Planejamento lança sistema para melhorar gestão públicaO Ministério do Planejamento apresentou ontem (15), em Brasília, um sistema gratuito para ajudar órgãos públicos na gestão de riscos, o chamado Ágatha Trata-se de uma ferramenta desenvolvida para documentar eventuais riscos nos processos internos da administração pública, oferecendo mecanismos de controle e de tratamento das inconformidades. A meta é que o Sistema Ágatha auxilie no acompanhamento dos planos de melhoria da gestão e apoie a tomada de decisão pelo gestor público. Os gestores preenchem no sistema informações sobre o processo que desejam avaliar, fornecendo informações como quem é encarregado do processo, as normas internas a que o processo está submetido e os objetivos que pretendem ser alcançados, entre outros pontos. O sistema, a partir dessas informações, calcula os riscos e fornece informações úteis aos órgãos para a tomada de decisão e para o gerenciamento e a manutenção dos riscos. As informações fornecidas pelo Ágatha são todas dentro dos padrões definidos por instâncias fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União (TCU). “Mais um passo para que nossos gestores possam olhar os riscos que são embutidos em cada projeto, possam se preparar para esses riscos e buscar soluções para os mesmos”, disse o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. No sistema público, a gestão é dada por processos, ou seja, um conjunto ordenado de atividades de trabalho, com início e fim. Os processos têm como objetivo gerar resultados para a organização. O Ministério do Planejamento já mapeou 14 processos essenciais, com destaque para a transferência voluntária de recursos, aposentadoria e inscrição e ocupação da Secretaria de Patrimônio da União. Ao mapear a aposentadoria, o governo verificou, segundo o ministro, pagamentos indevidos. “Isso apareceu de forma clara ao mapear processos e riscos envolvidos. Então, é muito importante que se adote isso de forma cada vez mais corriqueira e para todos os projetos envolvidos nos diversos orgãos”, disse. O sistema Ágatha, que visa facilitar esse mapeamento, está disponivel para download gratuitamente em (https//softwarepublico.gov.br/social/agatha). |
Setor de serviços caiu 0,2% em marçoO setor de serviços fechou o mês de março com queda de 0,2% em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal. O setor fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 1,5%. Já o resultado acumulado dos últimos 12 meses fechou negativo em 2%. Os dados foram divulgados ontem (15) pelo IBGE e indicam que, em relação a março do ano passado, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços variou -0,8%. Do ponto de vista da receita nominal do setor, o crescimento foi de 1,8% de fevereiro para março, com o acumulado do trimestre fechando em 1% e o dos últimos 12 meses em 2,5%. Na comparação com março do ano passado, o crescimento foi de 1,9% na receita nominal do setor. A queda de 0,2% de fevereiro para março reflete variações negativas em três das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços profissionais, administrativos e complementares, cuja retração foi de 1,8%. Os demais resultados negativos vieram dos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%) e de outros serviços (-0,4%). Fecharam com resultados positivos as atividades de serviços de informação e comunicação, que cresceram 2,3%, e os serviços prestados às famílias, com expansão de 2,1%. Já o agregado das atividades turísticas subiu 2% em relação a fevereiro. De acordo com o gerente da pesquisa mensal, Rodrigo Lobo, o volume de serviços, como um todo, ficou 12,8% abaixo do pico da série histórica, registrado em novembro de 2014, e apenas 0,8% acima do ponto mais baixo, que foi em março de 2017. “Desde que atingiu o ponto mais baixo da série, o setor de serviços tem apresentado uma sequência de resultados positivos e negativos, oscilando perto desse patamar mais baixo”, disse o gerente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou a 36ª taxa negativa, ao recuar 2,6% (ABr). | UE proíbe importação de 20 frigoríficos brasileirosEntra em vigor hoje (16) a proibição de importação de carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros pelos países que compõem a União Europeia. A decisão foi tomada pela Comissão Europeia em abril, após a terceira etapa da Operação Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado pela Polícia Federal, com o objetivo de investigar denúncias de fraudes cometidas por empresários e fiscais agropecuários federais. A Operação Trapaça teve como alvo a BRF, dona da Sadia e Perdigão. O grupo é investigado por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela bactéria Salmonella pullorum. Em nota, a BRF negou riscos para a saúde para população. Com a limitação da exportação para o mercado europeu, a expectativa é de que aumente a oferta no mercado interno, o que tornará o frango mais barato momentaneamente para o consumidor brasileiro. Por outro lado, poderá resultar em demissões no setor. As vendas para a UE já vinham apresentando quedas. De acordo com o Ministério da Agricultura, no ano passado, o Brasil exportou 201 mil toneladas para o bloco. Em 2007, chegou a exportar 417 mil toneladas. Em valores, no ano passado, foram exportados US$ 765 milhões em frango. O embargo da UE ao frango brasileiro deverá gerar, neste ano, perda de 30% sobre o total do produto exportado pelo Brasil para o bloco, que é composto por 28 países. A decisão de embargo terá impacto em 20 plantas exportadoras de nove empresas. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Ao longo de quatro décadas, o país embarcou mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango, em mais de 2,4 milhões de contêineres para 203 países (ABr). Freiras de clausura poderão usar redes sociaisAs freiras católicas que vivem em clausura poderão ter acesso às redes sociais, mas “com sobriedade e discrição”. A recomendação foi apresentada ontem (15), pelo arcebispo José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada, e está na nova “Cors Orans”, que contém uma série de regras para conventos. “Tais meios devem ser usados com sobriedade e discrição. Não somente em relação aos conteúdos, mas também quanto à quantidade de informações e o tipo de comunicação”, diz o documento. No entanto, “aquelas que escolhem a vida contemplativa devem viver em um ambiente separado do mundo e, por isso, os conventos devem respeitar determinadas características, e o ingresso de pessoas de fora ou a saída das freiras deve ser excepcional e autorizado” (ANSA). |