Exportações da agropecuária brasileira crescem 115% em novembroO volume de exportações de produtos agropecuários brasileiros cresceu 115,2% em novembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado O setor foi o principal responsável pela alta de 13,3% das exportações brasileiras no período, segundo dados do Indicador de Comércio Exterior, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A indústria da transformação teve crescimento de 5,4%, enquanto a alta da indústria extrativa foi de apenas 0,2%. Entre as categorias de uso dos produtos exportados, a maior alta foi nos bens de consumo duráveis (27,8%). Em seguida, aparecem os bens intermediários, isto é, os insumos do setor produtivo (15,7%). As exportações dos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, caíram 10,7%. O preço dos produtos exportados pelo país caiu 2,6% em novembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O principal responsável por esse movimento foi o recuo de 11% no preço da soja. O preço dos produtos agropecuários caiu 7,6%. As importações brasileiras cresceram 20,2% em novembro, mais do que as exportações. A indústria extrativa teve alta de 37% nas importações, enquanto a indústria da transformação cresceu 17,9%. Entre as categorias de uso, a maior alta nas importações foi observada entre os bens de capital (57,8%). Os bens de consumo semiduráveis tiveram avanço de 28,2% (ABr). |
Consumidores devem comprar presente de Natal para si mesmosAs compras de Natal podem ir muito além dos presentes para familiares e amigos – é uma data comemorativa em que muitos também aproveitam para comprar um presente para si mesmo. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 47% dos consumidores brasileiros irão se auto presentear esse ano, principalmente as mulheres (53%). Em relação ao Natal de 2016, metade dos entrevistados (50%) afirma ter comprado presentes para si mesmos. A prática é justificada por esses entrevistados principalmente pela oportunidade de se presentear comprando coisas que precisam (46%, com aumento de 6,9 pontos percentuais em relação a 2016) e pelo sentimento de merecimento (39%). Entre aqueles que não pretendem comprar presentes para si mesmos (25%), os principais motivos são: não gostar ou falta de costume (30%), não ter dinheiro (15% – com aumento de 5,7 p.p. em relação a 2016) e ter outras prioridades de compra (15%). Na média, a intenção de compras é de dois presentes para si mesmo, com um ticket médio cada de R$ 155,84. No total, os consumidores que irão se presentear e já definiram um valor, gastarão em torno de R$ 332 consigo mesmos – outros 46% ainda não sabem quanto irão gastar. Os presentes mais comprados para si mesmo devem ser roupas (54%) e calçados (34%), perfumes e cosméticos (25%) e celular/smartphones (17%) – (SPC/CNDL). | Ritmo lento da economia ainda impacta o atacadoO faturamento do setor atacadista distribuidor segue influenciado pelo ritmo lento da retomada econômica. A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), mostra, em termos nominais, estabilidade em outubro na comparação com setembro, com alta de 0,08%. Em relação ao mesmo mês de 2016, no entanto, o faturamento caiu -5,47%. De janeiro a outubro, ante ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2,77%. “O ano de 2017 começou mal para o setor produtivo. E ficou ainda pior por conta dos episódios políticos. Mas, apesar do prognóstico ruim, o governo se restabeleceu e conseguiu colocar o país de novo na rota do crescimento. Estamos ainda no início da retomada, que vai se tornar consistente se continuarmos com a inflação e os juros baixos e com o emprego crescendo. E para consolidar esse cenário favorável, as reformas estruturantes, com a da Previdência, precisam avançar”, afirma Emerson Destro, presidente da Abad, que acredita ser possível fechar o ano perto da estabilidade em termos nominais. Para 2018, embora seja um ano eleitoral, as expectativas são boas, pois há um claro descolamento entre política e economia. “A confiança está se restabelecendo e é uma condição essencial para a retomada do consumo das famílias e dos investimentos dos empresários. Para isso, é fundamental o aumento das vagas de emprego e ganhos reais de renda”, diz Destro (ABAD). Intenção de Investimentos avançaO Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da FGV avançou 10,9 pontos no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, atingindo 116,0 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2014 (116,6). O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas. “Com a alta no quarto trimestre, o Indicador retoma a trajetória de alta que havia sido interrompida no trimestre anterior. Apesar do bom resultado, o número elevado de empresas prevendo estabilização dos investimentos nos próximos meses sinaliza que parte do setor continua em compasso de espera, e que uma aceleração mais expressiva dos investimentos dependerá da redução da incerteza econômica e política”, afirma Aloisio Campelo Jr, da FGV/Ibre. |