132 views 8 mins

Economia 07/12/2016

em Economia
terça-feira, 06 de dezembro de 2016
Além do uso de agrotóxicos, o aquecimento global está entre as principais causas do desaparecimento das abelhas.

Desaparecimento de abelhas pode afetar economia do país

Além do uso de agrotóxicos, o aquecimento global está entre as principais causas do desaparecimento das abelhas.

O impacto ambiental provocado pelo sumiço de abelhas e de outros insetos polinizadores pode causar também reflexos na economia do país, de acordo com pesquisadores brasileiros e mexicanos

Segundo os estudiosos, culturas com alta dependência da ação dessas espécies, como as plantações de café, melão, goiaba e maçã, juntas podem atingir um prejuízo de até R$ 14,6 bilhões com a perda de pelo menos 16 milhões de toneladas de alimentos, num futuro próximo. Em um cenário mais pessimista, a estimativa é de 51 milhões de toneladas perdidas.
Além do uso de agrotóxicos, o aquecimento global está entre as principais causas do desaparecimento das abelhas. O Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), explica que, ao contrário de outros insetos, as abelhas não apresentam a mesma resistência a temperaturas mais quentes. “Especialmente algumas espécies, como as do gênero Bombus, conhecidas por aqui como mamangaba ou mamangava. Infelizmente, as pessoas desconhecem a importância ecológica das abelhas”, diz Puorto.
O desaparecimento das abelhas é um fenômeno que tem chamado atenção em outros países. De acordo com pesquisas divulgadas pela revista americana Science, no ano passado, o número de abelhas caiu 40% nos Estados Unidos, em pouco mais de duas décadas. Na Europa, no mesmo período de tempo, o sumiço chegou a 50%. “Esse trabalho de polinização das abelhas é fundamental para a promoção da diversidade das espécies de plantas. Seu desaparecimento certamente provocará um impacto muito grande no reino vegetal”, completa o Biólogo.
Sua importante função foi reconhecida até por Albert Einstein, que declarou: “se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana” (CRBio-01).

Varejo paulista deve iniciar recuperação em 2017

A recuperação das vendas deve ser um processo longo e bem gradual.

Após dois anos consecutivos de queda (2014 e 2015) e a projeção de estabilidade para este ano, o faturamento do comércio varejista no Estado de São Paulo deve registrar crescimento de 1% em 2017, segundo estimativa da FecomercioSP. No próximo ano, a receita total de vendas deverá alcançar R$ 583,4 bilhões.
Segundo a Entidade, a recuperação das vendas deve ser um processo longo e bem gradual e não são esperados resultados expressivos em 2017, dada a profundidade da atual recessão, a forte corrosão observada na renda das famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo e o tempo necessário para maturação de novos investimentos.
A aprovação da política de teto para os gastos públicos e a manutenção de um ciclo de queda nas taxas básicas de juros, tendem a restaurar a confiança dos agentes econômicos, estimulando novos investimentos e criando as bases para um melhor controle da inflação, que tende a lentamente convergir para o centro da meta.
Para o Estado de São Paulo é esperada uma recuperação mais rápida do que para o Brasil. A economia paulista deve se beneficiar mais intensamente de uma eventual melhoria da indústria e do comércio externo, que têm impactos positivos mais intensos sobre a renda.
Entre as 16 regiões analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da FecomercioSP, Araraquara (8%), Marília (6%) e Litoral (6%) apresentarão os melhores desempenhos em 2017. Já as regiões de Osasco (-14%), Bauru (-3%) e Guarulhos (-1%) serão as únicas que devem exibir retração nas vendas no próximo ano (FecomercioSP).

Taxa de juros do cheque especial tem leve alta

Seis instituições financeiras pesquisadas pelo Procon-SP, mantiveram a taxa do empréstimo pessoal e somente uma elevou a do cheque especial. A taxa média do cheque especial ficou em 13,6% ao mês (a.m.), superior ao mês anterior que chegou a 13,56% a.m., representando um aumento de 0,04 ponto percentual. Para empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados chegou a 6,51% a.m., igual à do mês anterior.
De acordo com o Procon-SP, a taxa de empréstimo pessoal do Banco do Brasil ficou em 5,85%, a do Bradesco em 6,67%, a da Caixa em 5,7%, a do Itaú em 6,43%, a do Safra, 5,9% e a do Santander 8,49%. No caso do cheque especial as taxas são de 13,04% no Banco do Brasil, 13,55% no Bradesco, 13,55% na Caixa, 13,35% no Itaú, 12,6% no Safra, 15,49% no Santander.
Segundo o Procon-SP, se a contratação de crédito for inevitável, o consumidor deve analisar as alternativas e priorizar a liquidação de suas dívidas, especialmente nesta época do ano em que as instituições credoras costumam abrir possibilidades de negociação. “E, ainda, que aproveite a chegada do décimo terceiro para organizar o seu orçamento, quitando as dívidas e, se possível, reservando uma parte para as despesas de início do ano, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, etc.”, diz o Procon-SP (ABr).

Plano nacional de manufatura avançada

O governo federal tem planos de lançar em 2017 um plano nacional de manufatura avançada. As diretrizes do plano estão na publicação “Perspectivas de especialistas brasileiros sobre oportunidades e desafios para a manufatura avançada no Brasil” , lançada no último dia 29, pelos ministérios da Ciência e Tecnologia; e da Indústria e Comércio. A publicação reúne as contribuições de 300 especialistas do governo, empresas e institutos de pesquisa colhidas durante workshops realizados em sete capitais do país.
“Com esse relatório em mãos, vamos, posteriormente, abrir uma consulta pública para incluir mais contribuições e alinhar as expectativas dos especialistas com as competências nacionais, prioridades tecnológicas e cadeias produtivas e, então, finalizar o plano. É uma medida que dará as diretrizes para o setor”, explicou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministgério da Indústria e Comércio, Alvaro Prata (Fapesp).