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Economia 12/01/2018

em Economia
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Chuvas contribuíram para a projeção de aumento de 2,2% na safra agrícola deste ano. Prognósticos indicam produção de 224,3 milhões de toneladas.

Chuvas elevam em 2,2% previsão da safra para este ano

Chuvas contribuíram para a projeção de aumento de 2,2% na safra agrícola deste ano. Prognósticos indicam produção de 224,3 milhões de toneladas.

A intensidade das chuvas de dezembro determinou uma projeção de aumento de 2,2% na safra agrícola deste ano

Os últimos prognósticos apontam para uma produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas de 224,3 milhões de toneladas, ainda assim resultado 6,8% menor do que a safra recorde de 2017. As informações constam do terceiro prognóstico para a safra 2018, referentes ao levantamento divulgado ontem (11), no Rio de Janeiro, pelo IBGE. Os dados confirmam as expectativas de que a safra de 2018 será bem inferior à safra recorde do ano passado.
O prognóstico da safra de grãos para 2018 aumentou de 219,5 milhões de toneladas para 224,3 milhões. O aumento, embora não reverta a expectativa de safra menor em 2018, ocorreu em razão da abundância de chuvas no ultimo mês do ano passado. “Em novembro, a estiagem prolongada tinha levado a um atraso no início do plantio, mas a abundância de chuvas em dezembro mudou esse quadro, levando a um ajuste nos prognósticos de área colhida e volume de produção do arroz, da soja e da primeira safra do milho”, explica o pesquisador do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
Segundo ele, juntos “estes três produtos constituem quase 95% da estimativa de produção nacional de grãos”. As últimas projeções indicam que a safra de soja em 2018 deverá atingir 112,3 milhões de toneladas, a de arroz será de 11,7 milhões de toneladas e as duas safras de milho deverão ficar em 26,6 milhões e 57,9 milhões de toneladas, respectivamente. Por enquanto, “a previsão é de uma safra anual menor do que a de 2017, estimada em 240,6 milhões de toneladas. “É importante lembrar que a base de comparação é bem alta, porque em 2017 tivemos uma safra recorde. Por isso, a variação do volume total deve ser negativa, mas ainda assim está bem melhor do que prevíamos em novembro”, disse Carlos Alfredo.
Entre os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, três devem apresentar variações negativas na produção: arroz em casca (-5,9%), milho 1ª safra (-14,4%) e soja em grão (-2,4%). As possíveis variações positivas são: algodão herbáceo em caroço (4,7%) e feijão 1ª safra (5,0%). Neste prognóstico, as informações de campo representaram 98,1% da produção nacional prevista, enquanto que as projeções responderam por apenas 1,9% do total agora estimado (ABr).

Aposentados que ganham mais que o mínimo terão reajuste de 2,07%

Como o recolhimento se dará sobre o salário de janeiro, as novas faixas só entrarão em vigor em fevereiro.

Os aposentados e os pensionistas que recebem mais de um salário mínimo terão reajuste de 2,07%, informou o Ministério da Fazenda. O reajuste equivale à variação do INPC em 2017, anunciado pelo IBGE. O índice, que mede a variação de preços para famílias que ganham de um a cinco salários mínimos, registrou variação menor que o IPCA, que fechou o ano passado em 2,95%.
Com o reajuste, o teto das aposentadorias e pensões da Previdência Social sobe de R$ 5.531,31 para R$ 5.645,80. Quem recebe benefícios que equivalem ao salário mínimo, que passou de R$ 937 para R$ 954, terá reajuste menor, de 1,81%. A portaria também reajustou as faixas de contribuição dos trabalhadores para o INSS. A contribuição de 8% passa a valer para quem recebe até R$ 1.693,72. Quem ganha entre R$ 1.693,73 e R$ 2.822,90 pagará 9% e quem recebe de R$ 2.822,91 até o teto contribuirá com 11% do salário.
Como o recolhimento se dará sobre o salário de janeiro, as novas faixas só entrarão em vigor em fevereiro. As faixas do salário-família também sofreram reajuste. A cota de R$ 45 valerá para os segurados que ganham até R$ 877,67. Para quem recebe entre R$ 877,68 e R$ 1.319,18, a cota corresponderá a R$ 31,71 (ABr).

Mercado reduz projeção de déficit primário do governo

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda reduziram a previsão do déficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) este ano de R$ 155 bilhões para R$ 153,944 bilhões. O número está abaixo do Orçamento, que prevê um déficit primário de R$ 157 bilhões para 2018.
A projeção consta da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações de instituições financeiras do mercado. O resultado foi divulgado ontem (11), em Brasília. Para 2019, a estimativa de déficit ficou em R$ 120,960 bilhões, contra R$ 125,513 bilhões calculados no mês passado, também abaixo da meta para o ano, de R$ 139 bilhões.
A projeção de arrecadação das receitas federais em 2018 ficou em R$ 1,446 trilhão, abaixo da estimativa anterior: R$ 1,450 trilhão. A estimativa para a receita líquida é de R$ 1,217 trilhão este ano, um aumento em relação ao último cálculo: R$ 1,214 trilhão. A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do governo geral que, na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 76% do PIB, ante a previsão anterior de 77,21% para este ano (ABr).

Índice que reajusta aluguel tem inflação de 0,75%

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, registrou taxa de inflação de 0,75% na primeira prévia de janeiro. A taxa é ligeiramente mais alta do que a anotada na primeira prévia de dezembro (0,73%), segundo dados divulgados ontem (11), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IGP-M acumula deflação (queda de preços) de 0,41%.
A alta da taxa foi influenciada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, cuja inflação subiu de 0,96% em dezembro para 1,03% em janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, manteve a mesma taxa de inflação nos dois períodos: 0,30% (ABr).