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Economia 12/04/2016

em Economia
segunda-feira, 11 de abril de 2016

Projeções apontam queda de 3,3% no emprego no comércio em 2016

Até o fim do ano, 253,4 mil pessoas deverão perder emprego no comércio varejista.

Projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC) indicam – em todo o país – que o nível de emprego no comércio varejista deverá cair 3,3% até o final do ano, significando um corte de cerca de 253,4 mil empregos com carteira de trabalho assinada em todo o país

Ao longo de 2015 o setor varejista fechou com queda de 2,3% no número de postos de trabalho, o que resultou no fechamento líquido de 179,9 mil vagas formais, “ritmo que se manteve também no acumulado dos últimos doze meses encerrados em fevereiro de 2016.”
As projeções da entidade indicam, ainda, que ao longo deste ano o volume de vendas do setor deverá recuar 8,3%, depois de ter fechado o ano passado em queda de 8,6%. As projeções foram baseadas no comportamento no emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged do Ministério do Trabalho. A entidade lembra, ainda, que a comércio “foi um dos últimos setores a iniciar demissões por conta da recessão.”
Na avaliação do economista da CNC, as projeções levam em conta “o ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, o que deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”. As informações da confederação ressaltam que, “apesar da nítida perda de ritmo de atividade, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior se deu somente a partir de agosto de 2015, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses” (ABr).

Mercado financeiro volta a projetar inflação abaixo do teto da meta

A projeção da inflação para este ano foi alterada ao passar de 3,73% para 3,77%.

Para este ano, as instituições financeiras reduziram a projeção para a inflação, medida pelo IPCA, de 7,28% para 7,14%. Para 2017, estimativa caiu de 6% para 5,95%, voltando a ficar abaixo do teto da meta. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A projeção este ano foi alterada ao passar de 3,73% para 3,77%. Para 2017, a expectativa de crescimento do PIB foi mantida em 0,30%. Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras esperam que o BC reduza a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa para a taxa ao final de 2016 segue em 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa é que ela chegue a 12,25% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI, que foi ajustada de 7,41% para 7,40% este ano. Para o IGP-M, a estimativa passou de 7,67% para 7,47%, em 2016. A estimativa para o IPC-Fipe, foi ajustada de 7% para 7,27%, em 2016. A projeção para os preços administrados foi alterada de 7,40% para 7,20%, este ano, e de 5,50% para 5,70% em 2017. A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 4 no fim de 2016, e em R$ 4,10 ao final do próximo ano (ABr).

Uso racional de água

A Política Nacional de Recursos Hídricos pode passar a prever campanhas educacionais permanentes para estimular o uso racional da água, conforme determina o projeto do senador José Agripino (DEM-RN). A matéria será votada hoje (12), em caráter terminativo, na Comissão de Meio Ambiente. Agripino lembra que períodos de estiagem estão mais frequentes e mais longos, devido a mudanças no clima, exigindo o uso racional de água em todo o ano, e não apenas em períodos de racionamento.
Ele afirma que a conscientização da população deve ser um processo continuo, de forma a “consolidar atitudes mais proativas em favor da sustentabilidade ambiental”. Segundo a proposta, as campanhas deverão estar contidas nos planos de gestão das bacias hidrográficas, que contêm a situação dos rios, a relação entre disponibilidade e demanda de água, as áreas sujeitas a restrição de uso, entre outras informações. O relator, Otto Alencar (PSB-BA) apoia a iniciativa de Agripino (Ag.Senado).