Para Michel Temer, indicadores mostram recuperação da economiaO presidente Michel Temer disse ontem (7) que os indicadores mais recentes mostram que a economia brasileira vem se recuperando Para ele, a expectativa é de que, em 2017, a inflação fique abaixo do centro da meta e a taxa básica de juros, a Selic, apresente “queda paulatina e responsável”. “A inflação vai recuando em ritmo mais acelerado do que muitos previam e até mais do que eu imaginava, abaixo do teto da meta. Já estamos derrubando a inflação para abaixo de 5% em fevereiro”, disse ele. O presidente acrescentou que acredita na possibilidade de, ao final do ano, esse índice ficar abaixo do centro da meta, que é de 4,5%. Temer disse também ter a expectativa de queda da taxa básica de juros, a Selic, para abaixo dos atuais 12,25% ao ano. “A perspectiva é de uma queda paulatina e responsável. Não adianta diminuir os juros irresponsavelmente”. O presidente manifestou a expectativa de que a reforma da Previdência seja aprovada com facilidade pelo Congresso Nacional. “Tenho convicção de que conseguiremos aprovar a reforma da Previdência. Quem examina a situação do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais verifica que a razão marcante dos estados é exatamente a previdenciária. Trabalhamos para ajudar os estados, mas precisamos de contrapartida a ser dada por eles. A reunião de ontem [com ministros e parlamentares da base, no Palácio da Alvorada] foi feita com vistas a aprovar isso”, afirmou Temer. Segundo ele, as críticas que têm sido feitas à reforma partem, em geral, de uma minoria que recebe benefícios mais vultosos, preocupada com eventuais ajustes a serem feitos. “Há um grupo de 27% que pode, eventualmente, merecer ajustamentos. Mas quem discute isso é o Congresso Nacional. E quem reclama é quem ganha muito mais”, comentou. “Tudo isso será feito para preservar os mais carentes e os mais pobres, porque não poderemos alcançá-los se não tivermos recursos financeiros. O que não podemos é ficar inertes, porque é da inércia é que se produziu a recessão da qual estamos saindo”. Temer acrescentou que saúde e educação são áreas prioritárias em seu governo e que. por isso, serão beneficiadas por meio de manejo orçamentário (ABr). |
Ministro da Fazenda afirma que economia começa a crescerO Brasil voltou à normalidade e a economia já começou a crescer, disse ontem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília. Ele apresentou indicadores que mostram a retomada, como o aumento do fluxo de veículos leves nas estradas, produção de papelão ondulado usado em embalagens, as vendas de supermercados, importação de bens e a confiança do consumidor. “Isso mostra uma retomada da atividade e os dados vão vir”, disse aos conselheiros. Ontem, o IBGE informou que o PIB caiu 3,6% em 2016. “O PIB que foi divulgado se refere ao ano passado. É o espelho retrovisor”, afirmou o ministro. Para este ano, a expectativa do mercado financeiro é que o PIB cresça 0,49%. “Quando o PIB cai muito em um ano e começa a crescer no período seguinte, de uma base muito baixa comparada com a média do ano anterior, o crescimento fica pequeno”, disse. Henrique Meirelles afirmou acreditar que, no último trimestre deste ano,- comparado ao mesmo período de 2016, o crescimento poderá chegar a 2,4% (ABr). | Número de famílias endividadas cresce de janeiro para fevereiroO percentual de famílias endividadas e inadimplentes cresceu na passagem de janeiro para fevereiro, segundo Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A proporção de famílias com dívidas passou de 55,6% em janeiro para 56,2% em fevereiro. Já o índice de inadimplentes, ou seja, de famílias com alguma dívida ou conta em atraso, cresceu de 22,7% em janeiro para 23% em fevereiro. Também houve aumento do percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas, de 9,3% para 9,8%. Na comparação com fevereiro de 2016, no entanto, os percentuais de endividados e inadimplentes caiu, já que, naquele período, as famílias com dívidas representavam 60,8% do total e as inadimplentes, 23,3%. As famílias que não tinham condições de pagar suas dívidas, no entanto, eram menores, em fevereiro de 2016: 8,6%. A maior parte das dívidas das famílias em fevereiro de 2017 era com cartão de crédito, 76,8%, seguido por carnês (14,5%), crédito pessoal (9,9%) e financiamento de carro (9,9%). O tempo médio de comprometimento com as dívidas chega a sete meses. |