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Economia 10/03/2016

em Economia
quarta-feira, 09 de março de 2016

Crise econômica e de confiança impactam mercado imobiliário

Para 2016, a expectativa é de um ano ainda difícil, em função da crise econômica e política.

Em 2015, o Brasil experimentou um agravamento na situação econômica em relação a 2014 e também registrou os mais baixos índices de confiança de que se tem notícia

Essa mistura de economia enfraquecida e confiança em baixa impactou negativamente a classe empresarial e, principalmente, os consumidores. Adicione-se à receita de adversidades o esgotamento dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo para financiamento imobiliário, que amargaram queda de 33% em 2015. O mercado de venda de imóveis novos só não foi pior porque as necessidades habitacionais são dinâmicas, contínuas, e a aquisição da primeira moradia, especialmente, está inserida no dia a dia das famílias.
Mesmo diante de tal cenário e da retração de 7% nas vendas, foram negociadas 1.700 unidades ao mês, em média, ao longo do ano passado, só na cidade de São Paulo. Em termos de lançamentos, já era esperada uma queda em um ano de ajustes, a fim de equilibrar a oferta de imóveis na capital paulista. Comparativamente a 2014, houve redução de 37% no volume de unidades lançadas. Contribuíram para este comportamento, dentre outros fatores, a insegurança econômica no País e as dificuldades em viabilizar novos projetos devido às regras trazidas pelo Plano Diretor Estratégico de São Paulo.
De acordo com o Secovi-SP, para 2016, a expectativa é de um ano ainda difícil, em função da crise econômica e política. De qualquer maneira, o empresário precisa ter condições adequadas para produzir e atender à demanda por imóveis, que é e continuará sendo crescente nos próximos anos. “Diante do atual quadro econômico e de demanda, nossa perspectiva é de que o mercado acompanhe o mesmo comportamento de 2015, com manutenção das vendas e lançamentos em São Paulo”, afirma o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.

Produção industrial inicia 2016 com alta em oito locais

As principais altas foram registradas em Santa Catarina (3,7%) e no Pará (3,3%).

A produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE na passagem de dezembro de 2015 para janeiro. As principais altas foram registradas em Santa Catarina (3,7%) e no Pará (3,3%), de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional. Outros seis locais tiveram avanços neste tipo de comparação: Bahia (2,6%), Rio Grande do Sul (2,5%), Ceará (2,4%), Paraná (2,2%), Região Nordeste (1,5%) e São Paulo (1,1%).
Seis estados tiveram queda na produção, apesar do avanço da média nacional, de 0,4%: Pernambuco, Amazonas e Espírito Santo (os três com recuo de 2,1%), Rio de Janeiro (com decréscimo de 1,5%), Goiás e Minas Gerais (ambos com queda de 1%). Na comparação com janeiro de 2015, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram queda na produção, sendo as mais intensas verificadas no Amazonas (-30,9%), Pernambuco (-29,4%) e Espírito Santo (-26,3%). Apenas três estados tiveram alta: Pará (10,5%), Bahia (10,3%) e Mato Grosso (9,3%).
No acumulado de 12 meses, houve queda também em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Amazonas (-18,4%), São Paulo (-11,7%) e Rio Grande do Sul (-11,3%). Três estados tiveram aumento da produção: Mato Grosso (4,8%), Pará (4%) e Espírito Santo (0,6%) (ABr).

Fluxo cambial tem em fevereiro pior resultado

O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, ficou negativo em US$ 9,294 bilhões no mês de fevereiro. É o pior resultado desde dezembro de 2014, quando houve déficit de US$ 14,050 bilhões. Os números foram divulgados ontem (9) pelo Banco Central. A maior parte do resultado negativo no mês passado deve-se ao segmento financeiro, com entradas menores que as saídas em US$ 11,231 bilhões.
No segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações), o saldo ficou positivo em US$ 1,936 bilhão, valor insuficiente para reverter o resultado negativo do mês de fevereiro. No mês de março até o último dia 4, o saldo está positivo em US$ 994 milhões, com o segmento financeiro positivo em US$ 1,715 bilhão e o comercial com déficit de US$ 721 bilhões. No acumulado do ano até 4 de março, o saldo negativo do fluxo cambial ficou em US$ 6,825 bilhões. Nesse período, o fluxo financeiro registrou saldo negativo de US$ 11,395 bilhões e o comercial ficou positivo em US$ 4,570 bilhões (ABr).