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Economia 11/05/2016

em Economia
terça-feira, 10 de maio de 2016

Safra de grãos cai 2,5% e deve ficar em 202,4 milhões de toneladas

A queda deve-se principalmente ao milho segunda safra, fortemente afetado pela seca do mês de abril.

A falta de chuvas resultou na diminuição da produtividade de soja e milho, de acordo com o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2015/2016, divulgado ontem (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

Com isso, a estimativa para a produção brasileira passa a ser de 202,4 milhões de toneladas – queda de 2,5% ou 5,3 milhões de toneladas em relação à safra 2014/2015 (207,7 milhões de toneladas).
A queda deve-se principalmente ao milho segunda safra, fortemente afetado pela seca do mês de abril. A expectativa é de uma produção de 52,9 milhões de toneladas – 3,1% a menos que os 54,6 milhões de toneladas da safra 2014/2015. A soja, responsável por 47,9% da produção nacional de grãos, mesmo afetada pelo clima registrará produção superior à da safra passada em razão do crescimento de 3,1% na área cultivada. A estimativa é de um aumento de 677,1 mil toneladas em relação aos 96,2 milhões de toneladas da safra 2014/2015, totalizando 96,9 milhões de toneladas.
O trigo terá 5,8 milhões de toneladas, 5,3% superior à safra anterior. Para o arroz, milho primeira safra e algodão a estimativa é de queda na produção total, impulsionada pela redução na área plantada. A recuperação das produtividades de feijão reflete aumento da produção, apesar da queda na área plantada do país, acrescentou a Conab (ABr).

Secretaria de Portos anuncia investimentos de R$ 2,6 bilhões

Ministro Maurício Muniz.

O ministro da Secretaria de Portos, Maurício Muniz, anunciou medidas que vão viabilizar investimentos de R$ 2,6 bilhões nos próximos anos para o setor em dez estados. “Apresentamos à presidenta Dilma Rousseff um conjunto de atos que a Secretaria de Portos está viabilizando e que totalizam R$ 2,6 bilhões de novos investimentos”, disse Muniz. O anúncio ocorreu um dia antes da votação do parecer do processo de impeachment no plenário do Senado, que pode decidir sobre o afastamento da presidenta Dilma Roussef. Se for aprovado o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao impedimento, Dilma será afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência.
“Independentemente do eventual afastamento da presidenta Dilma, a secretaria está estruturada e os processos continuam a se desenvolver normalmente. O governo deixa preparado, em condições de todo esse processo de investimento ter continuidade”, disse Muniz. A principal medida vem da publicação de dois decretos de utilidade pública que vão viabilizar a expansão de dois grandes terminais de uso privado: o Porto de Pontal, no Paraná, com investimento de R$ 1,5 bilhão, e o Porto de Itapoá, em Santa Catarina, com R$ 500 milhões de investimento.
Ontem (10), o ministro assinou contratos de arrendamento das áreas portuárias leiloadas em dezembro e autorização para o funcionamento de Terminais de Uso Privado (TUPs). “Esses novos contratos de arrendamentos compõem um conjunto de R$ 418 milhões de novos investimentos. Também estamos assinando a prorrogação de um contrato de arrendamento, no valor de R$ 68 milhões, e estamos autorizando cinco novos TUPs que totalizam R$ 139 milhões”, acrescentou Muniz (ABr).

Aumentou o número de fusões e aquisições no primeiro trimestre

Com 210 operações concretizadas nos primeiros três meses deste ano, o número de fusões e aquisições registrou o recorde para o período. O aumento das negociações foi puxado pela retomada das operações domésticas que cresceram 36,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado, passando de 63 para 83 transações. Os dados constam na pesquisa de fusões e aquisições realizada trimestralmente pela KPMG no Brasil.
“No geral, tivemos um mercado aquecido em um cenário melhor do que o primeiro trimestre do ano passado principalmente porque as empresas brasileiras aumentaram o seu apetite por aquisições de negócios estabelecidos no país”, destaca o sócio da KPMG no Brasil, Luis Motta. Dentre os setores, além da tecnologia da informação (com 25 operações), serviços para empresas (21), alimentos, bebidas e tabaco (19), empresas de internet (15) e instituições financeiras (14) foram os que tiveram o maior número de negociações concretizadas.