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Economia 18/05/2016

em Economia
terça-feira, 17 de maio de 2016

Brasil é o mais pessimista em ranking econômico com 25 países

A deterioração sobre o cenário econômico teve início em junho de 2013.

A porção de brasileiros que classifica como boa a economia do país diminuiu drasticamente nos últimos anos

Levantamento mensal da Ipsos com 25 países mostra que, em abril, apenas 8% dos entrevistados no Brasil avaliaram de maneira positiva a economia nacional, o que coloca o país em último lugar entre as25 nações pesquisadas. Em abril de 2013, o percentual estava em 42%.
A avaliação dos brasileiros é distante da média global (38%) e, principalmente, da percepção de outros BRICS, como Índia e China, onde respectivamente 81% e 67% dos entrevistados acreditam que a economia vai bem. Os dados fazem parte da pesquisa The Economic Pulse of the World, feita mensalmente pela Ipsos a partir de 18.039 entrevistas em 25 países. A margem de erro é de3,5 pontos percentuais. “O pessimismo e a desconfiança do brasileiro em relação à economia estão ligados à perda do poder de consumo, à inflação e principalmente à insegurança em relação ao emprego”, afirma Danilo Cersosimo, diretor de Public Affairs da Ipsos no Brasil.
Os dados do Brasil vêm em queda há pelo menos três anos. De acordo com o levantamento, a deterioração sobre o cenário econômico teve início em junho de 2013. A queda na avaliação dos brasileiros coincide com o início das manifestações populares que eclodiram pelo país no período. Naquele mês, a avaliação sobre a economia nacional retraiu para 35% ante 42% verificado nos meses anteriores. Desde então, o percentual variou para cima e para baixo, mas não retornou ao patamar anterior às manifestações. Desde janeiro de 2015, o percentual mantém-se abaixo dos 20%.
Quando questionados sobre como anda a economia na sua localidade, seja cidade, região ou bairro, a percepção dos brasileiros melhora um pouco: 13% dos entrevistados avaliam como forte o desempenho de sua área local. Nesse quesito, o país empata com França, Itália e Espanha, ocupando a 19ª posição no ranking. A média global é de 29%.

Vendas de imóveis novos seguem em queda em todo país

Nos últimos 12 meses, o setor vendeu 105.020 unidades, queda de 15,8% frente ao período anterior.

Os Indicadores da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC-Fipe) referentes a março revelam o total de 10.804 unidades vendidas, com queda de 14,8% frente às vendas de março de 2015. Nos primeiros três meses deste ano, as vendas somaram 23.460 unidades, o equivalente a um recuo de 16% frente ao volume observado no mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o setor vendeu 105.020 unidades, queda de 15,8% frente ao período anterior.
Em março de 2016 foram lançadas 9.534 unidades, o que mostra uma elevação de 22,1% face ao mesmo mês de 2015. Já no acumulado de 2016 (jan-mar), os lançamentos totalizaram 14.172 unidades, volume 18,2% superior ao observado no mesmo período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (65.740 unidades) ainda repercute queda de 6,0% face ao período precedente.
O vice-presidente executivo da ABRAINC, Renato Ventura, avalia que a alta nos lançamentos no mês de março ainda não pode ser caracterizada como tendência, pois falta confiança do setor em retomar o crescimento diante do cenário econômico atual. “Ainda há dificuldade no cenário, com impacto no crédito e na confiança do comprador”, ressalta, informando que o perfil dos compradores tem mudado, acompanhando o novo ritmo do setor. “Estão ficando no mercado mais pessoas que compram para morar ou que investem com expectativa de retorno a médio e longo prazos”, conclui.