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Economia 13/09/2017

em Economia
terça-feira, 12 de setembro de 2017
A projeção do mercado financeiro para a inflação está em 3,4% este ano e em 4,2%, em 2018.

BC indica corte menor de juros e fim gradual do ciclo de reduções

A projeção do mercado financeiro para a inflação está em 3,4% este ano e em 4,2%, em 2018.

O Copom do Banco Central (BC) deve reduzir o ritmo de cortes na taxa básica, a Selic, e já antevê o fim do ciclo de redução dos juros

A indicação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada ontem (12). No último dia 6, o Copom reduziu a Selic pela oitava vez seguida. Por unanimidade, o comitê fez mais um corte de 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano.
“O Copom ressalta que as condições econômicas permitiram a manutenção do ritmo de flexibilização monetária. Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, diz o Copom. Acrescenta que “antevê encerramento gradual do ciclo”.
Na ata, o comitê avalia que a queda nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais pode produzir uma trajetória de inflação abaixo do esperado. Por outro lado, acrescenta o Copom, uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e dos ajustes necessários na economia brasileira pode elevar a trajetória. O comitê lembra que a projeção do mercado para a inflação está em 3,4% este ano e em 4,2%, em 2018.
“Todos os membros do comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária [decisões sobre a Selic] e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”, diz o documento.
O comitê destacou ainda os recentes anúncios de privatização e concessões e investimentos em infraestrutura que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. “Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, enfatizou (ABr).

Vendas no comércio varejista ficaram estáveis em julho

O resultado é o melhor em meses de julho desde 2013.

O comércio varejista registrou no mês de julho variação nula (0,0 %) no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado ocorre após três meses seguidos de aumento. Nesses período o varejo acumulou ganho de 2,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem (12) pelo IBGE.
A pesquisa mostra que em comparação a julho de 2016, o volume de vendas subiu 3,1%, deixando a variação acumulada nos sete primeiros meses de 2017, em 0,3%. De acordo com a gerente da PMC, Isabella Nunes, o resultado é o melhor em meses de julho desde 2013. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo está entre os três que mais avançaram nas vendas e teve variação de 0,7%, entre junho e julho.
Os outros destaques foram tecidos, vestuário, calçados( 0,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,4%). O setor de combustíveis e lubrificantes registrou queda (-1,6%) na mesma comparação, como também artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%) e artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%). Os três pressionaram negativamente o indicador do comércio varejista de julho (ABr).

Falta menos de um mês para MEIS aderirem ao parcelamento de débitos

Falta menos de um mês para os MEIs (microempreendedores individuais) se inscreverem no programa especial de renegociação de débitos referentes ao DASN-Simei (INSS, ISS e ICMS). O programa permite o parcelamento de dívidas dos microempreendedores em até 120 vezes e possui como prazo final de adesão o dia 2 de outubro.
De acordo com a Receita Federal, até o momento, aproximadamente 35 mil, dos cerca de 4,2 milhões microempreendedores inadimplentes, já fizeram a adesão. Por enquanto, foram quitados aproximadamente R$ 50 milhões, que representam 2,94% do saldo devedor (R$ 1,7 bilhão). Para Valdir Amorim, consultor tributário IOB, da Sage Brasil, aderir ao programa é uma boa oportunidade para os microempreendedores se regularizarem.
“Quitar a dívida permite os microempreendedores recuperarem os direitos previdenciários, como o auxílio-doença, licença-maternidade, além de contribuir para prestações da aposentadoria”, completa Amorim. Cerca de 150 mil MEIs devem utilizar o parcelamento especial até o fim do prazo, segundo a Receita. A solicitação da renegociação deve ser feita pelo portal do órgão.
Os valores acumulados até maio de 2016 podem ser divididos em até 120 prestações de no mínimo R$ 50 cada. Os boletos vencidos após esta data podem ser parcelados em até 60 vezes. Pela internet em: (www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/).

Avanço do varejo aponta para consolidação da economia

“É um resultado que mostra que a recuperação econômica está se consolidando apoiada por um fator fundamental, que é a queda da inflação”, comenta Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sobre os dados do comércio varejista nacional divulgados ontem pelo IBGE.
“A pesquisa registra que o avanço de 3,1% em julho, na comparação anual, foi o quarto consecutivo e também o maior. Esse cenário deve permanecer, pois a expectativa é de continuidade da queda da inflação, fator que baixa os juros e favorece o salário real, impulsionando o consumo e a retomada da economia”, declara Burti. Por outro lado, “falta muito para atingirmos o nível de 2014, o que vai depender do ritmo de retomada do setor nos próximos dois anos”, conclui ele (ACSP).