Comércio registra o pior trimestre da históriaDe acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 1,5% em março na comparação com fevereiro Em relação mesmo mês do ano passado (mar/15), a retração foi de 9,2%. No acumulado do primeiro trimestre de 2016, a atividade varejista caiu 8,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento do desemprego, as taxas de inflação ainda elevadas, o crédito cada vez mais caro e o baixo grau de confiança do consumidor continuam impactando negativamente o desempenho da atividade varejista no país, especialmente nos segmentos onde o crédito sempre exerceu um papel importante na comercialização. Em março, os setores que apresentaram queda na movimentação de consumidores foram o de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-2,5%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1,0%) e material de construção (-0,6%). Por outro lado, houve variação positiva nos setores de combustíveis e lubrificantes (0,2%), veículos, motos e peças (0,3%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (0,6%). No acumulado do primeiro trimestre de 2016, apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes, com variação de 5,3%, está com crescimento positivo em relação ao primeiro trimestre de 2015. Todos os demais segmentos varejistas estão com retração: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,2%); móveis, eletroeletrônicos e informática (-13,1%); veículos, motos e peças (-19,5%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-14,6%); material de construção (-4,5%). |
BC teve ganho recorde com operação cambial em marçoOs ganhos do Banco Central (BC) com operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro (swaps cambiais) chegaram ao recorde de R$ 42,697 bilhões em março, De acordo com dados divulgados pela instituição, no acumulado do ano até 1º de abril, os ganhos totalizam R$ 40,669 bilhões. O BC voltou a vender dólares no mercado futuro para oferecer proteção cambial para as empresas em momentos de forte oscilação da cotação, em maio de 2013, quando os Estados Unidos iniciaram a redução das injeções de dólares na economia mundial. Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap. O programa de swaps durou até março do ano passado, quando o BC parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária (BC) passou apenas a rolar os vencimentos, fazendo leilões para trocar os contratos prestes a vencer por novos contratos com vencimento mais à frente. No mês passado, o BC anunciou a redução da rolagem, que era de 100%, para 75%. Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o banco tem lucro. Criado em 2001, o swap cambial é uma ferramenta que permite ao BC intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionais. O BC vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar (ABr). | Indicador sinaliza um mercado de trabalho ainda fracoO Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) voltou a subir 1,8% em março, alcançando 73,8 pontos. A alta – segundo avaliação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) – representa uma retomada da tendência positiva, interrompida pela queda de 1,1% em fevereiro. Embora o resultado sinalize uma atenuação do ritmo de queda do total de pessoal ocupado na economia brasileira ao longo dos próximos meses, o indicador ainda permanece em um patamar muito baixo, na avaliação do economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, e sinaliza para um mercado de trabalho bastante difícil nos próximos meses. Para ele, a queda observada no Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) nos últimos meses “não indica forte recuperação, nem redução da taxa de desemprego a curto prazo, o que significa que os indicadores apontam para um mercado de trabalho ainda bastante difícil”, nos próximos meses (ABr). |