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Economia 09 a 11/07/2016

em Economia
sexta-feira, 08 de julho de 2016

Por que o governo precisa equilibrar as contas públicas

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Em um esforço para reorganizar as contas públicas e fazer o País voltar a crescer, o governo em exercício definiu que a meta fiscal para o próximo ano será um déficit de R$ 139 bilhões – isso representa uma redução de R$ 31 bilhões no resultado de 2016

Em períodos normais, sem crise, o poder público faz economia para pagar os juros da dívida, o que é chamado de superávit primário. Em 2016 e 2017, no entanto, o cenário de despesas e de arrecadação de receitas não permitiu fazer essa poupança.
Sem poder fazer essa economia, o governo teve de definir um limite para esse déficit. O objetivo é evitar um crescimento descontrolado da dívida pública. Sem a definição desse limite, dessa meta fiscal, o Brasil perderia a confiança dos investidores e as contas públicas se tornariam imprevisíveis.
“Um déficit de R$ 139 bilhões significa uma redução substancial, um esforço enorme de contenção de despesas e de aumento de receitas”, ponderou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Não fossem as medidas adotadas pelo governo nos últimos 55 dias, desde que o presidente em exercício, Michel Temer, assumiu o Palácio do Planalto, esse déficit de 2017 seria maior – segundo o ministro da Fazenda, estaria em torno de R$ 270 bilhões. Para cumprir a meta do próximo ano, o governo vai, ainda, fazer um esforço para aumentar a arrecadação em R$ 55 bilhões. Meirelles explicou que o empenho extra será feito para evitar aumento de impostos e virá de venda de ativos, programa de concessões e outras medidas (SECS).

Inflação oficial desacelera, mas acumula alta de 8,84%

O IPCA fechou os últimos doze meses com alta acumulada de 8,84%.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu 0,43 ponto percentual no mês de junho em relação a maio, ao passar de 0,78% para 0,35%. Com a desaceleração, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 4,42%, resultado abaixo dos 6,17% registrados nos primeiros seis meses do ano passado. A variação de junho (0,35%) é a menor desde agosto do ano passado (0,22%). Os dados foram divulgados pelo IBGE.
Com o resultado de junho, o IPCA – que serve de parâmetro para o plano de metas fixado pelo Banco Central – fechou os últimos doze meses (taxa anualizada) com alta acumulada de 8,84%, resultado 0,48 ponto percentual abaixo dos 9,32% dos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2015,o IPCA registrou variação 0,79%.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram desaceleração de preços, na passagem de maio para junho. Apenas transportes, que fechou com desaceleração de 0,53%, mas ainda assim com queda menos intensa do que em maio, e comunicação (0,04%) apresentaram resultados superiores aos de maio (ABr).

Temer planeja ir à China para discutir comércio

O presidente em exercício, Michel Temer, planeja ir à China em setembro para assinar documento de cooperação de comércio e serviços. Em visita ao país para participar do encontro de ministros de Comércio do G20, o ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, tratou da viagem com o ministro de Comércio chinês, Gao Hucheng, que confirmou ao ministro a preparação para receber Temer.
Marcos Pereira discutiu com o ministro chinês também a aceleração da assinatura do contrato de compra de dez aeronaves da Embraer e a autorização de importação das 18 unidades restantes no contrato para aquisição de 40 aeronaves assinado em 2014, com previsão de entrega entre 2018 e 2021. Na agenda de Pereira, também estão previstos encontros bilaterais e visitas a empresas chinesas no setor de tecnologia e informação (ABr).