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Economia 16/02/2017

em Economia
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Queda do setor de serviços em 2016 é a maior da série histórica iniciada em 2012.

Setor de Serviços fechou 2016 com queda de 5%

Queda do setor de serviços em 2016 é a maior da série histórica iniciada em 2012.

O setor de serviços fechou 2016 com queda acumulada de 5% em relação a 2015 – a maior da série histórica, iniciada em 2012

Esta é a segunda queda consecutiva, tendo em vista que em 2015 o setor já havia fechado com retração de 3,6%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços e foram divulgados ontem (15) pelo IBGE. Eles mostram que, em dezembro do ano passado, no entanto, o setor fechou com crescimento de 0,6% em relação a novembro (série livre de influências sazonais).
O crescimento de dezembro de 2016 foi o segundo consecutivo, tendo em vista que em novembro, ainda na série dessazonalizada, o setor havia registrado pequeno crescimento: 0,2%. Em relação a dezembro de 2015, o setor registrou queda de 5,7%, a maior para o mês de dezembro nessa comparação desde o início da série em 2012. A queda no setor de serviços em 2016 teve forte influência da área de transportes, serviços auxiliares e correio, que chegou a retrair no ano passado (-7,6%), com destaque para o transporte terrestre, com -10,4%.
A retração do transporte está ligada ao comportamento negativo da economia brasileira, principalmente no que diz respeito à indústria, que mais demanda o serviço, tanto para o consumo de matérias-primas quanto para a distribuição da produção, afirmam os economistas do IBGE. “Nesse aspecto, é importante ressaltar a forte dependência do transporte de cargas (rodoviário, ferroviário e dutoviário) em relação ao setor industrial”. Por isso, o IBGE avalia que “a recuperação dessa atividade vai depender da recuperação do setor industrial”(ABr).

Ano começou com exportações para os países árabes em alta

Arábia Saudita, Emirados, Argélia, Omã e Marrocos, são os principais compradores de produtos brasileiros.

As exportações do Brasil para os países árabes iniciaram 2017 com crescimento, segundo dados do Mdic compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A receita com vendas de produtos brasileiros ao mercado árabe somou US$ 936,4 milhões em janeiro, um crescimento de 13,5% em relação ao mesmo mês de 2016. Os principais compradores de produtos brasileiros no mundo árabe aumentaram as suas importações em janeiro: Arábia Saudita, Emirados, Argélia, Omã e Marrocos.
Além disso, os produtos que tradicionalmente são os mais vendidos pelo Brasil para Oriente Médio e Norte da África tiveram crescimento de exportação em valores: açúcar, carnes e minérios. “Houve efeito do aumento de preço do açúcar, carnes e minérios”, analisa o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. Os três produtos têm cotações no mercado internacional, que tiveram alterações de um ano para cá, aumentando o seu preço, o que ajudou a aumentar a receita gerada no exterior.
No caso do açúcar, enquanto o faturamento com as exportações avançou 121%, o volume embarcado cresceu 43%. As vendas de carnes (bovina e de frango), segundo item mais vendido pelo Brasil aos árabes, subiram 10% em valores, mas caíram 3,5% em quantidade. Entre os cinco países árabes que mais compraram do Brasil em janeiro, a Arábia Saudita adquiriu mais carnes e os Emirados mais açúcar e minério. A Argélia quase triplicou suas compras de açúcar e Marrocos aumentou em seis vezes as suas importações da commodity.
As importações de produtos do mundo árabe para o Brasil também avançaram no primeiro mês deste ano, em 138%. Os gastos passaram de US$ 276,7 milhões em janeiro de 2016 para US$ 658,7 milhões em janeiro deste ano. Os maiores fornecedores árabes do Brasil foram, por ordem, Argélia, Arábia Saudita, Marrocos, Kuwait e Catar. Quase que a totalidade da pauta foi composta por petróleo e derivados e por fertilizantes (CCAB).

Aluguel residencial subiu 0,9% em janeiro

Os valores médios de locação residencial na capital paulista subiram 0,9% em janeiro, comparado ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, o aumento dos aluguéis atingiu 0,7%, contra uma inflação de 6,6% do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) verificado no mesmo período pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Há 19 meses consecutivos, desde junho de 2015, o mercado vinha registrando variações negativas nos valores de aluguel, considerando períodos acumulados em 12 meses”, analisa Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP. “Essa leve alta em janeiro, aproximando mais um pouco a variação do valor médio de locação ao IGP-M, finalmente, manifesta uma tênue reação e uma tendência de equilíbrio para os próximos meses”, complementa.
Os aluguéis subiram mais para residências de 3 dormitórios, com alta de 2,5%. Os imóveis de 2 quartos também tiveram aumento (1,1%), enquanto os de 1 dormitório apresentaram queda (-0,30%). O fiador foi o tipo de garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 46% dos contratos de locação realizados. O depósito caução foi a segunda modalidade mais usada, com 36,5% de participação. Já o seguro-fiança respondeu por 17,5% das garantias utilizadas nos contratos (Secovi).