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Economia 16/01/2018

em Economia
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Para os próximos meses, espera-se que o processo de recuperação da economia produza efeitos mais perceptíveis para o consumidor.

Confiança do consumidor fecha 2017 apontando estabilidade

Para os próximos meses, espera-se que o processo de recuperação da economia produza efeitos mais perceptíveis para o consumidor.

Com a economia dando sinais mais claros de retomada, a confiança do consumidor encerrou o ano de 2017 de maneira estável

Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o ICC (Indicador de Confiança do Consumidor) concluiu o último mês de dezembro com 40,9 pontos, mantendo-se estável na comparação com o início do ano passado. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que abaixo de 50,0 pontos significa um predomínio da percepção negativa tanto com relação à economia como das finanças pessoais.
“Para os próximos meses, espera-se que o processo de recuperação da economia, já em curso, produza efeitos mais perceptíveis para o consumidor, melhorando a avaliação tanto do momento atual como as perspectivas para o futuro. O reestabelecimento da confiança, a geração de empregos e crescimento da renda são fatores fundamentais para esse processo de saída da recessão, pois favorecem a retomada do consumo, alimentando o ciclo virtuoso da economia”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Em termos percentuais, 84% dos consumidores avaliam de forma negativa o atual momento da economia contra apenas 2% que a consideram boa. Outros 13% têm uma visão neutra a respeito. Quando o assunto se detém ao estado atual de sua própria vida financeira, a avaliação positiva é um pouco melhor e atinge 12% dos entrevistados, contra 43% de pessimistas e 45% dos que possuem uma visão neutra.
O desemprego ainda é o principal vilão daqueles que consideram suas finanças em momento crítico: 33% atribuem à desocupação a principal causa do pessimismo. A dificuldade em pagar as contas também pesa, igualmente citada por 33% da amostra. A queda da renda familiar ficou com 14%, ao passo que 13% tiveram algum imprevisto que acabou afetando as finanças de casa. “As taxas de juros recuaram, mas ainda permanecem elevadas, sobretudo as direcionadas as pessoas físicas. Já a inflação acumulou sucessivas altas em um período recente, o que faz com que o consumidor ainda tenha a percepção de que está pagando mais caro pelos produtos que consomem”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti (SPC/CNDL).

Atividade econômica cresceu 0,49% em novembro

Na comparação com novembro de 2016, houve crescimento de 2,82%.

O nível de atividade econômica no país continuou a registrar crescimento no mês de novembro, segundo dados divulgados ontem (15) pelo Banco Central (BC). Os números mostram que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou alta de 0,49%.
Na comparação com novembro de 2016, houve crescimento de 2,82% nos dados sem ajustes, pois a comparação é feita entre períodos iguais. Em 12 meses, encerrados em novembro, o indicador teve expansão de 0,68% sem o ajuste sazonal. No ano, até novembro, houve crescimento de 0,97% também sem ajustes.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice inclui informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ABr).

E-commerce brasileiro espera faturar R$ 69 bi em 2018

Em 2018, o e-commerce nacional deve crescer 15% em relação a 2017 e faturar R$ 69 bi de acordo com previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O ano deve registrar mais de 220 milhões de pedidos nas lojas virtuais, com um tíquete médio de R$ 310. Neste ano, a expectativa é que os lojistas do comércio eletrônico invistam no aprofundamento da experiência do cliente, apostando em aplicativos e vendas em dispositivos móveis, fazendo com que esse meio atinja a marca de 33% do total de pedidos (contra 28% em 2017), consolidando a tecnologia nos principais varejistas brasileiros.
“O principal impulsionador das compras online continua sendo a comodidade. Com a retomada econômica, haverá mais investimento e a chegada de players pesados como Amazon e Alibaba, fazendo o setor ganhar ainda mais fôlego em 2018”, comenta Mauricio Salvador, presidente da ABComm. Em 2017, o e-commerce cresceu 12% em relação ao ano anterior e obteve um faturamento de R$ 59,9 bi. O ano fechou com 203 milhões de pedidos e um tíquete médio de R$ 294 (ABComm).

Venda de ônibus e caminhões tem alta de 5%

O setor de ônibus e caminhões do país comercializou 67.168 unidades novas durante o ano passado, com alta de 5,05% em relação a 2016, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Apenas os ônibus apresentaram alta de 10,66% e os caminhões, de 3,53%.
Ônibus e caminhões tiveram alta de 12,03% no mês de dezembro, na comparação com novembro. Houve alta de 44,74% quando comparado a dezembro de 2016.
Considerando somente o segmento de ônibus, o crescimento foi de 10,86% em dezembro, na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2016, houve aumento expressivo de 72,92%. O mercado de caminhões registrou alta de 12,34% em dezembro, na comparação com novembro. Se comparado a dezembro de 2016, a elevação foi de 38,87%.
A expectativa da Fenabrave é de manutenção do clima favorável às vendas, com a chegada de um novo ciclo de crescimento em 2018. A projeção para caminhões e ônibus é de crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários (ABr).