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Economia 10/11/2017

em Economia
quinta-feira, 09 de novembro de 2017
Soja e milho, as principais culturas desta safra, devem responder por cerca de 89% dos grãos produzidos do país.

Safra de grãos deve atingir entre 223 e 227 milhões de toneladas

Soja e milho, as principais culturas desta safra, devem responder por cerca de 89% dos grãos produzidos do país.

A produção de grãos da safra 2017/2018 deve ficar entre 223,3 a 227,5 milhões de toneladas, segundo a estimativa de intenção de plantio do 2º Levantamento da safra, divulgado ontem (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

O registro representa um recuo entre 6,2 e 4,4% em relação à safra passada, que foi de 238 milhões de toneladas.
A perspectiva de redução se deve ao fato de que a safra passada registrou recorde de produtividade graças às boas condições climáticas, cenário que pode não se repetir. Para se ter uma idéia, a soja alcançou produtividade de 3.364 kg/hectare na safra 2016/2017. Para a safra atual, a produtividade estimada é de 3.075 kg/hectare, com base nas análises estatísticas das séries históricas e dos pacotes tecnológicos utilizados nos últimos anos.
Soja e milho, as principais culturas desta safra, devem responder por cerca de 89% dos grãos produzidos do país. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106,4 e 108,6 milhões de toneladas e a do milho total, entre 91,6 e 93,1 milhões, distribuídas entre primeira e segunda safra. A primeira safra de milho pode alcançar números menores que os do último período e ficar entre 24,5 e 25,9 milhões de t, enquanto que a segunda safra pode alcançar 67,2 milhões de toneladas.
A área do milho primeira safra deve recuar de 11,5% a 7,5% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área total da cultura, estimada entre 631,6 e 409,6 mil hectares. A produção e a área de algodão, feijão-comum preto e mamona deverão aumentar, assim como o amendoim primeira safra que sinaliza melhor número na área. A pesquisa foi feita entre os dias 23 a 27 de outubro (CONAB).

Vendas dos supermercados têm alta de 1,74% em setembro

As vendas dos supermercados estão respondendo ao cenário econômico melhor que o de 2016.

A recuperação do setor supermercadista vem mostrando mais força a cada indicador divulgado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados). Desta vez, o registro de aumento foi no Faturamento Real dos supermercados no Estado, que, no conceito de mesmas lojas – que consideram as lojas em operação no tempo mínimo de 12 meses – demonstrou crescimento de 1,74%, de janeiro a setembro de 2017, no comparativo com o mesmo período do ano anterior.
“A recuperação começou em junho, quando alcançou 0,39% em melhoria nas vendas e, desde então, foram quatro aumentos seguidos”, conta Rodrigo Mariano, economista da APAS. “Especificamente no comparativo entre setembro de 2017 e o mesmo mês do ano anterior, houve significativo aumento de 7,86%”, completa. No conceito de todas as lojas – que consideram todas as lojas criadas no período pesquisado – houve alta de 4,74% no acumulado de janeiro a setembro de 2017 no comparativo com o mesmo período do ano anterior.
Se for considerado somente o mês de setembro, houve alta de 10,74% em relação ao mesmo mês de 2016, e alta de 3,24% ante a agosto de 2017.
Depois de amargar 11 quedas seguidas, o Índice de Vendas em Supermercados (IVS) em setembro no acumulado em 12 meses nas mesmas lojas alcançou 0,49%, indicando que o trimestre final deste ano será superior ao do ano passado.
“Diante destes dados vemos que as vendas dos supermercados estão respondendo ao cenário econômico melhor que o de 2016. Algumas das causas podem ser a queda do desemprego; os juros, que caíram de 13% em janeiro para 7,5% em outubro; o endividamento das famílias, que vai amplificando-se, permitindo mais espaço para consumo; e a inflação medida pela APAS/FIPE, que atingiu o segundo recorde desde 1994 em queda acumulada na ordem de 2,90% para setembro”, avalia Rodrigo Mariano (APAS).

Fatura do cartão aumentou em setembro para 41% de seus usuários

Quatro em cada dez (41%) usuários de cartão de crédito aumentaram o valor da fatura no último mês de setembro. Os dados são do Indicador de Uso do Crédito calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Para 36%, o valor se manteve estável frente aos meses anteriores, enquanto somente 16% notaram uma diminuição no total a ser pago na fatura.
Considerando os entrevistados que se lembram do valor do último mês, a média da cobrança foi de R$1.008. Os itens de primeira necessidade como alimentos em supermercados (64%) e remédios (55%) foram os mais adquiridos por meio do cartão de crédito. Produtos como roupas (38%), idas a bares e restaurantes (36%) e combustível (29%) ocupam as demais posições do ranking de gastos feitos com o chamado ‘dinheiro de plástico’ no último mês de setembro.
Seis em cada dez (63%) consumidores não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de setembro. O restante (37%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (30%) e os cartões de loja e crediário (12%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 6% da amostra. Há ainda, 3% de consumidores que recorreram à empréstimos e 3% que buscaram financiamentos.
Quase a metade (45%) dos brasileiros consultados considera que atualmente está difícil conseguir empréstimo ou financiamento no mercado. Apenas 13% consideram a contratação fácil (SPC/CNDL).