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Economia 16/04/2016

em Economia
segunda-feira, 25 de abril de 2016

Otimismo do empresário continua em baixa no Brasil

A queda de fevereiro foi generalizada, atingindo todas as classes e subsistemas.

O consumo de energia elétrica no Brasil totalizou em fevereiro 38.495 gigawatts/hora (GWh), uma queda de 5,1% em relação ao mesmo mês do ano passado

A redução foi puxada pela demanda do setor industrial, que caiu 7,2% no período. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada ontem (31) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo responsável pelo planejamento energético do país.
A queda de fevereiro foi generalizada, atingindo todas as classes e subsistemas. A retração de 7,2% na demanda energética do setor industrial, que reflete a retração da economia, teve o maior declínio na Região Nordeste, onde o consumo apresentou recuo de 11,5% sobre igual mês do ano passado. Em seguida, vêm as regiões Sudeste (-8,5%) e Sul (-7,4%), também com recuo superior à taxa global do setor. 
Ao justificar a queda de 7,2% no consumo industrial, a EPE citou dados do Ministério do Trabalho, que mostram que foram fechados 26.187 empregos formais em fevereiro somente na indústria de transformação. Cita ainda a Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, que apontou redução de 13,8% no ritmo produtivo em janeiro, na comparação anual. Influenciada também pelo cenário econômico vivido pelo país e também pelas temperaturas mais amenas quando comparadas ao ano passado, a classe residencial fechou fevereiro com queda de 3,2%. 
Na avaliação da EPE, “o quadro de crédito restritivo, conjugado ao mercado de trabalho com perspectiva de aumento do desemprego e retração da renda, tem induzido o consumidor a adotar um comportamento mais cauteloso”. O relatório da EPE destaca que as vendas de eletrodomésticos diminuíram 15,6% nos últimos 12 meses. Como consequência, en fevereiro, o consumo médio nas residências do país caiu 4,5%, para 159 KWh/mês, contra os 167 KWh de fevereiro do ano passado (ABr).

EXPORTAÇÃO DE GRÃOS AOS ÁRABES BATE NOVO RECORDE

O avanço nas exportações demonstra a força dos árabes como mercado consumidor.

Motivadas pela recomposição de estoques, as vendas brasileiras de grãos aos países árabes deram um salto de 136,7% em receita no acumulado de janeiro e fevereiro de 2016. De acordo com dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, os valores totalizaram US$ 282,86 milhões. Em volume, a soma foi de 1,72 milhão de toneladas, aumento de 181,31% em comparação com o mesmo período do ano passado. As exportações de açúcar voltaram a crescer. No acumulado janeiro e fevereiro, as receitas somaram US$ 448,09 milhões, alta de 8,94% em relação ao mesmo período do ano passado. Os volumes somaram 1,56 milhão de toneladas, avanço de 32,13%.
Boa parte das vendas teve como destino o Egito, que no período tornou-se o principal parceiro comercial do Brasil no mundo árabe, superando até mesmo o tradicional líder do ranking, a Arábia Saudita. Apenas para o país africano, as exportações totalizaram US$ 380,55 milhões, alta de 54,73%. O Iraque também pulou da décima para a quinta posição entre os principais destinos dos produtos brasileiros, com exportações de US$ 62,44 milhões (alta de 147,59%) no período.
Para o secretário-geral da Câmara, Michel Alaby, o avanço nas exportações demonstra a força dos árabes como mercado consumidor. “Há nesses mercados uma demanda significativa por alimentos e produtos básicos que precisa ser considerada em todas as situações”, analisa. No cômputo geral, as vendas brasileiras aos árabes somaram US$ 1,693 bilhão. O Brasil também importou mais dos árabes no período, pelo menos em volume: 2,26 milhão de toneladas, alta de 8,75%. Mas, em valores, as compras brasileiras tiveram queda de 30,63% e totalizaram US$ 782,34 milhões.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA EUA

O Brasil vai impulsionar a agenda comercial com os Estados Unidos. As exportações para o mercado americano no ano passado atingiram US$ 24,2 bilhões, majoritariamente formadas por manufaturados, que responderam por 63,7% desse valor, mas há margem para um crescimento “muito maior”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, após encontro, em Washington, com a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Penny Pritzker.
Segundo Monteiro, o encontro com Pritzker se destinou a discutir os próximos passos para ampliar as medidas de convergência regulatória, harmonização de normas e facilitação de comércio, visando a aumentar o comércio bilateral. Monteiro afirmou que o encontro dá andamento a uma série de ações iniciadas em fevereiro de 2015 (ABr).