IBGE reduz em 0,4% previsão de safra de grãos para 2018O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou em 225,8 milhões de toneladas a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano no país. A queda na previsão de julho para agosto foi provocada pela redução da estimativa acerca da safra do milho. Foto: Arquivo/ABr A previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto é 0,4% inferior ao cálculo feito pela edição de julho da pesquisa. Caso a previsão se confirme, a safra será 6,2% inferior (cerca de 14,8 milhões) ao total de 2017. A queda da previsão de julho para agosto foi provocada principalmente pela redução da estimativa acerca da safra do milho neste ano. De um mês para o outro, o IBGE reduziu sua previsão em 2,3%. A soja teve uma ligeira alta (0,3%) e o arroz cresceu 2,2%. Entre os outros grãos que respondem a mais de 1% da safra total, também tem previsão de queda de julho para agosto o feijão (-0,7%). Por outro lado, houve melhoras nas estimativas para o trigo (8,2%) e algodão (0,1%). De acordo com o levantamento de agosto, deverão ter alta em relação a 2017 as safras de soja (1,6%), trigo (38,6%) e algodão (24,7%). São esperadas quedas para o milho (-18,6%), arroz (-5,3%) e feijão (-1,3%). Também é esperada uma queda (-11,3%) para a batata-inglesa, depois de uma revisão de 0,1% para baixo na previsão de agosto. Para o tomate, a previsão recuou 1,6% de um mês para outro e agora o produto deve fechar o ano com queda de 0,2%. Já para a mandioca, o recuo de 0,4% de julho para agosto reduziu a previsão de safra em 3,5% em relação a 2017. A laranja até aumentou em 0,1% em relação a julho, mas continua sendo esperada uma queda de 8,6% na comparação com o ano anterior. A uva também teve aumento (4,2%) de um mês para outro, mas o produto continuará tendo uma queda em relação a 2017 (-14%). E o café deverá fechar o ano com alta de 24,2% em relação a 2017. A estimativa de agosto é 0,4% maior do que a previsão do mês anterior (ABr). | |
Receita regulamenta Cadastro de Atividade Econômica PFFoto: Divulgação A Receita Federal regulamentou o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (Caepef). A Instrução Normativa nº 1828/2018 da Receita foi publicada na edição de ontem (11) do Diário Oficial da União. O Caepf substitui o Cadastro Específico do INSS, chamado de CEI. Esse cadastro é exigido como forma de controle das contribuições previdenciárias, resultado da atividade econômica de pessoas físicas, ou seja, que não têm CNPJ. Segundo a Receita Federal, o cadastro entrará em produção de forma facultativa para o contribuinte em 1º de outubro e será obrigatório em 2019. No período de 1º de outubro de 2018 a 14 de janeiro de 2019 o CEI coexistirá com o Caepf, diz a instrução normativa. Estão obrigadas a inscrever-se no Caepf as pessoas físicas que exercem atividade econômica nas seguintes situações: contribuinte individual; quem tem segurado que lhe preste serviço; produtor rural cuja atividade constitua fato gerador da contribuição previdenciária; titular de cartório; e pessoas que compram produção rural para venda no varejo. Para fazer a inscrição no Caepf, a pessoa física deve acessar o portal do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) ou ir a uma das unidades de atendimento da Receita. A inscrição no Caepf deverá ser efetuada no prazo de 30 dias, contados do início da atividade econômica exercida pela pessoa física (ABr). | Idosos estão muito mais inadimplentes com contas de água, luz e gásNo mês de julho, 8,8 milhões de idosos que deixaram de pagar em dia seus compromissos. Foto: Amanda Perobelli/Estadão Os dados apurados pela Serasa Experian em julho revelam um comportamento de inadimplência entre os idosos muito diferente do padrão de dívidas em atraso que prevalece entre os adultos mais jovens no país. Os compromissos que os brasileiros acima de 61 anos mais deixaram de pagar são as contas básicas de água, energia e gás (34,30%), sendo que esse débito no índice geral da população corresponde a 19,40% do total, uma diferença de 14,9 pontos percentuais. Na sequência da composição dos orçamentos dos idosos que operavam no vermelho, aparecem as pendências com bancos e cartões (27,80%), telefonia (10,70%), financeiras e leasing (9,00%), varejo (7,40%) e serviços (6,00%). Já o perfil médio dos inadimplentes no Brasil aponta que a maior parte das dívidas em aberto se concentram junto a bancos e cartões (28,50%) e na continuidade figuram as contas básicas (19,40%), varejo (12,60%), telefonia (11,60%), serviços (10,40%) e financeiras e leasing (10,00%), conforme demonstrado na tabela: Julho contabilizou 8,8 milhões de idosos que deixaram de pagar em dia seus compromissos – um aumento de 10% em relação ao apurado no período correspondente do ano passado (8 milhões). O valor do montante de contas em atraso entres os inadimplentes na faixa etária acima de 61 anos também subiu, e atingiu R$ 41,1 bilhões. Isso resulta em uma dívida média de R$ 4.668,00 por idoso. Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, diante da reversão da recessão em ritmo mais lento do que o esperado, um número maior de aposentados passou a ajudar o orçamento de suas famílias, ao usar empréstimos consignados. A consequente redução da renda, comprometida com esse tipo de dívida, leva o idoso a abrir mão da regularidade no pagamento de outras despesas fixas do mês – como as contas de luz, água e gás (AI/Serasa Experian). Inflação do aluguel sobe e é de 9,24% em 12 mesesAgência Brasil O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,79% na primeira prévia de setembro deste ano. O resultado é superior ao da prévia de agosto, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV): 0,7%. Com a prévia, o IGP-M acumula 7,51% no ano e 9,24% em 12 meses. A alta da taxa foi provocada pelos preços no atacado e no varejo. A inflação do atacado, medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, subiu de 1,03% em agosto para 1,2% em setembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, continuou registrando em setembro deflação, ou seja, queda de preços (-0,04%), mas foi uma deflação menos acentuada do que em agosto (-0,07%). Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção teve uma queda ao passar de 0,41% para 0,1%. |