China vai contra-atacar “a qualquer preço” medidas tarifárias dos EUAA China advertiu, na sexta-feira (6), que vai “contra-atacar” as medidas tarifárias dos Estados Unidos O governo disse que está preparado para pagar o preço de uma guerra comercial que, embora não deseje, não teme. “Se os Estados Unidos persistirem no seu comportamento de protecionismo comercial, ignorando a oposição chinesa e da comunidade internacional, a China vai continuar até o fim a qualquer preço e contra-atacará contundentemente”, garantiu o Ministério do Comércio em comunicado. As autoridades chinesas reagiram dessa forma à decisão do presidente americano Donald Trump, ao anunciar que estuda impor US$ 100 bilhões em tarifas sobre a China, adicionais aos US$ 50 bilhões já anunciados a centenas de produtos chineses, em resposta às tarifas com as quais Pequim castigou Washington esta semana. “Não queremos uma guerra comercial, mas não a tememos”, reiterou o Ministério do Comércio, acrescentando que serão observadas as ações tomadas por Washington. Após criticar novamente o protecionismo adotado por Trump contra o livre-comércio, a China reafirmou que vai seguir com sua reforma e abertura, a proteção do sistema multilateral de comércio e a facilitação do investimento global. Como já tinha advertido, Pequim apresentou formalmente ontem à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma denúncia contra os EUA. A crescente tensão entre as duas potências econômicas fez com que o secretário-geral da ONU, António Guterres, insistisse na necessidade de diálogo (ABr/EFE). |
Um em cada quatro usuários de cartão entraram no rotativoO Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que 35% dos consumidores fizeram uso do cartão de crédito para realizar alguma compra em fevereiro e um em cada quatro (24%) usuários entraram no rotativo, sendo que 10% pagaram um valor entre o mínimo e o total. A maioria (72%) afirma ter pagado o valor integral da fatura. A sondagem ainda investigou o uso de outras modalidades de crédito, pré aprovadas ou não, e constatou que quatro em cada dez consumidores (41%) utilizaram alguma delas: o crediário foi mencionado por 9%; o cheque especial por 6%, e os empréstimos também 6%, além dos financiamentos (3%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, atrasos no rotativo custam muito caro e o consumidor precisa ter consciência disso. “O pagamento do mínimo não é algo com que se deve contar, sob pena de ver a dívida crescer muito rápido. Mesmo que se aplique as novas regras do cartão de crédito, que determinam que os atrasos devem ficar no máximo 30 dias no rotativo, a opção de parcelamento da fatura também envolve altas taxas, que chegam a mais de 170% ao ano, na média”, alerta. O levantamento revela ainda que cerca de 20% dos brasileiros tiveram crédito negado em fevereiro ao tentarem parcelar uma compra em estabelecimentos comerciais ou contratar serviços a prazo. A inadimplência (9%) e a falta de comprovação ou insuficiente de renda (5%) foram as principais razões para a negativa. “O consumidor que tem acesso ao crédito consegue antecipar o consumo de bens que, de outro modo, só seriam conquistados depois de um tempo de poupança. Mas muitos consumidores acabam se perdendo no atalho do crédito e comprometendo a própria vida financeira”, afirma a economista (SPC/CNDL). | Demanda por bens industriais teve queda em fevereiroA demanda por bens industriais no Brasil teve queda de 1,6% entre janeiro e fevereiro, de acordo com o indicador mensal de Consumo Aparente (CA) de Bens Industriais divulgado pelo Ipea. O indicador mede, em termos gerais, os bens industriais que permaneceram no país, sendo ofertados tanto no varejo quanto atacado e também usados como insumos para a produção de outros bens. O cálculo inclui tanto aquilo que foi produzido pelo Brasil e não foi exportado quanto o que foi importado pelo país. Os dados mostram que ambos os componentes do indicador recuaram no mês. A produção doméstica líquida de exportações, ou seja, o que foi produzido e ficou no mercado interno, recuou 1,2%. Já as importações de bens industriais caíram 2,8%. A queda foi puxada principalmente pelos alimentos, que tiveram uma redução de 4,4% em relação a janeiro. Os produtos de fumo e os serviços de impressão e reprodução de gravações também recuaram 6,9% e 13,4%, respectivamente. No geral, o estudo mostra que houve crescimento em 11 dos 22 segmentos da indústria de transformação analisados. Os que mais contribuíram foram os segmentos de químicos, com alta de 5,8%, e de máquinas e equipamentos, com expansão de 2,6%. Para o coordenador da pesquisa, Leonardo Carvalho, a queda foi pontual e não indica uma interrupção na recuperação econômica. “Às vezes, ocorrem pequenas quedas pontuais, mas o importante é ter sempre o cuidado de analisar a tendência desse indicador. Até agora, a tendência é de crescimento, apesar de ter um mês ou outro com queda”, disse (AE). Papa faz apelo por economia ‘sem excluídos’O papa Francisco fez um apelo para autoridades do mundo inteiro rejeitarem uma “economia de exclusão” e “abrirem novos caminhos”. A declaração foi feita através de uma mensagem em vídeo, cujo título era: “Para aqueles que têm responsabilidade em matéria econômica”. A mensagem foi difundida pelo site “Vatican News” em sete idiomas diferentes. De acordo com o veículo, o propósito indicado por Francisco será pauta do mês de abril na Rede Mundial de Oração. “A economia não pode pretender somente aumentar a rentabilidade reduzindo o mercado de trabalho e criando, desta maneira, novos excluídos”, disse o Pontífice. “Ela deve seguir o caminho dos empresários, políticos, pensadores e atores sociais que colocam em primeiro lugar a pessoa humana e fazem todo o possível para assegurar que existam oportunidades de trabalho digno”, acrescentou o Papa. “Levantemos, unidos, nossa voz para que os responsáveis pelo pensamento e gestão da economia tenham o valor de rejeitar uma economia de exclusão e saibam abrir novos caminhos”, concluiu (ANSA). |