Mercado financeiro volta a prever inflação abaixo da metaO mercado financeiro voltou a prever inflação abaixo do piso da meta para este ano A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,03% para 2,88%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco Central (BC) com projeções para os indicadores econômicos. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento da meta. Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015. Na última sexta-feira (8), o IBGE informou que, de janeiro a novembro, o IPCA chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado em 11 meses desde 1998 (1,32%). Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA é mantida de 4,02%, há duas semanas consecutivas. O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7% ao ano, o menor nível histórico. Na última quarta-feira (6), a Selic foi reduzida pela décima vez seguida. Por unanimidade, o Copom diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2018 segue em 7%. A estimativa para a expansão doPIB subiu de 0,89% para 0,91%, este ano, e de 2,60% para 2,62%, em 2018 (ABr). |
Emissões no mercado de capitais no ano já superam 2016O volume total de emissões no mercado de capitais até novembro já supera o montante de todo o ano de 2016. São R$ 242,2 bilhões, com crescimento de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com relatório da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Com relação ao número de operações, a evolução se repete: 620 ofertas contra 554 até novembro do ano passado. O destaque ficou por conta da renda variável: foram emitidos R$ 31,7 bilhões em ações contra R$ 8,8 bilhões em 2016. O volume é maior registrado desde 2011. “Com a queda da taxa de juros de 13% para 7% ao longo do ano, o mercado de capitais ganhou força e os resultados mostram isso. Ainda há emissões no pipeline, então o volume final para o ano deve ser ainda maior”, afirma José Eduardo Laloni, diretor da Anbima. “O movimento de queda de juros e de inflação estimulou o pleno funcionamento do mercado de capitais como um todo: de um lado, a disposição do investidor a tomar mais risco em busca de melhor rentabilidade, e de outro, os emissores com boas janelas de oportunidade. Se as condições macroeconômicas se mantiverem, teremos um protagonismo ainda maior dos investidores pessoa física em 2018”, explica Laloni (Anbima). | Economia mundial teve em 2017 maior crescimento em seis anosUm relatório das Nações Unidas lançado ontem (11), em Nova Iorque, indica que este ano a economia mundial ganhou força com a diminuição das fragilidades associadas à crise financeira global e teve o maior crescimento desde 2011. O documento prevê um avanço de 3% em 2017, que deve continuar estável no próximo ano. O estudo destaca que a melhora na situação econômica global oferece uma oportunidade aos países para se concentrarem em criar políticas sobre questões de longo prazo. Entre elas, o crescimento econômico de baixo carbono, a redução das desigualdades, a diversificação econômica e a eliminação de barreiras profundas que dificultam o desenvolvimento. De forma geral, “as condições de investimento melhoraram num contexto de baixa volatilidade financeira, redução de fragilidade no setor bancário, recuperação em vários setores de commodities e uma previsão macroeconômica global mais sólida”, aponta o documento. Já as razões que podem afetar de forma negativa os investimentos incluem incertezas sobre política comercial, impacto do ajuste do balanço nos principais bancos centrais, o aumento da dívida e os riscos financeiros de longo prazo. O relatório destaca haver muitas economias em desenvolvimento e em transição que continuam a ser vulneráveis e a correr riscos. Esses fatores incluem contração desordenada nas condições de liquidez globais e a retirada repentina de capital (ONU News). Índice de contratos de aluguel tem quedaO Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguéis, acumula queda (deflação) de 0,68% em 12 meses, de acordo com a primeira prévia de dezembro divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da deflação acumulada, o IGP-M registrou alta de 0,73% em dezembro, taxa superior ao -0,02% da prévia de novembro. A alta da prévia de novembro para dezembro foi provocada por aumentos nos três subíndices que compõem o IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de -0,09% na prévia de novembro para 0,96% na de dezembro. A taxa do Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,03% para 0,30% no período. Já a inflação do Índice Nacional do Custo da Construção subiu de 0,29% para 0,30%. |