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Economia 12/12/2017

em Economia
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Queda da inflação estimula o consumo e aumenta o poder de compra dos consumidores.

Mercado financeiro volta a prever inflação abaixo da meta

Queda da inflação estimula o consumo e aumenta o poder de compra dos consumidores.

O mercado financeiro voltou a prever inflação abaixo do piso da meta para este ano

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,03% para 2,88%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco Central (BC) com projeções para os indicadores econômicos. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%.
Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento da meta. Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.
Na última sexta-feira (8), o IBGE informou que, de janeiro a novembro, o IPCA chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado em 11 meses desde 1998 (1,32%). Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA é mantida de 4,02%, há duas semanas consecutivas. O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7% ao ano, o menor nível histórico.
Na última quarta-feira (6), a Selic foi reduzida pela décima vez seguida. Por unanimidade, o Copom diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2018 segue em 7%. A estimativa para a expansão doPIB subiu de 0,89% para 0,91%, este ano, e de 2,60% para 2,62%, em 2018 (ABr).

Emissões no mercado de capitais no ano já superam 2016

Divulgação

O volume total de emissões no mercado de capitais até novembro já supera o montante de todo o ano de 2016. São R$ 242,2 bilhões, com crescimento de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com relatório da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Com relação ao número de operações, a evolução se repete: 620 ofertas contra 554 até novembro do ano passado. O destaque ficou por conta da renda variável: foram emitidos R$ 31,7 bilhões em ações contra R$ 8,8 bilhões em 2016. O volume é maior registrado desde 2011.
“Com a queda da taxa de juros de 13% para 7% ao longo do ano, o mercado de capitais ganhou força e os resultados mostram isso. Ainda há emissões no pipeline, então o volume final para o ano deve ser ainda maior”, afirma José Eduardo Laloni, diretor da Anbima. “O movimento de queda de juros e de inflação estimulou o pleno funcionamento do mercado de capitais como um todo: de um lado, a disposição do investidor a tomar mais risco em busca de melhor rentabilidade, e de outro, os emissores com boas janelas de oportunidade. Se as condições macroeconômicas se mantiverem, teremos um protagonismo ainda maior dos investidores pessoa física em 2018”, explica Laloni (Anbima).

Economia mundial teve em 2017 maior crescimento em seis anos

Um relatório das Nações Unidas lançado ontem (11), em Nova Iorque, indica que este ano a economia mundial ganhou força com a diminuição das fragilidades associadas à crise financeira global e teve o maior crescimento desde 2011. O documento prevê um avanço de 3% em 2017, que deve continuar estável no próximo ano.

O estudo destaca que a melhora na situação econômica global oferece uma oportunidade aos países para se concentrarem em criar políticas sobre questões de longo prazo. Entre elas, o crescimento econômico de baixo carbono, a redução das desigualdades, a diversificação econômica e a eliminação de barreiras profundas que dificultam o desenvolvimento.
De forma geral, “as condições de investimento melhoraram num contexto de baixa volatilidade financeira, redução de fragilidade no setor bancário, recuperação em vários setores de commodities e uma previsão macroeconômica global mais sólida”, aponta o documento.
Já as razões que podem afetar de forma negativa os investimentos incluem incertezas sobre política comercial, impacto do ajuste do balanço nos principais bancos centrais, o aumento da dívida e os riscos financeiros de longo prazo.
O relatório destaca haver muitas economias em desenvolvimento e em transição que continuam a ser vulneráveis e a correr riscos. Esses fatores incluem contração desordenada nas condições de liquidez globais e a retirada repentina de capital (ONU News). 

Índice de contratos de aluguel tem queda

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguéis, acumula queda (deflação) de 0,68% em 12 meses, de acordo com a primeira prévia de dezembro divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da deflação acumulada, o IGP-M registrou alta de 0,73% em dezembro, taxa superior ao -0,02% da prévia de novembro.
A alta da prévia de novembro para dezembro foi provocada por aumentos nos três subíndices que compõem o IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de -0,09% na prévia de novembro para 0,96% na de dezembro. A taxa do Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,03% para 0,30% no período. Já a inflação do Índice Nacional do Custo da Construção subiu de 0,29% para 0,30%.