Mercado reduz novamente projeção de crescimento da economiaInstituições financeiras voltaram a reduzir a projeção para o crescimento da economia neste ano e em 2020. Estimativa para a expansão do PIB caiu de 1,98% para 1,97%. É a sexta redução consecutiva. Foto: Marcelo Camargo/ABr-EBC A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 1,98% para 1,97% este ano. Foi a sexta redução consecutiva. Para 2020, o cálculo para o crescimento do PIB recuou de 2,75% para 2,70% na terceira redução consecutiva. As projeções de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%. Os números constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. O boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC), em Brasília. A estimativa da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 3,89% para 3,90% este ano. Para 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim do ano e em R$ 3,75 no fim de 2020 (ABr). | |
Cresce o índice de inovação na indústriaSondagem mostra uma relativa estabilidade do setor no 4º trimestre de 2018. Foto: ABDI/Divulgação Os empresários voltaram a investir em inovação no 4º trimestre de 2018, conforme aponta estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A Sondagem de Inovação, divulgada ontem (8), mostra que o indicador subiu 7,9 pontos, quando passou de 104,6 para 112,5 pontos em relação ao período anterior. Este é o maior valor desde o último trimestre de 2011. O dado é obtido pela diferença entre a proporção de empresas que afirmaram ter aumentado os gastos em inovação e aquelas que mantiveram ou diminuíram, acrescido de 100. Quando o indicador, que varia em uma escala de 0 a 200, se mantém abaixo dos 100 pontos, significa que um maior número de empresas diminuiu ou não realizou investimentos em inovação no período pesquisado. O percentual de empresas que aumentaram os gastos com inovação subiu de 21,4% para 22,8%, enquanto a porcentagem de empresas que diminuiu os recursos no setor foi de 6,1% para 3,7%, no mesmo período. Outros 66,9% mantiveram os gastos com inovação no 4º trimestre de 2018, a segunda maior proporção da série, atrás apenas do 4º trimestre de 2017 (70,8%). O Coordenador de Planejamento e Inteligência da ABDI, Rogério Araújo, destaca que a Sondagem mostra uma relativa estabilidade do setor no 4º trimestre de 2018. “Os empresários estão cautelosos em inovar no momento. A inovação em produtos ou processos continua em níveis baixos, mas o indicador de Gastos com Inovação voltou a avançar, se mantendo acima da média histórica. Considerando o ritmo lento de crescimento para este ano, as perspectivas de inovação para os próximos trimestres devem ser avaliadas com cautela”, avalia (AI/ABDI). | Inadimplência do consumidor cai 8,0% no 1º trimestreA inadimplência do consumidor caiu 8,0% no primeiro trimestre de 2019 ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. No acumulado em 12 meses a queda foi de 1,9%. Já na avaliação mensal com ajuste sazonal, março apresentou aumento de 2,6%. Quando comparado o resultado contra o mesmo mês de 2018, o indicador caiu 10,9%. Regionalmente, no acumulado do primeiro trimestre, a principal queda ocorreu na região Sul (-11,7%), seguido do Centro-Oeste (-9,9%), Sudeste (-7,4%), Nordeste (-7,0%) e Norte (-5,4%). As adversidades ocorridas na economia ao longo dos últimos anos geraram grande cautela nas famílias, inibindo a tomada de crédito e contribuindo para a queda do fluxo de registros. Espera-se que com a redução da desocupação, evolução da renda e maior demanda por crédito, o estoque de inadimplência mantenha um ritmo estável em 2019 (Boa Vista SCPC). |