duráveis também foi beneficiado, pois as pessoas acabam comprando eletrodomésticos como cafeteiras elétricas e aquecedores”, analisa Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Para ele, a perspectiva para o restante do mês é positiva, contanto que a frente fria continue na cidade. “Mas temos visto uma volatilidade muito grande nos números ao longo do ano, então ainda é cedo para cravar qualquer projeção”, comenta Solimeo. O Balanço de Vendas da ACSP mostra que no período acumulado de 1/1/2019 a 15/7/2019 o varejo em SP cresceu em média apenas 1,7% (sobre igual período do ano passado), “reflexo de como o setor tem tido um desempenho apático em 2019” (AI/ACSP).

A cidade de Bastos é a principal produtora de ovos

Em 2018, o Brasil exportou 11,6 mil toneladas ovos no valor de US$ 17,1 milhões. São Paulo é o maior produtor de ovos do Brasil, com 30,9% da produção, que pode alimentar mais de 60 milhões de pessoas por ano, levando em conta que o consumo per capta de ovos no País é de 212 ovos por ano. A Secretaria de Agricultura do Estado informa que a região de Tupã é a maior produtora de ovos no Estado com 55% da produção, em 2018.

O município de Bastos é o maior produtor de ovos no Estado, representando 36% do total paulista. O Valor da Produção Agropecuária (VPA) de ovos de galinha é de 60,8% do VPA, da Regional de Tupã. No Estado foram produzidas 41 milhões de caixas de 30 dúzias de ovos no ano de 2018, e só no município de Bastos foram produzidas 14,6 milhões de caixas de 30 dúzias de ovos em 2018 (ao redor de 5 bilhões de unidades).

O engenheiro agrônomo Eduardo Takaki, da Regional da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável em Tupã, comenta que além de Bastos outros municípios da regional produzem ovos. “Em Bastos e municípios arredores existem fábricas de equipamentos avícolas, fábricas de manutenção de equipamentos, agroindústrias e prestadores de serviços diversos para avicultura” (Ascom/SAAESP).

IGP-M acumula inflação de 6,53% em 12 meses

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,53% na segunda prévia de julho deste ano. A taxa é inferior à observada na segunda prévia de julho (0,75%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula inflação de 6,53% em 12 meses.

A queda da taxa de junho para julho foi provocada pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, registrou inflação de 0,62% na segunda prévia de julho, ante o 1,15% da prévia de junho.

Por outro lado, as taxas do varejo e da construção civil tiveram alta. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, passou de uma deflação (queda de preços) de 0,05% em junho para uma inflação de 0,10% na prévia de julho. O Índice Nacional de Custo da Construção, que não tinha variado na prévia de junho, registrou taxa de 0,93% em julho.