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Economia 09/09/2015

em Economia
terça-feira, 08 de setembro de 2015

Taxas de juros continuam em alta no mês de setembro

Taxas abre

Pesquisa de taxas de juros realizada pelo Procon-SP, aponta que das sete instituições financeiras que fazem parte da amostra, três deles elevaram suas taxas no cheque especial e uma no empréstimo pessoal

No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 11,90% a.m., superior à do mês anterior que foi de 11,67% a.m., representando um acréscimo de 0,23 ponto percentual.
A maior alta verificada foi no Banco do Brasil que alterou de 10,53% para 11,38% a.m., o que significa uma variação positiva de 8,07% em relação à taxa de junho. As outras altas foram encontradas no HSBC que registrou variação positiva de 3,48% em relação ao mês anterior e o Bradesco, variação de 3,01%.
Quanto ao Empréstimo Pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,26% a.m., superior à do mês anterior que foi de 6,23% a.m., representando um acréscimo de 0,03 ponto percentual. Nesta linha de crédito, a única alteração foi promovida pela Caixa, que elevou a taxa de empréstimo pessoal de 4,60% para 4,80% a.m., o que significa uma variação positiva de 4,35% em relação à taxa de agosto de 2015.
Os juros estão muito elevados e não há perspectiva de redução. Diante deste cenário, o Procon-SP orienta para que o consumidor fique atento e não ceda aos impulsos, principalmente diante das facilidades oferecidas pelos bancos, como créditos pré-aprovados e aumentos do limite de cheque especial, e adie certas decisões de consumo que impliquem em aquisição de crédito para um momento de conjuntura mais favorável.

Projeção para queda da economia chega a 2,44%

A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano foi ajustada de R$ 3,50 para R$ 3,60.

A projeção de instituições financeiras para o encolhimento da economia este ano teve a oitava alta seguida. A estimativa para a queda do PIB chegou a 2,44%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 6%, contra 5,57% previstos na semana passada. Em 2016, a expectativa é de recuperação do setor, com crescimento de 0,72%, ante a previsão anterior de 0,89%.
Em 2015, a inflação deve superar a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%, com limite superior de 6,5%). A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada de 9,28% para 9,29%. Para o próximo ano, a projeção passou de 5,51% para 5,58%.
O boletim Focus também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,69% para 7,75%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,61% para 7,63%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 9,23% para 9,33%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano foi ajustada de R$ 3,50 para R$ 3,60. Para o fim de 2016, a projeção passou de R$ 3,60 para R$ 3,70 (ABr).

Melhora avaliação sobre mercado de trabalho

A opinião do consumidor brasileiro sobre o mercado de trabalho atual teve melhora de 1,4% de julho para agosto, após sete meses consecutivos de resultados negativos. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que mede a taxa, foi divulgado ontem (8).
O resultado de agosto do ICD foi influenciado principalmente pelo componente que mede a percepção da dificuldade de se obter emprego entre aqueles consumidores com renda familiar total até R$ 2,1 mil. Outro indicador pesquisado pela FGV, o de Antecedente de Emprego (Iaemp), por outro lado, recuou 2,6% no período. Com o resultado, o índice atingiu o menor nível desde janeiro de 2009. A taxa avalia a opinião de consumidores e empresários da indústria e dos serviços sobre o mercado de trabalho para os próximos meses.
De acordo com a FGV, os piores componentes do Antecedente de Emprego foram as avaliações dos empresários dos serviços sobre a situação atual de seus negócios e dos empresários da indústria sobre a tendência dos negócios para os próximos seis meses (ABr).